EPÍLOGO

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Eliot – Um ano depois

- Annie. Estamos esperando meu amor. O que aconteceu? Você está pálida. Está se sentindo bem meu anjo? – Me aproximo de minha esposa que saiu do banheiro de nossa suíte. Estou com nosso Pequeno Príncipe no colo, que está completando um aninho hoje, estão todos nos esperando em sua festa de aniversário.

- Bem, melhor falar logo. Estou grávida outra vez. – Eu paro, sem ação. Meu filho puxa meu cabelo, chamando minha atenção.

- Eliot, está me ouvindo? – Annie chega mais perto de mim e passa os dedos em meu rosto, me trazendo ao normal.

- Sério? Teremos outro bebê? – Pergunto baixinho nem sei ao certo onde estava minha voz.

- Sim querido. Teremos outro bebê. Pelo visto o anticoncepcional falhou. – Annie fala e baixa o olhar. Outro filho, que felicidade. Minha Princesinha Iluminada traria mais luz a minha vida.

- Meu Deus! Outro filho. Que felicidade, minha Princesa. Mas quero uma cirurgia programada, não quero mais passar o que passamos com nosso Pequeno Príncipe. – Me aproximei de Annie, meu filho se contorceu em meus braços para sair de meus braços, eu o coloquei no chão e abracei minha esposa.

- Você ficou feliz mesmo? – Annie me olha e parece insegura.

- Se estou feliz? Estou mais que feliz meu amor. Mais um pedacinho nosso correndo por esse palácio, não poderia estar mais feliz anjo. – Digo abraçando levantando Annie e rodando pelo quarto. O Pequeno Eliot nos olha, dá gritinhos de alegria, bate palminhas e solta sua gargalhada infantil que é música para os meus ouvidos.

- Vem cá garoto. A mamãe está esperando um irmãozinho ou irmãzinha para você, meu filho. – Pequeno Eliot me olha não entendo muito o que estou dizendo, mas presta atenção.

- Filho, você é o mais velho, então se for um irmãozinho, você terá que cuidar dele e ensinar tudo que você aprender com o papai, mamãe, vovô. Caso seja uma irmãzinha, teremos que cuidar para que nenhum menino se aproxime dela. Principalmente se ela for tão linda quanto a mamãe. – Meu filho me encara como se estivesse entendendo cada palavra que digo a ele. Annie cai na gargalhada.

- Não acredito que estou ouvindo esse conselho machista. Seu filho por ser homem e príncipe, poderá pegar todas as meninas, agora, sua filha, menina e princesa terá que morrer virgem. Isso é muita hipocrisia Eliot. – Vejo Annie se divertir e não vejo o motivo de tanta graça.

- Claro, ela será minha princesinha e não vou permitir que nenhum babaca chegue perto dela. – Digo ainda indignado. O que ela pensa? Que minha filhinha cairá nas mãos de algum idiota? Nem pensar.

- Eliot, pensa comigo. Seu filho quando "pegar" uma garota, ela será filha e irmã de alguém. Já pensou nisso? Temos que orientar nossos filhos, tanto Eliot como nossa filha que têm que respeitar a pessoa que estiver com eles. – Ela sempre tem razão.

- Por que você sempre tem razão? Criaremos pessoas de caráter. Menino ou menina, vai aprender logo cedo a valorizar respeitar as pessoas. – Digo, Annie sorri satisfeita, nosso filho continua quieto em meu colo, como se soubesse que a conversa é séria.

- Pequeno Eliot, você será um homem que valoriza a família, amará sua esposa, assim como o papai ama a mamãe e só terá olhos para ela, assim como eu não vejo ninguém a não ser minha linda Princesinha Iluminada. – Digo olhando nos olhos de meu pequeno filho que está completando um aninho de vida.

- Agora vamos que os convidados já estão chegando. Daqui a pouco seu pai vem buscar o neto dizendo que já passou tempo o bastante longe dele. – Dou uma gargalhada com o comentário de Annie, pois meu pai fará isso mesmo. Tomou café da manhã com o neto e brincou muito no parque que criou para meu filho na área do jardim atrás do palácio, dizendo que ali é mais seguro. Só nos liberou Eliot quando estava próxima a hora da festa, deixando Annie e as babás com pouco tempo de aprontar o aniversariante.

- Você tem razão. – Saímos de nosso quarto caminhando para o parque que meu pai mandou fazer para o Pequeno Eliot, onde está acontecendo a festa de primeiro ano de meu filho. As primeiras pessoas que vemos são Hanna e Soren com seu filhinho de sete meses. A diferença entre meu filho e o de Soren e Hanna são apenas cinco meses. Esperamos que cresçam juntos e sejam amigos, assim como sempre fui de meu primo, deixando de lado a fase que meu primo queria impressionar Hanna com o trono da Dinamarca que é destinado a mim, mas essa fase passou graças a minha esposa, a luz da minha vida.

Apesar de estar completando só um aninho, meu filho é um garoto muito esperto, riu com brincadeiras que seu personagem de desenho favorito fez e não saiu de perto do ator que se fantasiou com o personagem. Mas com os palhaços chorou e foi para o colo da mãe, escondendo o rosto em seu peito. Só saindo dali quando não viu mais nenhum palhaço por perto. Meu filho nunca gosta de palhaços, talvez quando ficasse maior, confesso que também não gosto, parece que herdou isso de mim. Acabo sorrindo com essa constatação. No final da festa, depois que todos os convidados foram embora, ficando somente nossa família, meu Pequenino está quase adormecendo no colo da mamãe dele, ver meu filho nos braços de sua mãe é a minha visão preferida no mundo. Saber que meu filho está seguro, que sua mãe está segura e meu segundo filho a caminho seguro é o que mais quero e o que mais lutarei para conseguir.

- Annie está grávida novamente. – Solto no meio de todos, que viram em minha direção.

- O que você disse meu filho? – Meu pai pergunta, chegando mais perto de mim.

- Disse, que seu segundo neto ou primeira neta, está a caminho. – Todos comemoram conosco, somos abraçados por todos ao nosso redor. Meu Pequeno Príncipe que estava dormindo resmunga no colo da mãe, por ter sido despertado.

- Que seja uma princesinha para encantar ainda mais esse palácio. – Diz minha mãe com os olhos marejados.

- O importante é vir com saúde. – Diz meu pai e já sei o que está pensando, caso seja uma menina. Acabo rindo de meu pensamento.

- Pode ser gêmeos. – Desta vez é Tia Louise que chama a atenção para ela.

- Temos casos de gêmeos em nossa família, Annie, pode estar gerando um casal, dois meninos ou duas meninas. – Que Deus me ajude se forem duas meninas.

- Não fale isso Tia. Eliot já estava falando que o filho teria que proteger a irmã de todo "babaca" que aparecesse. – Annie diz fazendo aspas no ar na palavra babaca e todos acabam achando graça de meu desespero prematuro. 

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