Hoje

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Depois da minha suposta briga com Debbie, decidi abolir minhas férias, conversei com meu pai e antes mesmo de uma semana eu já estava começando o meu primeiro dia no hospital em que meu pai era diretor, eu ainda tive direito de escolha e fiquei onde sempre quis trabalhar, onde eu havia me especializado, em oncologia pediátrica.

No meu primeiro dia recebi as orientações e vesti a minha horrorosa e confortável calça e blusa rosa clara, coloquei minha bata, troquei minha sapatilha por tênis, liga para prender o cabelo e fechei meu armário.

Mãos à obra.

Assim que entrei na emergência vieram dois médicos me cumprimentar e em seguida quatro enfermeiras me informando que sempre estariam a minha disposição assim como para outros médicos. Amei de cara a equipe que estava naquele dia e algo me dizia que muitas coisas boas estavam por vir para minha vida profissional e eu estava pronta para agarrar todas elas. Fui até ao setor onde estava algumas crianças em tratamento e fui de uma por uma conhecer cada paciente e assim que cheguei na última o Dr. Parkison veio em minha direção.

- Bom dia Dra. Jéssica, tudo bem?

- Olá Dr. Parkinson. - Nos cumprimentamos.

- Fico feliz pela sua vinda para cá. Vi seu currículo e só tenho que lhe parabenizar, seja bem-vinda a nossa equipe.

- Ah, obrigada. Eu que agradeço por fazer parte da melhor equipe e hospital da cidade.

- Tenho que concordar, melhor equipe e melhor hospital - Ele me entregou uma ficha - Quero que você acompanhe a princípio os pacientes que já estão nessa ala, assim você começa a sentir nossa rotina e com o tempo você atenderá os novos pacientes, está bem?

- Claro. Claro.

- Aqui está seu tablete e seu Pager, eles serão sua ferramenta de trabalho. Sua chefe está de folga hoje, mas você a conhecerá amanhã.

- Ah, obrigada.

- Boa sorte Dra. Jéssica. - E se afastou.

Sorri para ele e respirei fundo.

- Hora de trabalhar! - Falei para mim mesma.

***

Cheguei em casa morta e assim que entrei na sala encontrei as gêmeas sentadas ao lado do meu pai enquanto ele contava história para as duas.

- Tia! - As duas gritaram quando me viram.

- Olá pequenas - As abracei.

- Tia Jéssi, vamos passar a semana inteira aqui.

- Sério? - Falei contente, mas olhei para o meu pai preocupada - Algum problema?

- Não, não. É que elas estão de férias e sua mãe sempre pede para ficar um pouco com elas.

- Ah, ótimo! Que legal - Falei olhando para elas - Vamos então aproveitar esses dias e fazer um monte de coisas legais, não é?

-OOOba - As duas gritaram concordando.

- Como foi seu primeiro dia? - meu pai me pergunta assim que me aproximo.

- Muito bom pai. Que equipe maravilhosa, estou muito ansiosa para trabalhar com eles.

- Verdade! Escolhemos sempre os melhores mesmo. - Ele me olha e ri - Quando vamos comprar seu carro?

- Ah pai. Ainda não. Enquanto isso, vou me virando com Uber - Sentei exausta no sofá.

- Porque não pega o carro de sua mãe ou eu posso comprar...

- Não pai, não, nada de comprar.

- O da sua mãe então, ela nunca usa.

Aprendiz do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora