Cap 16°- o corpo e o grupo.

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Pov; jaemin.

o corpo estava lá, embaixo dele estava uma poça de sangue enorme, que nao parava de se estender.

eu não estava com medo de sair e me deparar com algum tipo de interrogatório perguntando se eu vi oque aconteceu, ou se eu fiz parte, até porque foi legítima defesa.

eu havia me trancado em um dos banheiros que tinham na parte de baixo, e após uns 5 minutos já era possível ouvir gritos de desespero vindo provavelmente do local onde o corpo da garota se encontrava.

resolvi sair de lá e ir ver se os chensung ainda estavam na sala, e pela minha surpresa ou não, eles não estavam.
fui fazendo a egípcia enquanto andava pelos corredores procurando por eles, até ver uma multidão de pessoas gritando e umas até chorando, num local próximo a quadra de basquete.

eu nem sabia direito oque fazer, até porque eu estava ali só pra pegar minhas criancinhas e tira-las daquela multidão.

depois de ficar alguns minutos procurando por eles, finalmente eu encontrei os dois sentados num banco um pouco afastados do local onde tudo havia ocorrido.
jisung se encontrava muito chocado, suas mãos estavam trêmulas e seus olhos exalavam que poderiam se derramar em lágrimas a qualquer momento; já chenle estara ao lado do garoto, o abraçando de lado enquanto tentava demonstrar estar calmo diante a situação.

- gente, o que aconteceu? por que o sung tá tremendo tanto? - perguntei me aproximando dos dois, logo me sentando no banco.

- pelo que parece, uma garota cometeu suicídio hoje. - contou chenle, ainda tentando acalmar o outro. - o sung viu o corpo e agora está desesperado porque ele acabou de descobrir que tem um leve probleminha com sangue. - deu sinal para que eu me aproximasse, talvez pra tentar ajudar, e foi oque eu fiz.

me aproximei do mais novo do grupo, logo me ajoelhando a sua frente e levando minha mão a seu rosto, o acariciando.

- coisas assim acontecem meu bem, as vezes as pessoas não se sentem confortáveis consigo mesmas e preferem descontar em si próprias em vez de descontar nos dos outros. - me aproximei de si, deixando um selar em sua testa. - o lucas provavelmente está no meio desse tanto de gente, e como você não quer ficar aqui, vamos la pra dentro ta? lele não deixa o sung ver o corpo dela não, tapa os olhinhos dele. - pedi vendo o mesmo concordar e ir guiando o mais novo com uma das mãos em seus olhos ate estarmos "dentro" da faculdade, nós na verdade voltamos para sala.

haviam poucos alunos no local, ate porque mais da maioria estara la fora gritando e esperneando; detalhe, eu não sei pra que tudo isso, foi apenas um corpo, não entendo o porquê de tanto escândalo.

segui meu caminho, andando não muito rápido, me sentei em uma das cadeiras e chamei os dois outros para fazerem o mesmo.
estava sim preocupado com eles, até porque não era minha intenção fazer com que nenhum dos dois se sentissem desconfortáveis com isso tudo, mesmo que fosse algo meio improvável de se acontecer.

do jeito que eu conheço o meu grupo de amigos, é bem provável que depois que formos para nossas respectivas casas, o diálogo seria o chenle reclamando que o jisung chora por tudo e por nada, o lucas indo contar os detalhes do que aconteceu na bagunça, o sung indignadissimo porque o chenle tá zoando ele, e eu provavelmente estaria rindo ou...rindo.

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10 minutos ja haviam se passado, e o diretor achou melhor tirar todos os alunos que estavam do lado de fora e levá-los para suas salas.
todos já estavam sentados em seus lugares, algumas pessoas comentavam sobre o ocorrido já que era meio impossível não conversar sobre isso, além do fato de que foi tão "inesperado" pra eles.

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