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Quando acordei no sábado de manhã sorri ao lembrar de tudo que havia acontecido. Peguei meu celular e sorri vendo as diversas publicações que haviam sido feitas com a hashtag da minha exposição, mas meu sorriso se abriu ainda mais quando senti cheiro de café da manhã vindo da cozinha.

-Bom dia -disse abraçando Tsukishima por trás enquanto estava concentrado no fogão.

-Bom dia -se virou e deu um beijo na minha testa -senta aí que já vai sair o café.

-Está afim de fazer algo hoje? -questionei enquanto comíamos.

-Nada em especial, o que quer fazer?

-Tem esse lugar que eu ia quando mais nova -comecei e ele me olhou atento -acho que seria legal irmos, minha família também vai.

-Já está querendo me apresentar? -Debochou -Eu nem te pedi em namoro ainda.

-Para de ser emocionado! -Vai ser só um passeio.

-Vou precisar passar em casa para me trocar -Deu de ombros.

-A gente passa lá depois do almoço...

————————————- quebra de tempo

Havíamos chegado em um campo cheio de lavandas. Era a fazenda de uma senhora da região que era amiga de meus pais. Estendi uma toalha em um espaço com várias lavandas em volta e Kei parecia ter gostado do lugar.

-É lindo né? -perguntei me sentando.

-Nunca reparei que existia um lugar desses por aqui -respondeu se sentando ao meu lado.

-Uma vibe mais crepúsculo -comentei e ele me olhou confuso -nunca assistiu crepúsculo?

-Não -respondeu e eu o olhei incrédula.

-Tudo bem, nota mental -comecei a tirar algumas coisas da cesta -assistir todos os filmes crepúsculo com você.

-Mas parece ser péssimo...

-É maravilhoso! -rebati e ele me olhou divertido -maravilhoso de tão ruim.

-Como você pretende me convencer desse jeito? -disse enquanto riamos.

-Eu que mando no fim.

-Eu assisto se você aceitar assistir velocipastor comigo.

-Eu já assisti -respondi e ele me olhou com as sobrancelhas erguidas -é clássico, acho que está entre os melhores filmes que já vi!

-Você me surpreende a cada dia -resmungou baixo mas eu escutei.

A tarde se seguiu assim, comemos, rimos, brigamos e eu até desenhei ele. Depois de um tempo, Yuki chegou junto com Mikasa, hoje tentaria fazer com que se reconciliasse com meu pai.

Estava nervosa por ter que aprontar Tsukishima tão cedo sendo que não tínhamos nada concreto, mas ver a reação de meu pai quando reencontrasse Yuki me deixava mais nervosa ainda.

-Boa tarde -Respondi abraçando Mikasa -Que bom que vieram!

-A gente não iria perder essa chance, principalmente de conhecer esse gatinho que você está saindo -Sussurrou a última parte me deixando envergonhada.

Meu avô já estava em uma espécie de entrevista com Kei quando me virei para eles, acho foi a primeira vez que o vi nervoso sem debochar de nada.

-Tudo bem já chega né -Interrompi e o loiro me olhou aliviado -Vamos estender uma toalha para vocês.

-O que estão fazendo aqui? -Meu pai questionou chegando.

-Boa tarde para você também -Respondi seria.

-Não sabia que o iria chamar -Minha mãe quebrou o clima -porque não dão uma trégua nessa briga e aproveitamos o dia de hoje?

Os dois se encararam, pareciam mais tristes do que realmente com raiva um do outro -Temos que deixar umas coisas claras com esse amigo da (s/n) -Yuki deu o primeiro passo.

-Vamos ter uma conversa séria rapaz -Meu pai se juntou e os dois encararam Kei sérios.

Eu estava me sentindo um pouco mal por eles terem se juntado só para amedronta-lo, mas pelo menos estavam convivendo juntos de novo.

O resto da tarde foi tranquila, fingimos não perceber quando de alguma forma os dois mais velhos começaram a colocar assuntos em dia. Parecia que tudo estava terminando bem. Eu e Tsukishima nos despedimos já que eu teria um compromisso mais tarde, e deixamos os outros no lugar que frequentávamos desde a minha infância.

Na volta quando fui deixá-lo em sua casa acabei sendo convidada para um café da tarde. Seus pais eram simpáticos e pareciam gostar de mim, Akiteru ficou contando histórias de quando eram pequenos e até mostrou fotos de Kei pelado com 3 anos.

A real é que o ponto alto da tarde foi ver a coleção de dinossauros que Kei tinha em seu quarto. Como tinha uma reunião na parte da noite com algumas pessoas que entraram em contato depois da exposição, precisei ir embora para me trocar e dar tempo de tudo.

Estava nervosa, eram os representantes da Itália que eram conhecidos de Amélia. Não entendia como ela tinha tantos contados, talvez ela só convencesse as pessoas muito bem.

Fui nervosa até o restaurante e encontrei todos muito bem arrumados em uma mesa mais ao fundo, seria mais um passo para a minha vida profissional.

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Esse capítulo está vergonhoso de curto mas será importante para o desenvolvimento.

Obrigada e desculpem pelo o que está por vir :)

O fio que nos ligava - LeitoraXTsukishimaOnde histórias criam vida. Descubra agora