Diante dos recentes acontecimentos, eu estava perdido. A única coisa certa era meu sorriso, que insistia em permanecer.
— Que flor linda, onde pegou? —. Perguntei, a cheirando. Bento estava do meu lado, deitado, olhando-me de uma maneira fofa.
— Do outro lado do lago —. Falou, tocando em meu rosto.
— Sério que você cruzou esse lago só pra me buscar uma flor? —. Perguntei com os olhos brilhando.
Ele permanecer calado. Em vez de falar ele fica de pé, e me estende a mão. Me puxa para ficar de pé também.
Seus olhos estavam fixos nos meus. Sua pupila negra envolta de uma íris incrivelmente azul, vagava parecendo buscar algo.
Ele pega a flor de minha mão, e a coloca na minha orelha, como um enfeite. Eu fico um pouco estonteado com os seus gestos. Era tudo tão novo para mim.
Bento pula de volta para a água, afunda e me deixa sozinho, fico a olhar seu corpo emergindo.
— Não vem? —. Ele indaga enquanto arruma seu cabelo molhado.
Com muito cuidado eu retiro a flor do meu cabelo, e a coloco na passarela, eu queria ficar com ela para sempre, como uma lembrança do nosso curto momento de amor.
Salto na água, e vou a seu encontro. Quando fico bem na sua frente, Bento me agarra, e me beija novamento, de uma forma mais selvagem, porém delicada e sublime.
— Bento, o quê... —. Tento saber mais de seus sentimentos e intenções, mas sou calado por seu dedo.
— Ei não vamos nos preocupar com isso agora —. Falou, aproximando seu rosto perfeito do meu. Entre os beijos, ele mordia meu lábio suavemente, o puxando e me causando delírios.
Ele tinha razão, eu estava perdendo a melhor parte de nós dois, o começo de uma conexão forte e quente.
Ele me vira, me abraçando forte de costas. Sua boca beija meu pescoço, e sobe em direção a minha orelha. Aquilo me provoca uma das melhores sensações da vida.
— Você planejou tudo isso não foi? —. Pergunto rindo, todo arrepiado pelos beijos insanos que ele me dava.
— Sim —. Ele respondeu repousando sua cabeça no meu ombro.
— E eu pensando em como ia te conquistar —. Falei rindo.
Ele riu e se afastou nadando. Bento era assim extremamente belo, e extremamente misterioso.
O segui, já sedendo por mais de seus sedutores beijos. Ele parecia estar brincando comigo, pois não deixava eu me aproximar.
E depois de um tempo ele afundo, fiquei procurando por ele, em todas as direções mas não o vi. Então de repente ele aparece rindo bem na minha frente, me roubando um beijo.
— Você quer me matar do coração? —. Pergunto caindo na gargalhada.
— Não, eu quero que você me siga —. Bento fala, e sai da água correndo em direção a cabana. Eu faço o mesmo, me esforçando para o alcançar. Ele entra na cabana, e eu também. Ele entra no banheiro, e eu paro na porta. Fiquei com receio de entrar, pois tudo o que aconteceu era bastante recente.
Bento me puxa para dentro, e me encosta na parede do banheiro. Um sorriso malicioso está bem na minha frente, assim como olhos penetrantes.
— Está com medo? —. Ele pergunta.
— Sim, não acha que é cedo demais para isso? —. Digo. Mesmo eu amando Bento do fundo do meu coração, acho que seria avançar muitos passos transar logo de cara.
— Não faço nada que você não queira —. Ele fala e se afasta lentamente, mas antes beija minha bochecha.
— Mas eu quero uma coisa —. Digo o puxando de volta para perto de mim, o deixando cara a cara comigo, nossas testas ficaram coladas.
— O quê? —. Bento pergunta.
— Você —. Beijo sua boca, de maneira suave no começo, mas depois Bento deixa tudo acalorado. Sinto cada parte do meu corpo acordando, sentindo prazer e um calor pulsante.
Minha mão desce por seu torso, sentindo a perfeição que seu corpo possuía.
Bento tira minha camisa, nunca deixando de me beijar.
— Vamos ficar só no beijo, como você quer tudo bem? —. Ele perguntou roçando sua testa na minha, delicadamente.
— Sim —. Falei feliz por ele ser compreensível.
Entre trocas de beijos, e corpos seminus, tomamos nosso banho. Foi tudo tão surreal, vívido, fabuloso.
— Se troca primeiro depois eu entro —. Ele disse ficando do lado de fora do pequeno quarto.
Bento era verdadeiramente um doce. Eu tinha ainda um pouco de vergonha de ficar pelado frente a ele. E isso era algo que com certeza eu teria de deixar de lado é claro.
Procurei entre minhas coisas a melhor roupa, a mais bonita. Mexi um milhão de vezes no meu cabelo, tentado deixar na posição perfeita. E passei alguns litros de perfume, e também creme hidratante.
Quando abro a porta vejo Bento se tremendo de frio. Ele me olha, e vejo seus olhos brilhando de uma maneira linda.
— Minha nossa, me desculpe —. Digo saindo apressado do quarto. Eu fui tão egoísta, mas pelo menos ele reparou.
Caminhei rumo a varanda, me sentei em uma cadeira, e assiste ao pôr do sol vermelho, que coloria o horizonte de vermelho.
Vir nessa viagem valeu a pena, um belo retiro de verão, ao lado do meu amado. Ele chega e senta-se ao meu lado, olho rapidamente e vejo o horizonte vermelho refletido em seus olhos.
Seu corpo exalava um perfume tão bom quanto o campo que visitamos hoje cedo.
— Vou acender a fogueira enquanto nos resta um pouco de luz do Sol —. Bento fala se levantando. Ele vai até o local onde havia ainda vestígios da fogueira de ontem. E reacende as chama vermelhas que sobem rumo ao céu.
Eu vou até onde ele está, e sento em uma tora de madeira, e fico assistindo ele trabalhar. De vez em quando um sorriso vinha em minha direção, ele era mais brilhante que qualquer estrela acima de nossas cabeças.
— Você é tão lindo Bento, parece um anjo que surgiu na minha vida do nada —. Falei cobrindo o rosto um pouquinho envergonhado.
Ele sorri, e depois olha para o céu. Era mais um mistério daquele garoto, por quem me apaixonei perdidamente, e incondicionalmente.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.
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Verão Em Amor Intenso
Novela JuvenilO verão pode ser sim a melhor estação para Daniel.