idol

eight

Depois do ocorrido naquela noite, os chineses decidiram que era melhor manter certa distância pelo resto da noite, mesmo que Junhui não tivesse concordado tanto assim com isso. Ficaram a uma distância segura, mas ainda era possível que o Wen estivesse de olho no Xu, apenas para se certificar de que tudo correria bem. A festa não durou tanto assim para ambos, pois Simon prezava pelo bem estar de seu modelo e Seungcheol insistiu que já estava tarde para grávidos estarem acordados, então logo foram cada um para sua casa.

Durante cerca de uma semana, os dois se viam apenas em compromissos oficiais da campanha fotográfica, tendo conversas breves em tais ocasiões. Mas não é como se fosse apenas isso, Junhui fazia questão de mandar mensagem todas as noites para Minghao, perguntando como ele estava, e ainda mandava outras para Seungcheol, apenas para confirmar que o mais novo não estava escondendo nada apenas para não preocupá-lo. Em uma das noites até mesmo arriscou ligar para o Xu, onde conversaram durante uma hora sobre assuntos sem importância.

A cada dia que se passava, o cantor ficava mais incomodado com uma coisa no meio da bagunça que estava sendo sua vida: ele não sabia quem era Wen Junhui. Tudo o que conhecia era aquilo que qualquer pessoa conseguia descobrir facilmente, que ele era chinês, que tinha uma autoestima de invejar, que agia como uma criança pequena, que era modelo e bastante atencioso com quem era próximo. Mas e o que mais? Ele não sabia muito sobre o pai daquela criança que estava gerando, mal se conheciam e o contato que mantinham era o mais superficial possível.

Mas também não era como se sentisse a obrigação de ter algum tipo de relação com ele, claro que não.

Foi por tais pensamentos, que tanto lhe atormentavam, que ele resolveu ir até a sala, onde Seungcheol assistia algum dorama, e fazer a pergunta que queria a tempo demais.

— Cheol, podemos ir na casa do Jun? – perguntou, vendo-o olhá-lo com sobrancelhas erguidas.

— Você sabe que os jornalistas de fofoca de plantão ainda podem estar de olho em vocês dois e que todo contato de vocês pode ser motivo pra notícias sensacionalistas, certo?

— Mas, Cheol... É só uma visita rápida, eu juro.

— Certo, vou ligar pra ele e perguntar se podemos ir.

— Obrigado.

O Choi ligou para Junhui e durante toda a ligação, os olhos do Xu permaneceram ansiosos na direção do mais velho. A ideia de voltar à casa onde passara a noite com o Wen o assustava um pouco, mas era necessário, ou pensava dessa forma. Após aquilo, apenas pegaram casacos e máscaras, seguindo ao estacionamento pelas escadas e entrando no carro do mais velho para que fossem logo, o caminho foi silencioso, quase como se estivessem se preparando para o que estava por vir.

O primeiro a descer do carro, cerca de vinte minutos depois, foi o Choi. Ele caminhou até a porta, tocou a campainha e falou com o garoto da confeitaria, olhou em volta e, ao notar que não havia ninguém passando, acenou para o Xu se aproximar. Minghao seguiu o mais rápido que conseguiu para dentro da casa, tendo o cuidado de estar sempre com o olhar voltado para o chão, assim o capuz impediria que alguém pudesse ver seu rosto.

Quando já estavam todos na sala, o Xu sentou-se no sofá entre Seungcheol e o rapaz que havia visto na confeitaria do Yoon tempos atrás, mas não o conhecia ainda. O clima parecia um pouco desconfortável e Minghao sentia-se cada vez mais culpado por ter pedido por aquela visita.

— Então – Junhui começou, voltando para a sala com alguns copos e suco numa bandeja – O que foi isso de vir aqui assim do nada? – perguntou rindo, deixando o que trazia sobre a mesa de centro.

— Ah, bem... Eu pedi pro Cheol me trazer, porque... – as bochechas vermelhas e as mãos inquietas do cantor foram suficientes para que risadas baixinhas fossem ouvidas, principalmente as do Yoon.