CAPITULO 4

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Eram seis horas da manhã, já estava acordada, porém continuei na cama fazendo hora para não levantar. Tentei voltar a dormir, pois era sábado e eu detestava acordar aos fins de semana cedo, mas havia perdido o sono, me revirei toda na cama e minha coberta ficou completamente bagunçada em volta de meu corpo. Quando olhei para a tela do celular e vi que já era seis e meia, levantei da cama, bocegei, calcei minha pantufa de coelinho branca, desci para a cozinha, sentei-me na banqueta e comi aquele delicioso café da manhã de sábado que minha mãe, minha adorável mãe havia preparado. Geralmete meus finais de semana eram... Tediosos! Mas aquele seria diferente.

Fui para o banheiro, tirei delicadamente meu pijama, entrei em baixo do chuveiro, liguei-o e deixei a água correr pelo meu corpo, molhando meus cabelos e pingando pelas pontas de meus dedos das mãos. Refleti um pouco sobre minha vida, minha infância havia acabado, eu tive de dizer adeus aqueles bom momentos em que a unica preocupação era se a minha barbie estava bem vestida, a partir de agora em diante eu teria responsábilidades, estudar para fazer uma boa faculdade, aprender a me virar sozinha para quando eu saísse de casa, algo que eu não pretendia fazer tão cedo, -ri em silêncio -eu ainda não tinha um namorado, isso não era tão importante, mas todas as garotas do colégio tinham, talvez uma distração, porém eu tinha meu admirador secreto, nunca havia frequentado baladas, nem sequer bebido álcool, fumado ou sequer ido para a cama com um homem, coisa que a maioria das meninas na minha idade já haviam feito. Me surpreendi, pois percebi o quanto minha vida era um total tédio, mas estava para mudar, ou pelo menos eu achava que com essa história de receber bilhetes iria mudar minha vida inútil.

-Não demore tanto no banho Mellany. -gritou minha mãe da sala.

-Já estou acabando mãe. -gritei de dentro do banheiro. Terminei de me enssaboar, lavei meu corpo, por fim desliguei o chuveiro, coloquei uma toalha no cabelo e outra me enrolei toda para me secar.

quando cheguei em meu quarto, peguei meu celular e olhei-o para ver se eu havia recebido alguma mensagem, mas não havia nada, nenhuma mensagem de ninguém, nem de minhas amigas -pelo visto aquele sábado seria como os outros, tedioso -estava virada para meu guarda-roupa, de repente um barulho em minha janela -que estava atrás de mim -como se alguém batesse para chamar minha atenção -e conseguiu -, porém quando olhei para trás não encontrei ninguém, apenas um bilhete colado com fita durex no vidro, andei até a janela, uma enorme janela que ia desde o teto d meu quarto até o chão, peguei-o e li:

"Te espero hoje às 21:00 horas no Restaurante Transilvânia.

                                   -V"

    pensei de inicio, "será que ele iria me deixar lá plantada e não apareceria?", mas pensei melhor e conclui, "é um restaurante chiquérrimo". Corri para meu guarda-roupa e, fui a procura de um vestido de gala, apropriado para a ocasião, remexi em todo o meu guarda-roupa, até que no fundo, em uma caixa grande no chão, encontrei um vestido que eu havia usado na minha formatura do 9°ano. Delicadamente retirei a caixa de dentro do armário, coloquei sobre a cama, ainda era cedo, porém precisava estar impecável para meu encontro.

       -Mãe hoje eu tenho um encontro, vou a um restaurante chique, então eu tenho de estar linda, vou passar na manicure porque minha unhas estão horríveis. -mostrei-as para minha mãe.

      -Posso saber com que é seu encontro? Eu conheço-o? -indagou mamãe.

       -Lembra que você falou que ao completar quinze anos deixaria eu sair e ter encontros sem me questionar? Lembra? -perguntei, encarando-a.

      -Enquanto você morar sobre meu teto você me deve satisfação!

      -Você quer discutir agora mãe?! Está bem, você não conhece-o, é um garoto do colégio. -resolvi contar para ela antes que não me deixasse passar a tarde inteira trancada dentro de casa.

Cicatrizes de uma paixão vampiresca!Onde histórias criam vida. Descubra agora