fourteen

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Minghao saiu do hospital no dia seguinte, dessa vez tendo que passar pelas fãs na saída principal, que receberam a informação da empresa de onde estava e foram esperá-lo. Ele falou brevemente sobre estar bem, ser apenas cansaço pela intensidade dos ensaios, mas que ia tentar descansar mais entre um stage e outro, como havia combinado com o manager horas antes. Após a breve conversa, foi de carro com Seungcheol para casa, tendo o Choi na sua cola pelo resto da manhã para ter certeza de que estava bem.

Foi por volta das duas da tarde que recebeu três ligações, uma mais alarmante que a outra. A primeira veio de Junhui, afinal, quando não estava trabalhando ou em joguinhos, o Wen gostava de ver quanto alcance estava tendo na internet e foi um dos primeiros a ver a notícia, além do fato de Seungkwan e Hansol terem falado com este por telefone.

— Hao?

— Olá, Junie! Está tudo bem? – perguntou confuso, a voz alheia parecia tensa e seria, pelos meses que conhecia Junhui, aquilo não era normal.

— Definitivamente não. – suspirou do outro lado da linha – Aquele jornalista, o que eu tinha falado que fotografou a gente junto, ele... Ele fez uma postagem, duas agora, a mídia tá começando a fervilhar sobre... Você... Você está sentado?

— Ah, sim, estou. – disse nervoso, olhando para Seungcheol que passou pela porta com o próprio telefone em mãos – O que tinha exatamente nas postagens?

— Fotos nossas e insinuações, no hospital, na festa, no prédio do stage... E tem um vídeo, da nossa discussão no elevador sobre... Sobre o bebê.

— O quê? – sussurrou, segurando instintivamente a mão do Choi quando este se aproximou, parecendo já ter consciência do que estava sendo falado.

— Aparentemente ele gravou nossa conversa, conseguiu alguém que traduzisse o que estava sendo dito e postou. Algumas pessoas não acreditam e dizem que é falso, mas... A maioria parece perplexa. E irritada.

— Puta merda. – resmungou fungando baixo, Seungcheol tirou o celular de suas mãos sem relutância.

— Jun, o ceo quer falar com o Hao agora, preciso desligar. Nós entraremos em contato, pode ter certeza.

Então veio a segunda ligação, o ceo da empresa queria uma reunião imediata, junto com Simon, da empresa de Junhui, e o próprio modelo. Precisavam da solução mais rápida possível, por isso tinham que tomar a decisão juntos sobre o que dizer e como dizer, afinal, aquilo poderia prejudicar a carreira de ambos, principalmente por divergencias nos discursos de cada empresa. Cerca de minutos mais tarde, quando Hao já estava no carro indo com Seungcheol para o prédio da empresa, veio a terceira ligação: sua mãe. A mulher parecia a beira de um colapso, por isso demorou um pouco para que a conversa fluísse realmente.

Filho, você disse que viria para cá quando estivesse mais perto do parto, certo? Sabe que aqui não terão holofotes por onde você for e nós podemos cuidar de você enquanto o beber não nascer. – o Xu pôde ouvi-la fungar, ouvindo também a voz de seu pai ao fundo.

Eu vou, mas... Antes eu preciso resolver isso, é a minha carreira em jogo. – suspirou, olhando pela janela em silêncio por um momento – Talvez eu e Junhui tenhamos que cortar todo tipo de contato de vez.

— É o que você quer? Vai valer a pena?

— Eu não sei, mamãe. – as palavras saíram chorosas sem controle, mas ele não iria chorar, não agora – Eu gosto dele, de verdade.

— Pense bem antes de qualquer decisão, meu filho. É o seu futuro, você quem tem a palavra final. – esperou por um momento, mesmo sabendo que não receberia resposta, então voltou a falar – Nós te amamos e vamos apoiar qualquer decisão sua. Sei que aqui não é bem visto, mas deixe sua mãe cuidar um pouco de você também, ok?

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