Seu nome era Anna, filha de uma das amigas da minha mãe.
- Filha, essa é a Anna, poderia leva-la para seu quarto?
- Esta bom mamãe, vamos Anna?
- É, pode ser.
Subimos a escada e quando chegamos a meu quarto ela pegou meu livro e disse:
- Eu amo este livro! Já terminou de ler?
- Umas trezentas vezes - eu gostei daquela menina.
- Quando éramos menores costumávamos brincar juntas...
- Não me lembro de muita coisa da minha infância, tem 13 anos?
- Sim, quem era aquele menino na porta?
- Ah, aquele era o Caleb, meu namorado.
- Eu o conheço, ele já estudou comigo.
- Ah que legal.
Ficou um silêncio chato, exemplo, quando duas pessoas que se gostam estão numa sala.
- Gostaria de fazer algo? Podemos ir jogar vídeo game na casa de um amigo meu.
- Adoraria.
Liguei para o Marcus e ele disse que podíamos ir, então descemos a escada e fui ver se minha mãe e a mãe da Anna deixariam.
- Mãe, vou levar a Anna pra jogar vídeo game no Marcus, o.k.?
- Se a mãe dela concordar!
- Ah, pode ir Anna - disse a amiga da minha mãe que eu não sabia o nome.
Saímos e fomos para a casa do Marcus, mas no meio do caminho o Caleb aparece.
- Oi - ele me beijou - Oi, Anna?
- Oi Caleb.
- Oi Caleb, quanto tempo!
Vi que algo tinha acontecido entre eles, não posso esquecer-me de perguntar o que pro Caleb...
- Tchau Eff, tenho que ir pro meu pai.
- Tchau!
Ele foi andando e eu quase tinha me esquecido da Anna até ela falar algo muito bizarro:
- Ele é meu meio- irmão.
- Como assim? - fiquei meio pasma.
- Meu pai traiu minha mãe com a mãe dele, simples!
- Totalmente simples - fui sarcástica - chegamos - entrei sem ser convidada, pois sabia que o pai do Marcus não estaria - Marcus, cadê tu?
- Estou aqui na sala!
Fomos até a sala e ele estava jogando futebol no vídeo game.
- Esta é Anna. Porra tira esse jogo, odeio futebol.
- Oi Anna. Obrigue-me menina!
- Oi, Marcus? - Anna disse meio confusa.
Ele pôs o jogo de luta e começamos a jogar, passaram-se duas horas e daí minha mãe me liga dizendo que é hora de ir embora, a gente se despede do Marcus e vamos para casa, chegando à minha casa a mãe da Anna diz:
- Filha, chegou o resultado dos seus exames - ela começa a chorar.
- O que foi mãe? – Anna pergunta começando a chorar.
- Você está com câncer Anna – Nádia fala isso tentando controlar o choro.
- Calma Nádia - minha mãe a abraçou.
Anna estava aos prantos, eu a abracei e lhe segredei:
- Fique calma, eu vou fazer dos seus dias numerados os melhores, eu prometo!
- Obrigada.
- Aliás, onde é o câncer? - perguntei abraçando Anna aos prantos.
- É no pulmão, eu uso uns negócios para me ajudar a respirar, mas agora vou ter que usar um cateter. – ela disse se engasgando um pouco com as palavras.
- Ah, entendo. Então você pode se manter viva por bastante tempo! - falei tentando alegra-la.Passaram dois dias desde a visita da Anna, decidi ligar para ela...
- Oi Anna, quer vim aqui em casa?
- Pode ser, que horas?
- Agora, o.k.?
- O.K.
Vinte minutos se passaram e ela chegou, eu segurei seu braço e corremos para cima.
- Faça uma lista das coisas que gostaria de fazer antes de morrer! - entreguei a ela uma folha e uma caneta preta.
- Vamos lá então. - ela começou a escrever, demoraram uns 5 minutos, havia três itens: “(1) beijar um menino. (2) ter uma encenação de enterro. (3) viajar para Japão.”
- O.K. Vamos à lanchonete.
Fomos à lanchonete e ela comeu um sanduiche, e eu comi batata-frita.
- Podemos mudar o item três por apenas um elogio fúnebre seu? - ela disse quando acabou de comer:
- Claro, amanhã seu elogio estará pronto. Será que você pode dormir aqui em casa?
- Ah não sei, mas saiba que eu tenho que dormir com um negócio que faz um barulho escroto, se você não se incomodar eu durmo!
- Nem vou dormir então não se preocupe - peguei meu celular e liguei para Nádia - oi tia, a Anna pode dormir lá em casa?
- Você sabe que ela dorme com uma máquina que faz um barulho?
- Sim, já sei, e não me incomodo.
- Acho melhor não, pois pode incomodar seus pais, mas você podia vir dormir aqui, o que acha?
- Ah, pode ser, vou falar com minha mãe, tchau!
- Tchau - ela desligou.
Chegamos à minha casa e eu abracei minha mãe.
- Vou dormir na Anna, o.k.?
- O.K., oi Anna, como está?
- Ah, estou bem, obrigada por perguntar.
Subimos ao meu quarto para eu poder pegar minha roupa, quando o Marcus me manda uma mensagem.
"Sabe amor à primeira vista? Então é isso o que senti pela Anna."
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Uma Figurante Qualquer
RandomAgora recolhida em um canto, sendo assombrada por mortes, desilusões e fantasmas, sem mencionar as vozes em sua mente, chorando e não sabendo o que fazer, Effy que era uma garota normal, boa aluna e feliz, se torna uma garota que ninguém ousa dizer...