Capítulo VI

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   — Eu disse que você aprenderia rápido —. Bento falava, enquanto caminhávamos pelo parque.

   — Com você como professor qualquer um aprende —. Falo.

   — Xi, olha só a hora, minha mãe vai me matar —. Bento diz, ao olhar seu relógio.

   — Eu te deixo em casa —. Falo tristonho.

   — Tudo bem —. Ele diz, eu subo na bike, e ele vem logo atrás.

   Pedalo, com um pouco de dificuldade, pois duas pessoas era bem pesado. Bento, de repente, começou a assobiar, não sei porque, mas ele assobiou. E era tão lindo, parecia a Branca de Neve se comunicando com os animais da floresta. O Bento era realmente um príncipe.

   — Não estou te irritando estou? —. Era perguntou.

   — Claro que não, imagina só, porque eu me irritaria com algo tão lindo? —. Digo.

   — Ah! —. Ele sorriu.

   — Onde você aprendeu a assobiar tão bem? —. Perguntei.

   — Bem, minha família tem uma cabana na floresta, e nós costumamos ir todo verão lá, e teve uma vez, que tinha muitos pássaros, e eu tentei imitar o canto deles, e acho que aprendi —. Ele falou, eu me atentava a cada palavra que ele me dizia.

   — Uau —. Digo.

   Saímos do parque, e chegamos a estrada. Bento me indicou a direção, para onde eu deveria seguir.

   — Me diz uma coisa que você não sabe fazer —.

   — Poderia te dizer um milhão —.

   — Então me diga, o que você gostaria de aprender —. Pergunto curioso.

  — Eu queria saber desenhar —. Ele falou, e eu abri um sorriso.

  — Sério mesmo?

  — Sério, já tentei de todas as formas, mas só consigo fazer arte abstrata, se é que aquilo pode ser considerado arte —.

   — Se quiser posso te ensinar —. Digo, da mesma maneira que ele me disse mais cedo, como forma de gratidão, e também como forma de ficar mais tempo próximo dele.

   — Sério?! Não quero te incomodar! —. Ele fala de maneira engraçada.

   — Sério, acho que assim posso te compensar pelo trabalho que te dei hoje —.

   — Quando posso aprender então? —. Ele pergunta, e sinto entusiasmo vindo dele.

   — Quando você quiser, eu fico o dia inteiro em casa mesmo, pode aparecer qualquer dia —. Falo de maneira amigável.

   — Tudo bem, pode parar aqui, é perto da minha casa, posso ir correndo —. Ele diz, e eu paro.

   — Obrigado pela manhã, te vejo logo —. Ele diz antes de sair correndo pelas estradas.

   — Obrigado! —.

   Desse jeito volto para casa, pedalando, ainda com cautela, mas alegre por tudo o que aconteceu.

  Muitas pessoas dizem que pra se conquistar o amado, precisa-se de esforço. Mas, acho que prefiro deixar as coisas acontecem por si só. Não quero obrigar ninguém a nada, como muitos naquelas histórias bizarras.

  Quando chego em casa, vou direto ao banho, mas antes guardo minha bike em um lugar seguro. Depois do banho, visto uma bermuda moletom bem leve, e somente isso, e vou almoçar.

Verão Em Amor IntensoOnde histórias criam vida. Descubra agora