Crazy in Love

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Era semana do meu aniversário e o único pedido que fiz foi que acrescentassem Mari na lista. Seria na casa dos meus pais e minha mãe e Debbie estavam sempre animadas para resolver as coisas da festa, Debbie ficava todas as noites resolvendo os detalhes com minha mãe e eu sempre ficava vendo TV, conversando com meu pai ou estudando nas pilhas de livros. Depois da briga, eu e Debbie não deixamos de nos falar, claro. Mas dessa vez falávamos apenas o necessário, dessa vez ela tinha me magoado para valer e enquanto ela não reconhecesse o erro eu a trataria mais fria que eu conseguisse, mesmo sabendo que a raiva já tinha passado. Eu tinha esse defeito, ou qualidade não sei, mas sentir raiva de Debbie era algo tão impossível, como esquecer de Will. Naqueles dias não estava me sentindo bem, e depois da conversa com Adolf, meu humor desabou severamente.

No sábado de manhã, peguei meu carro e fui surfar como tinha combinado com Ruan. Passamos duas horas no mar e uma hora tomando água de coco e conversando na areia. Nessa mesma hora, Will passou por nós correndo na praia com Mel, ele acenou para mim e Ruan, retribuímos e para minha surpresa ele não parou como sempre fazia quando nos via. Vi quando ele jogou para Mel algo e ela saiu correndo para pegar e trazendo para ele. Sorri e olhei para baixo.

- Nada resolvido? - Ruan me pergunta.

- Nada!

Nos despedimos e fui trabalhar.

Trabalhei meio expediente, saindo um pouco mais cedo do trabalho ou minha mãe enfartaria. Quando cheguei tinha um mutirão de pessoas trabalhando na decoração e alguns garçons já a postos. Percebi também que tinha uma equipe organizando o som que tinha o nome de Cris, mas ele ainda não estava no local.

- Que isso?

Debbie se aproximou.

- Nossa festa!

- Vamos fazer quinze anos?

- Precisamos comemorar juntas, já que não fazemos isso há tantos anos. E vinte e seis anos só se faz uma vez.

- Esta bem, vou tomar banho - E fui para o quarto.

Assim que fechei a porta e caminhei para a cama, vi uma caixa enorme em cima dela. Tirei a fita e abri a caixa. Era um vestido. Lindo por sinal. Respirei fundo, não era bem assim que queria me vestir aquela noite, mas estava grata porque ao menos não era longo. Minha mãe tinha um lindo gosto. Era um vestido curto e sem mangas composto por duas peças, por baixo um vestido curto da cor nude que finalizava com o tule e por cima o vestido de renda preto sem mangas que finalizava um pouco mais acima do tule, mostrando o perfeito detalhe da renda. Era lindo! O salto era preto e o brinco tinha mistura de preto com dourado.
Tomei banho e sai para cozinha de roupão para comer algo antes de me arrumar e vi uma garçonete entrar.

- Debbie, gostaria de saber de que horas exatamente podemos servir aos convidados?

- Oi, não sou Debbie.

- Ah, desculpa. - Ela pareceu envergonhada.

- Tudo bem... Minha irmã deve estar lá trás.

- Oh, obrigada.

Peguei um copo com suco e me servi sentando na bancada. E entrou um rapaz bem alegre na cozinha.

- Você é a ...? - Ele perguntou apontando para mim.

- Jéssica.

- Isso, perguntei só com medo de errar - Ele deu uma forte risada - Porque eu já arrumei sua mãe e sua irmã, agora é a sua vez!

- É?

- Vou maquiar e fazer um penteado em você - Ele tirou o nó do meu cabelo e começou a mexer. - Vocês são lindas. Nossa! Não vou precisar nem fazer muita coisa.

Aprendiz do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora