Fiquei surpresa com a mensagem do Marcus, mas não demonstrei reação, achei melhor guardar pra mim e não contar a Anna, é melhor se o Marcus o fizer, apenas sorri e fui arrumar minhas coisas para ir à casa da Anna, quando estava tudo pronto falei a Anna para irmos.
- Enquanto andamos para sua casa posso te contar uma coisa?
- Sim.
- Tudo bem, vamos? – sai andando sem esperar resposta dela, passamos pela escada e depois pela sala, mamãe estava tomando banho então gritei – estamos indo mamãe.
- O.K., me de noticias!
Saímos e demos de cara com o começo de uma chuva, mas continuamos andando já que a casa da Anna não era muito distante, comecei a falar:
- Então, a coisa que eu quero-te falar é que não faz muito tempo minha melhor amiga – dói falar dela – se suicidou sem me deixar carta nem nada, e ainda sinto muito a falta dela, e eu não quero perder você também, não aguento perder mais uma amiga...
- Ei – ela me abraçou – você não vai me perder tão cedo, posso estar com câncer, mas eu to tomando remédio e ainda não estou na fase terminal.
- Eu espero que assim seja...
- Assim será.
Continuamos andando e então chegamos a casa dela, bem quando chegamos, a chuva engrossou, Anna me conduziu até o quarto dela e me disse que a mãe dela estava fazendo compras, eu deixei minha bolsa com minhas roupas encima da mesinha perto da cama dela e me sentei na cama.
- Seu quarto é lindo – falei enquanto observava o azul das paredes e as fotografias, encima da cama dela havia um grande pôster de uma banda chamada The Doors, o nome não me era estranho – que banda é essa?
- Ah, é a minha preferida, vou colocar o CD deles pra tocar – ela colocou no som e a música começou, não era ruim, gostei do som – essa tem o nome de The End., minha musica favorita deles.
- O som é maneiro, já ouviu The Rolling Stones?
- Óbvio que sim, meu pai me mostrou quando eu era menor – ela disse sorrindo – já ouviu The Beatles?
- Quem nunca ouviu The Beatles? – a mãe dela gritou da sala de entrada para nós irmos comer.
- Espero que ela tenha trago chocolate de avelã.
Descemos e a Anna me levou a cozinha, cumprimentei Nádia e me sentei. Nádia me ofereceu leite com Toddy e biscoito recheado, aceitei, Anna comeu o chocolate de avelã dela com suco de laranja. Terminamos de comer e voltamos ao quarto da Anna e o som ainda estava ligado.
- O que achou do Marcus? – perguntei num tom de quem não quer nada.
- Ah, ele é fofo, por quê?
- Nada... Qual é essa musica?
- Love Me Two Times.
- Ela é linda, posso usar o banheiro?
- Sim, é a terceira porta a direita.
Fui ao banheiro para ligar pro Marcus, liguei a torneira pra abafar minha voz.
- Alô.
- Sou eu.
- Eu sei. – ele falou como sempre costumava falar.
- Anna disse que você é fofo – falei em tom de brincadeira.
- Hum... – ele pareceu envergonhado.
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Uma Figurante Qualquer
RandomAgora recolhida em um canto, sendo assombrada por mortes, desilusões e fantasmas, sem mencionar as vozes em sua mente, chorando e não sabendo o que fazer, Effy que era uma garota normal, boa aluna e feliz, se torna uma garota que ninguém ousa dizer...