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Depois da formatura comecei a me focar em minhas telas e obras que havia planejado para a exposição que estava próxima. Meus familiares queriam me ver para me parabenizar, mas os enrolei e além de irem ver minha exposição, iriamos marcar alguma coisa depois para já comemorarmos o sucesso de ambos.

Não vi mais meus amigos e Tsukishima estava muito ocupado com os afazeres do museu e conciliar com o treino dos jogos, mas todos confirmaram que iriam em minha exposição o que me deixava feliz. Estava finalizando minha última obra no "ateliê" de Amelia, ela tinha me dado algumas sugestões e pediu para que viesse fazer companhia enquanto ela pintava também.

-Eu queria dar algum diferencial, não está comum de mais? -Perguntei me dirigindo para o casal.

-Comparada as suas outras obras -começou Charles -acho que todas tem seu diferencial e dá para ver todos os sentimentos que você exaltou nessa, mas falta aquele toque especial...

-Pois é, eu também acho.

-Por que não usa essas pedras nas gotas de chuva? -perguntou Amélia se aproximando.

-Não farão falta? -questionei olhando para a caixa que tinha em mãos, eram as mesmas pedras que Amélia havia utilizado no quadro em sua loja.

-Claro que não! Vai ficar perfeito com a sua obra, você é extremamente talentosa -e me entregou a caixa -e eu vou fingir que não reconheci esse loiro alto...

-Por favor não fala para ele -exclamei e com certeza eu estava vermelha, afinal era uma obra totalmente baseada em Tsukishima.

-Será nosso segredo -e piscou em minha direção voltando para a sua tela.

-Vocês mulheres viu! -exclamou Charles nos fazendo rir, ele agora estava estudando algumas partituras de música enquanto praticava em seu enorme piano.

Continuamos pintando por um tempo e quando terminei meu quadro chamei os dois para verem.

-Está perfeito -disse Amélia e Charles concordou.

-Tem sua essência além de que as pedras dão um brilho totalmente diferente -concluiu Charles.

-Obrigada -exclamei totalmente feliz enquanto nos abraçamos.

-Estou atrapalhando? -perguntou uma voz muito bem conhecida vindo da porta da nossa frente.

-Claro que não! -disse Charles se separando do abraço e eu e Amélia corremos para pegar um pano e cobrir minha obra, suspirei aliviada por ela estar de costas para ele.

-O que estão escondendo aí? É algum tipo de nudismo artístico? -perguntou andando até nos.

-Claro que não -disse parando em sua frente -é apenas algo que você não pode ver agora.

-Vocês são estranhas -reclamou e olhei para Amélia que ria depois de ter conseguido colocar o pano em cima da obra.

-Que tal um chá? -a mais velha perguntou alegre e todos concordamos -me ajuda querido? -perguntou se direcionando a Charles e foram contentes para a cozinha.

-Ela pensa que a gente não sabe o que ela está tentando fazendo -resmungou se sentando no sofá da varanda.

-E o que ela está fazendo? -questionei com as sobrancelhas erguidas e se sentando ao seu lado.

-Vai dizer que não sabe? -perguntou me encarando com as sobrancelhas erguidas também.

-Queria ouvir você falando -dei de ombros -diria que os esforços dela estão sendo atoa?

O fio que nos ligava - LeitoraXTsukishimaOnde histórias criam vida. Descubra agora