three

733 93 58
                                    

Naquele mesmo dia, Junhui e Hansol conversaram bastante, logo trocando números de telefone e sendo a companhia um do outro pela tarde de fotos do chinês. Ficaram tão próximos que, após alguns olhares enciumados de um garoto baixinho e bundudo que trabalhava de secretário do pai de Hansol, o chinês acabou se tornando confidente da relação conturbada que os dois tinham.

— Eu não assediei ele, por favor, não pense isso! – murmurou exasperado quando confirmou o que acontecia entre os dois – É só que acabamos ficando presos no depósito uma vez, meu pai pediu pra empresa toda procurar a aliança dele senão minha mãe o mataria, então fomos procurar lá e a porta emperrou pela falta de uso. Acabamos ficando próximos, comecei a oferecer carona pra casa dele depois do expediente e numa dessas vezes a gente se beijou.

— Eu já fiquei com um cara que eu sempre quis numa balada, sabe? E no dia seguinte, depois de uma foda maravilhosa, ele sumiu. Você tem sorte de ter o Boo perto de você todo dia. – o mais velho murmurou tristonho, ficando quieto quando a maquiadora chegou para fazer uns retoques e depois voltar para o estúdio de fotografia.

Ele estava fazendo um ensaio de fotos para uma revista sobre ternos, não era nenhum trabalho com muita visualização, mas já era bom para começar. Ele receberia uma pequena comissão por cada trabalho em revistas e, quanto maior fosse o trabalho e mais destaque tivesse, mais dinheiro ganharia. Estava satisfeito com o novo emprego, precisava apenas falar com a senhora Yoon para pedir sua demissão.

— Sabe, Jun hyung, você tem potencial pra fazer sucesso e é muito bonito, tenho certeza de que quando esse cara te ver nas capas de revistas e na tv, ele vai te procurar. – Hansol sorriu para si, pondo uma mão em seu ombro rapidamente e logo deixando que voltasse ao estúdio. O que dissera deixou o Wen feliz e mais determinado a cumprir bem sua função, o que resultou em fotos ainda melhores.

*

Minghao estava no consultório médico particular que a empresa pagava para si, junto com Seungcheol e uma enfermeira que faria seu exame de sangue para confirmar a gravidez e o tempo certo de gestação. Ele estava nervoso e segurava a mão do Choi fortemente, como se pudesse tirar alguma segurança dali. Quando a enfermeira pôs a agulha em seu braço, ele se segurou pra não sair correndo e chorando dali para o mais longe possível. Não que ele estivesse com medo, estava mais para assustado com a ideia geral, afinal, não era das coisas mais fáceis de se digerir.

— Pronto, querido, você pode ir para a sala ao lado e comer alguma coisa antes de ir embora, o resultado sai em alguns dias. – a enfermeira disse, sorrindo docemente para os dois, que saíram depois de breves despedidas.

— Como está se sentindo, futuro appa? Ou seria futuro omma? – o mais velho brincou, recebendo um tapa estalado do chinês pela brincadeira idiota, mas não podia negar que melhorava um pouquinho seu humor.

— Seria futuro bàba, seu idiota, lembre-se que sou chinês – resmungou seguindo-o para a cantina e sentando-se em uma das mesas enquanto o outro ia pegar um mix de frutas pra que tomasse antes de ir embora. Quando chegasse em casa faria uma refeição digna, isso bastaria por hora.

Não demorou muito mais que cinco minutos para que ele voltasse, entregando-lhe o copo grande de coloração avermelhada e dizendo que levasse o tempo que precisasse para não correr o risco de vomitar.

— Eu vou poder ser o padrinho, né? Eu sou mais próximo de você do que os riquinhos com quem você conversa nas festas, mereço ser chamado de "tio Cheol" por essa coisinha aí.

— Você vai, pode confiar. – o chinês riu, desviando o olhar brevemente pelo lugar. Algumas cadeiras de metal, mesas brancas, um balcão onde as comidas eram vendidas mais ao fundo, uma tv cujo som mal podia ser escutado de onde estavam. Nada demais, nem de muito interessante.

idolOnde histórias criam vida. Descubra agora