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— Liberado, Junhui-ssi! Até daqui dois dias! – Wonwoo, um dos auxiliares de fotografia, disse acenando e saindo da sala em seguida. Finalmente, o Wen pensou, seguindo até o camarim e trocando suas roupas antes de sair.

Hansol havia ido embora mais cedo junto com Seungkwan, iam aproveitar o dia para saírem juntos e fazer algo divertido, então Junhui estava sozinho para esperar que o Choi viesse buscá-lo. Sentou-se próximo a entrada do estacionamento e verificou na câmera do celular se a máscara e o chapéu estavam bem colocados para que seu rosto não fosse visto entrando e saindo do carro alheio. Logo seu celular passou vibrar, indicando que estava recebendo uma chamada.

— Oi, Seungcheol. Sim, estou na entrada do estacionamento.

Em poucos instantes, um carro, que devia custar mais que sua casa com todos os móveis dentro, parou em sua frente, o vidro da janela do motorista baixando e revelando um Seungcheol sorridente.

— Entra aí, vou te levar até o apartamento do Hao.

Assim que o chinês entrou, seguiram a viagem em uma conversa leve sobre como estavam indo seus respectivos dias, apenas para tentar não ficar num silêncio incômodo. Também porque Seungcheol queria conhecer um pouco mais o pai de seu futuro afilhado, se fosse realmente padrinho do bebê, é claro.

— De onde você conhece o Han hyung? – a primeira reação do Choi foi engasgar, em seguida, apertar o volante, enquanto respirava fundo e tentava conter a risada nervosa que ameaçava vir.

— Nós estudamos juntos no ensino médio. Nos conhecemos logo no primeiro ano, mas acabamos nos afastando no terceiro. Depois disso, perdemos contato. – deu de ombros, sem saber bem como explicar isso e tentando não se aprofundar na história que tinha com o Yoon.

— Só isso? – o Wen disse erguendo as sobrancelhas – O hyung falou sobre você com o Shua hyung, então não acho que seja apenas isso, eles não falam sobre qualquer conhecido do passado. Só de quem é importante. A questão é: que tipo de importância você teve?

O Choi mordeu o lábio, tentando não desviar os olhos da estrada para ver a expressão de uma curiosidade infantil no rosto alheio, ponderou o restante do caminho se deveria falar sobre aquele assunto, mas preferiu deixar de lado. Se fosse para alguém contar, que fosse Jeonghan, Seungcheol ainda não tinha coragem de admitir que tinha maior parte da culpa naquilo.

— Oitavo andar, apartamento 37, avisa ao porteiro que eu autorizei sua entrada e diz pra ele que o gato da senhora Cho veio fazer cocô na varanda de novo.

Wen assentiu tentando não esquecer tudo o que fora dito e sorriu aberto para o mais velho antes de sair do carro. Seguiu para a portaria e interfonou, falando as exatas palavras que ouvira, seguindo pela pequena trilha de pedras brancas até a entrada do prédio onde pegaria o elevador. O caminho até o apartamento do Xu pareceu lento demais, isso o deixava ansioso e o fez mexer os dedos nervosamente até chegar à porta do lugar. Bateu na porta duas vezes e esperou, enquanto se balançava sobre os calcanhares e encarava o chão.

— Já vai! – o mais novo gritou de dentro do apartamento e voltou a falar antes mesmo de destrancar a porta – Esqueceu as chaves de novo, Cheol hyung? Eu jurei que tinha visto- Ah, oi, Junhui. Pensei que o Cheol vinha com você.

— Ele me deixou lá embaixo e foi embora.

— Ah, entendi. Entra.

Seguiram em silêncio até a cozinha, onde Minghao preparava a mesa para comer, mas parou por um momento, encarando o Wen em dúvida se perguntava ou não, optando por fazê-lo.

— Você já almoçou?

— Não, mas não precisa se preocupar eu posso comer quando voltar pra casa. – o mais velho agitou as mãos em frente ao rosto e sorriu em nervosismo.

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