CAPITULO 3

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-Senhoritas o jantar está servido. -avisou-nos o senhor de vestes elegantes que nos recebera na entrada.

-Quem é esse cavalheiro elegante? -perguntei olhando para Vic.

-Ele é meu fiel companheiro e meu mordomo. Aqui nesta enorme casa vive eu e meus empregados, alguns seguranças e Manfred, o senhor que acabaram de conhecer. -fez uma pequena pausa, levou-nos até a cozinha, uma enorme cozinha, com uma decoração antiga, porcelanas e uma enorme mesa farta de comida e frutas, e oito lugares para sentar, as oito cadeiras eram acolchoadas e delicadamente perfeitas. -sintam-se a vontade para comerem o que quiserem. Tem vinho tinto na adega, vou pedir para Manfred pegar.

-Victory temos apenas quinze anos, só bebo vinho em ocasiões especiais. -argumentei. Junto à Maya sentei-me em uma cadeira, olhei para aqueles milhares de talheres, depois para toda aquela comida e por fim voltei minha atenção a Victory.

-Esta é uma ocasião especial, estão em minha casa e isso torna esta noite especial. -fez uma pequena pausa, virou-se para Manfred e sussurou -Prepare-me um banho quente.

-Está bem Manfred, vou beber somente uma taça de vinho. -resolvi beber um pouco, porém eu acabava ficando bêbada rapidamente e fazia loucuras. -Me acompanha Maya?

-Com certeza, mas também vou beber pouco. Uma taça ou duas de vinho não faz mal a ninguém.

Victory retirou-se da cozinha, Manfred tirou uma chave de seu bolso, abriu uma pequena porta, desceu uma escada e sumiu. De repente surgiu novamente com uma garrafa de cheval blanc 1947, despejou um pouco em minha taça, depois na de Maya, colocou-o em um lugar próprio para garrafas de vinho e retirou-se da cozinha. Servi-me de carne de peru recheada com queijo de cabra, espinafre e cassis - o cassis ou groselheira-preta é um arbusto

originário da Europa do Norte. Os seus frutos, conhecidos como cassis ou groselha negra, são bagas, redondas de cor escura e são consumidos inteiros, como xarope, geleia, doce, licor,entre outros. Maya não havia gostado muito, pois quando ingeriu fez uma careta estranha e para tirar o gosto do paladar bebeu um gole de vinho e limpou seus lábios carnudos com um lencinho. Dei um sorriso de lado e continuei comendo.

-Espero que estejam apreciando a carne de peru recheada. Eu estou sem fome e espero que não se importem se eu não acompanhá-las nesse farto banquete. Porém irei beber uma taça de cheval blanc para tornar esta noite mágica -deu uma leve risadinha, pois tinha a intenção de se embebedar e rir a noite inteira, uma risada intensa causada pela bebida.

Estavamos todas na cozinha conversando quando fomos interrompidas por um bater na porta da entrada. Victory pediu que aguardassemos alguns minutos e foi até lá para ver quem batia em sua porta aquela hora da noite. Da cozinha ouviu-se apenas alguns sussuros:

-Vá embora, esta noite eu e minhas... Festa do... Não apareça! -olhei para ver, mas a unica coisa que consegui ver foi uma sombra alta e Vic fechando a enorme porta.

-Não era ninguém. Vamos para o quarto?! Há uma festa do pijama nos esperando!

Uma empregada tirou os pratos, talheres e taças da mesa e levou-os para a pia onde outra empregada lavava toda a louça suja. Subimos a escada aspiral, degrau por degrau, observando aquele delicado corre-mão, havia algumas portas que estavam fechadas:

-Aquela porta é a do quarto dos meus pais, que faleceram, -demos nossos pesâmes -aquela um pouco mais a direita é o banheiro, -apontou para a segunda porta à direita -ali é o quarto de hospedes, ali outro banheiro e aqui é meu quarto. -agora estavamos em frente a uma porta entre-aberta, com uma maçaneta sofisticada, entramos no paraíso, um quarto espaçoso, escuro, com um papel de parede sinistro,longas cortinas, um closet fabuloso, uma cama incrivelmente aconchegante e redonda, alguns travesseiros com bordados, uma penteadeira magnifica e um tapete central macio. Era o quarto dos sonhos!

Cicatrizes de uma paixão vampiresca!Onde histórias criam vida. Descubra agora