{*Em revisão*}
Elisabeth... Este era seu nome pelo que ela se lembra. Com seus olhos cinzentos como a própria tempestade e os cabelos de fios de ouro. Ela é a profecia mas... será mesmo que ela é capaz de enfrentar seu destino?
Sem memória, sem um...
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Em algum momento eu me perdi nas linhas de seu rosto. No nariz reto e no maxilar marcado, nas maçãs não muito marcadas e em como seu cabelo escondia perfeitamente as laterais rápidas. Me perdi na cor vermelha de seus cabelos e um sorriso surgiu em meu rosto enquanto o imaginava pintando os próprios cabelos em frente ao espelho do banheiro. Consequentemente xingando depois por estar todo sujo de tinta. Então observo seus olhos que analisam a caneta em sua mão, a folha, e seja lá em quais palavras formam em sua mente e mancham o papel. Concentrado o bastante para me fazer acreditar que não ouve o mundo ao redor, que nem ao menos me vê. Mas estou errada, e me assusto como uma criança pega roubando doces, quando seu olhar encontra o meu furtivo, perco o ar por um segundo, sentindo como se ele pudesse ter ouvido cada pensamento meu.
- Cuidado para não babar. - Diz parando de escrever e levantando o rosto para mim, com um olhar divertido. Ele faz a mesma pose que eu, apoiando o rosto sobre a mão espalmada.
- Eu não... Eu... - Meu cérebro derreteu. É a única certeza que tenho antes de fechar a boca e morder o interior da bochecha repensando em cada sílaba e letra do vocabulário. - Só continue escrevendo! - Resmungo mordendo com força o lábio inferior desviando o olhar para o nada a minha frente.
- Agora você não reclama de sentar aqui, né espertinha? - Ele me pergunta sorrindo com um olhar superior. Dou um tapinha leve em seu braço com as costas da mão.
- Não vai se achando, tá?! - Respondo com desdém, engolindo minha vontade de revirar os olhos.
Ele sorri divertindo, voltando a escrever e começo a reparar na escrita que ele faz. Consigo entender algumas, mas não consigo formular uma frase inteira e compreensível.
- Não quer uma vista melhor ? - Ele pergunta e subo meu olhar para seu rosto que sorri malicioso. Não havia percebido que eu tinha me aproximado.
O olho de cima a baixo com desdém.
- Não mesmo! - Repondo sem nem querer saber oque ele iria fazer.
- Ontem você queria... - Ele comenta em um murmúrio rouco, divertido que me faz estremesser. Soco a lateral de seu corpo o fazendo estralar a língua.
- Hora e lugar Castiel! Não fale besteira quando estamos em uma sala cheia! - Gruno entre dentes. Minha espressão é furiosa quando o encaro. Seu sorriso apenas aumenta e soco sua coxa com toda a força que consigo no espaço pequeno entre nós.
- Então em outro lugar... - Suas voz ronronar perto de mais de meu rosto e o corto seca.
- Em outro lugar eu poderia arrancar sua cabeça e te enterrar no quintal sem ninguém ver. - Ele me encara por exatos dois segundos antes de explodir em uma risada alta. Alta o bastante para chamar a atenção das pessoas a nossa volta e vejo meu rosto queimar pela atenção desnecessária, enquanto ele tampa o rosto com um mão ainda rindo consigo mesmo. Parecendo até não acreditar na situação e principalmente... Parece estar gostando disso.
