Kiev

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Meses depois que Bjorn assumiu o governo de Kattegat, Ivar e Fryda continuavam viajando por diversas partes do mundo sem um rumo específico, apenas evitavam permaneces por mais de dois dias em um mesmo local para não serem encontrados.

Quanto a gestação da moça, Fryda havia perdido o bebê antes do quinto mês de gestação e Ivar fez com que ela se sentisse ainda pior colocando toda a culpa da perda nela, eles discutiram no calor da má notícia e ele disse que a culpa era dela se seu corpo não era capaz de gerar um filho.
Nos primeiros dias após a perda Fryda realmente acreditou que era culpada, mas depois chegou a conclusão de que não era culpa de ninguém e sim a vontade dos deuses.
Essa briga interna continuou por semanas na mente e coração da moça, ela e Ivar permaneciam juntos mas não tocavam mais no assunto, ele se determinou a deixar o assunto de lado mas não iria acreditar mais na esposa, com o que dizia respeito a sua virilidade pois ele sempre se achou impotente, ela o fez acreditar que podia, mas no fim seu filho não chegou a ver a luz do dia, nenhum dos dois queria sentir aquela dor de novo, então apenas pararam de insistir e decidiram esquecer o assunto.

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Um dia, enquanto o casal e o homem ruivo que os acompanhava na viagem, estavam crusando e acampando pela rota da ceda conhecendo comerciantes e produtos de diversas partes do mundo, era fim de tarde quando Fryda chegou ao acampamento trazendo um carneiro preso a uma corda, Ivar estava fazendo a barba que havia crescido bastante ao longo do tempo.

-...o que vai fazer com isso? - ele questiona com estranheza observando a esposa

-um sacrifício - ela diz parando perto dele - pode me emprestar isso? - ela pede a lâmina que ele estava usando

Ivar suspira e finaliza o corte entregando o objeto a ela que sorri mínimamente em agradecimento passando por ele, ela seguiu para um canto mais isolado onde com calma poderia fazer seu ritual

Fryda invoca o nome dos deuses, mas em especial Freya, a deusa da festilidade, ela dedica o sacrifício a deusa pedindo para que abrisse seu ventre e lhe concedesse filhos, ou ao menos um filho, a moça pega a lâmina que Ivar havia lhe dado e corta a garganta do carneiro derramando seu sangue sobre um pequeno pote onde ela pode mergulhar as pontas dos dedos e marcar o rosto, assim como beber o sangue do sacrifício finalizando o ritual.

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Poucos dias depois, os três estavam acampados junto com outros viajantes e mercenários aínda na rota da ceda.

-por que aquele homem está olhando para mim... Ele não para de olhar para mim  - Ivar comenta com a esposa e o homem que viajava com eles

-...sua reputação o precede, meu marido - Fryda diz ao analisar brevemente o senhor a quem Ivar se referia

-não estou gostando... Talvez devessemos pagar um desses homens para dar um fim nele - Ivar comenta e Fryda baixa o olhar em desaprovação

-são só mercenários, não podemos confiar neles - o ruivo comenta

-então, talvez, você devesse fazer - Ivar conclui com certo desinteresse

Logo eles ouviram um som estranho, como de uma cavalaria se aproximando, rapidamente Ivar se escondeu com Fryda na carroça fechando a "cortina" para ambos não serem vistos e não demorou para  o acampamento ser invadido por um grupo de batedores.
Mesmo escondidos não demorou para que ambos fossem arrancados de lá por homens que pareciam Vikings, porém eram diferentes da maioria, as roupas eram diferentes.
Eles conversaram em outra língua com o homem velho que viajava com o grupo e que a pouco está a incomodando Ivar com seus olhares. Ao notar que o velho havia sido mal pago pelo homem que lideravam o pequeno grupo de guerreiros Ivar se aproveitou disso:

Eu te amarei para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora