twelve

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Dias se passaram, na manhã seguinte a noite em que Junhui dormira na casa de Minghao, eles despediram-se com mais um beijo. E então, a rotina os obrigou a manter-se distantes, afinal, ainda eram duas figuras públicas, estar aos beijos pelos cantos não seria bem visto. Hoje, o cantor teria a primeira ultrassom para ver como o bebê estava, por isso estava mais nervoso que o normal, sentado no sofá da sala enquanto esperava Junhui chegar.

— Se você continuar assim, vai acabar infartando antes dos seis meses – Seungcheol riu, sentando-se ao lado do chinês – Não se preocupe, logo Jun chega e nós vamos.

— Sabe que não precisa ir.

— Preciso sim, é meu afilhado aí dentro. – sorriu, bagunçando os cabelos alheios e vendo-o resmungar ao arrumá-los outra vez.

— Não é tão fácil quanto parece deixá-lo bonitinho, sabia?

— Não precisa se arrumar tanto, o Junhui já te viu até pelado.

— Não que eu lembre exatamente como foi. – corou, desviando o olhar para a porta ao ouvir a campainha tocar – Deve ser ele.

Levantou-se e caminhou rapidamente até a porta, abrindo-a e sorrindo um mínimo ao ver o Wen ali. Seungcheol pegou a bolsa com os documentos do Xu e as chaves do carro, então foi até os dois, esperando por alguns minutos o romance na soleira da porta acontecer antes de pigarrear.

— Pensei que estava com pressa.

— E estou. Vamos. – Minghao revirou os olhos, seguindo com os dois até o elevador.

Junhui sentia-se inquieto e sem saber exatamente o que fazer. Claro, não havia passado de alguns beijos com Minghao, mas já era um passo adiante. Deveria ter lhe cumprimentado com um selar? Um abraço, talvez? Surpreendentemente, ou nem tanto assim, o cantou segurou sua mão, entrelaçando os dedos aos seus, o que fez o Wen olhá-lo de imediato.

— Você estava com uma cara estranha. – riu, antes de explicar – Não pense tanto, ok? Só faça, se eu não estiver confortável, vou dizer.

— E se você deixá-lo desconfortável, vai ter que resolver comigo. – Seungcheol interrompeu, os olhos semicerrados, então saiu do elevador.

Os três seguiram o mais discretamente possível até o carro do Choi, para então irem à clínica onde o cantor faria o exame. O ceo conseguira um horário onde não houvesse muitas pessoas que pudessem reconhecê-los, para apenas o necessário de funcionários estivessem presentes. O caminho até lá não fora demorado, o trânsito estava tranquilo e havia colaborado para isto – além de uma mínima pressa de Seungcheol.

Assim que chegaram, foram encaminhados para a sala do médico onde faria a ultrassom, demorou apenas alguns minutos para que este chegasse. Ele apresentou-se como Lee Seokmin, pediu desculpas pelo pequeno atraso e fez breves perguntas sobre como ia a gestação e a alimentação de Minghao.

— Certo, vamos lá ver como essa coisinha está. – disse, indicando com a mão a maca próxima ao aparelho de ultrassom para que começassem o procedimento.

O cantor deitou-se na maca, erguendo um pouco a camisa, mostrando uma barriga levemente inchada, num ponto quase imperceptível. O médico passou um gel pouco abaixo do umbigo dele, fazendo-o encolher-se pouco pela temperatura, imperceptivelmente, segurou a mão de Junhui, enquanto olhava a tela do monitor. O Lee começou a mostrar as imagens, mudando o aparelho de posição sobre a barriga alheia vez ou outra. Na opinião do Wen, o bebê parecia cabeçudinho demais, mas preferiu não comentar. Ainda não era possível ver o gênero do bebê pela posição em que estava, mas ainda teriam muito tempo pela frente.

É o nosso bebê, Hao. – o Wen sussurrou fungando baixo, os olhos fixos na tela do monitor.

Era impossível que qualquer dos dois não estivesse sorrindo, o pequeno serzinho que crescia ali era um filho totalmente inesperado, mas imensamente amado por ambos. O doutor pigarreou brevemente antes de avisar que estava terminando. Entregou um lenço de papel para que o cantor pudesse limpar o que restou do gel em sua barriga então foi até sua mesa novamente.

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