Capítulo 10

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   Não me lembro muito bem o que aconteceu, apenas que estava chorando e falando com Leandro.

   Levanto da cama e começo a me arrumar para ir ao colégio. Fumo um cigarro enquanto tomo banho, pretendo acabar com uma carteira antes de ir para o colégio. Após o banho, ainda nua, fumo mais quatro. Visto minha roupa mais três. Meu café é pão com Vodka, mais três. E o resto vou fumando indo para a escola.

   Sou recebida com sussurros ao meu respeito. Cada um mais inútil que o outro.

- Olá princesa! Como está? – um dos meninos daquela noite me aborda – Espero que não seja difícil se sentar.

   Com a minha cara de deboche de sempre, vou em direção a minha sala e me sento abaixando minha cabeça. Eu estou quebrada.

   Não espero a hora do intervalo para ir para o telhado. Observando minha cidade, percebo que não há o que eu faça, as minhas lembranças vão ser ruins.

   "Isso não o deprime? Saber o quão sozinho você realmente está?" A minha vida toda eu estive só, mas agora é como se eu tivesse me longe de mim. Eu não sei quem eu sou.

   Pego meu celular e vejo que há várias mensagens dele. Não sei o que conversamos noite passada, não sei o que falar com ele. Ele me quebrou.

*

   Voltando para casa, entro em uma conveniência e vou até a cessão de bebidas. Pego uma Jack Daniel's, uma Absolut Vodka, um Smirnoff e vou para o caixa. Lembro quando ele me seguiu até aqui. Por que eu estou sorrindo que nem boba?

   Para em um restaurante para almoçar. Azumi Restaurante Japonês é meu restaurante preferido de sushi. Não demoro muito para chegar rápido em casa.

   Ao abrir a porta, me deparo pela primeira vez com meu apartamento sem vida. Ele está tão fudido quanto eu. A minha janela é a única coisa que o salva.

   Abro uma das bebidas, a coloco em uma taça evou para minha janela. Entretanto, antes de alcançá-la, escuto o som da campainha.

- Leandro!?

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