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Acordei totalmente perdida com meu celular tocando em algum lugar da casa, sai correndo tentando lembrar onde havia o deixado.

-Alô -exclamei com a voz assustada.

-(s/n)? estava dormindo? -disse minha mãe na outra linha.

-Não por quê?

-Sua voz não me engana, eu criei você doida!

-Desculpe então senhora Ilda!

-Enfim senhorita (s/n), não lembra de ter família não? -questionou parecendo irritada -já faz semanas que não nos vemos!

-Me desculpe, que tal nos vermos hoje?

-Claro! -respondeu parecendo mais animada agora -venha para cá tomar um café.

-Tudo bem, só vou colocar uma roupa e já estou indo.

-Até já querida.

-Até -disse e desliguei a ligação.

Olhei no relógio da parede e marcava 08:12. Como que ela queria que eu já estivesse acordada a uma hora dessas?

Fui para debaixo do chuveiro, depois coloquei uma roupa confortável e fui até meu carro. Em alguns minutos já estava na frente da casa dos meus pais, lembrei de Amélia e coloquei uma nota mental de que iria passar lá na volta.

Toquei a campainha e minha mãe apareceu.

-Bom dia flor do dia -disse a abraçando.

-Bom dia! entre, entre-respondeu minha mãe saindo do abraço.

-O que está fazendo de bom? -perguntei e dei um abraço em meu pai -bom dia.

-Bom dia querida -respondeu ainda lendo seu jornal.

-Estou assando bolo de fubá para a gente lembrar das origens!

-É por isso que estamos falando em português? -perguntei me jogando no sofá.

-É para a gente conseguir falar mal da família sem ninguém entender! -gritou minha mãe da cozinha e começamos a rir.

Fui até a cozinha e sentei no balcão observando minha mãe.

-Aconteceu alguma coisa com o pai?

-Parece que ele encontrei Yuki-san -disse seria.

-Não entendo porque ele complica tanto.

-Você sabe como ele é, fala com tanta convicção de que é orgulho e que tem coisas que nunca esquece e por isso que não fala com o próprio pai a anos.

-Yuki-chan contratou uma mulher e um cara para cuidar da biblioteca -disse e a mesma me encarou surpresa -ele me ligou para avisar, disse para ir lá para me explicar melhor sobre a situação, não entendo por que não fazem as pazes logo!

-Tem muita coisa envolvida que você não sabe (s/n).

-Então por que não me contam?

-Você vai ter que falar com seu pai, ou arrancar algo de algum de seus tios -disse já colocando o café e o bolo na mesa -vamos mudar de assunto tá?

-Tá bom.

-Tem algo que queira me contar? -perguntou minha mãe dando um gole em seu café, vidente chata.

-Esses dias estava seguindo um gato...

-Eu deveria ter te contado a história sobre os gatos só quando fosse adulta, acho que me faria ter menos dor de cabeça -começou a massagear sua testa enquanto soltava um suspiro.

O fio que nos ligava - LeitoraXTsukishimaOnde histórias criam vida. Descubra agora