FIM DE VERDADE

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FIM...DE VERDADE

15 anos e alguns meses depois...Eliot

- Soren, espero que seu filho fique longe da minha Princesinha essa noite. – Digo emburrado para meu primo, com relação a obsessão que o filho mais velho de Soren e Hanna, Mateo, tem pela minha filhinha Alice. Como previu Tia Louise, tivemos gêmeos na segunda gestação de Annie, um menino que demos o nome de Albert e a minha princesinha que demos o nome de Alice. Alice era a cópia perfeita da mãe e Albert parecido comigo, porém com os olhos da mãe.

- Primo. O que posso fazer se os dois se gostam desde que eram bem pequenos. – Diz Soren rindo e fazendo com que todos achem graça de meu desespero. Para minha infelicidade meus filhos e os de Soren estão sempre juntos. Soren teve mais um menino, além de Mateo seu primogênito, que colocou o nome de Sebastian, esse era o caçula de Soren e Hanna com apenas seis anos. Annie e eu estamos com quatro filhos, Eliot nosso primogênito com dezessete anos, os gêmeos Albert e Alice que estão completando hoje quinze anos e nosso pequeno Arthur com cinco anos. Amo meus filhos, minha esposa é a joia mais preciosa de meu reino, não sei como uma mulher que já meu deu quatro filhos, continua ainda mais linda que o dia que a vi pela primeira vez.

- Está babando primo. – Brinca Soren me chamando a minha realidade.

- Como se você não babasse por Hanna. – Soren olha para sua esposa grávida de cinco meses de seu terceiro filho.

- Sou louco por essa mulher. E grávida ela fica ainda mais linda. – Diz Soren sem tirar os olhos de Hanna.

- E eu por Annie. Espero que dessa vez, nasça uma menininha para meu Arthur. – Digo e Soren arregala os olhos.

- Nem pensar, será menino. Nem vem! Alice não pode namorar Mateo, mas se eu tiver uma menina será para Arthur? Não sonhe com isso primo. – Eliot cai na gargalhada.

- Essa decisão é somente deles, eu me casei com a mulher que amei no primeiro momento que a vi. Você casou com Hanna, a mulher que amou a vida toda. Deixemos que nossos filhos decidam e casem com quem amarem, assim como nós. – Digo segurando o braço de Soren.

- Nada de prometidos ou prometidas. Apesar, que como crescem juntos, creio que a tendência é termos casais entre nossos herdeiros Eliot. – Soren diz olhando, Mateo, estender a mão para Alice a convidando para dançar.

- Tenho que concordar com você meu primo. Minha filhinha, percebo, que será bem cuidada. – Digo vendo o cuidado que Mateo tem com Alice, ajudando-a a se equilibrar naquele objeto de tortura que é salto que ela escolheu para usar em sua festa de quinze anos. Olho para Annie, que também admira o cuidado de Mateo com Annie. Neste momento nossos olhos se cruzam e Annie sorri para mim, sinto meu peito transbordar de um amor, que nunca imaginei ser capaz de presenciar, quanto mais viver. A cada dia meu amor por esta mulher cresce, nem sei se isso é possível, mas a cada dia que passa amo mais minha esposa. Minha Princesinha Iluminada.

Annie

Depois que meu primeiro marido morreu, nunca em minha cabeça, imaginei estar sentada, na festa de quinze anos de meus filhos, gêmeos, acreditem tive um casal de filhos de uma única vez. Tenho quatro lindos filhos, sou casada com meu Príncipe, um homem que me surpreende todos os dias demonstrando seu amor por mim, em tudo que faz para mim. Amo meu esposo como nunca amei ninguém em minha vida. Você deve estar se perguntando sobre meu primeiro esposo falecido. Bem. Marcelo era mais meu companheiro, parceiro profissional, meu primeiro editor, meu professor, um incentivador em minha carreira, meu melhor amigo, mas só isso, quando me vi amando Eliot, percebi que o que sentia por Marcelo era mais amizade do que amor de verdade. Eu o amava sim, mas era um amor diferente, amor de amigo, irmão, parceiro. Eliot, é tudo isso que Marcelo foi, com a sensação de plenitude. Me sinto plena ao lado dele. Neste momento nossos olhos se cruzam e sinto borboletas voando em meu estômago, assim como senti a primeira vez que o vi. Sorrio para ele, que me sorri de volta. Somos um casal comum, temos algumas briguinhas bobas, principalmente por causa de ciúme, sou extremamente possessiva quando se trata de meu marido e filhos, mas Eliot não fica atrás, até acho que é mais possessivo que eu. Mas há algo entre nós que serve para aplacar todo esse ciúme. Confiança. Confiamos cegamente um no outro e acima de tudo confiamos em nosso amor.

Começamos como Príncipe e Princesa da Dinamarca, hoje somos Rei e Rainha. Meus sogros nos passaram suas coroas e hoje gostam só de curtir os netos e sobrinhos, filhos de Soren e Hanna e viajar com Tia Louise e Maria. Os quatro não se desgrudam e dizem que formam a Turminha da Terceira Idade mais moderna que existe, trata-se de uma piada interna, mas não consigo vê-los como membros da terceira idade, eles são tão ativos, quero estar assim quando chegar na idade deles.

- Meu reino por seus pensamentos. – Nem percebo Eliot se aproximar, sentar ao meu lado e me abraçar, me dando um beijo leve em meus lábios. Um beijo que me deixa sempre querendo mais.

- Eca, papai. – Diz Arthur meu filhinho caçula saindo de perto, nos fazendo rir de sua cara de nojo ao ver nosso beijo.

- Espero que ele pense assim daqui há alguns anos. – Digo rindo olhando meu filho pular no colo do avô que faz cócegas no corpinho de meu caçulinha.

- Ainda não respondeu minha pergunta. – Eliot fala bem próximo ao meu ouvido, causando arrepio em todo meu corpo até chegar entre minhas pernas.

- Qual foi a pergunta mesmo? – Pergunto enquanto ele sopra meu pescoço continuando com sua tortura.

- Ofereci meu reino por seus pensamentos. – Ao dizer ele morde o lóbulo de minha orelha, vai ficar difícil aguentar até o final da festa de nossos gêmeos.

- Seu reino já é meu. Sou sua Rainha. Esqueceu? – Digo rindo, e quase suspiro alto quando ele, por baixo da mesa toca a parte mais íntima de meu corpo por cima da seda de meu vestido longo.

- Eliot. Pare com isso, alguém pode ver. – Peço me mexendo na cadeira, esfregando minhas pernas para conter a excitação.

- Ninguém está prestando atenção em nós dois. Se você não falar, não vou parar. – Sei que ele é bem capaz disso, então desisto e digo.

- No que mais eu penso meu amor? Você e nossos filhos ocupam toda minha mente. Estava apenas agradecendo a Deus por ter me dado você e nossos lindos filhos. Sou tão feliz, que as vezes acho que estou sonhando e a qualquer momento acordarei em minha casa em Malibu. Sentarei em meu computador e você será apenas um personagem de um de meus livros. – Digo enquanto, Eliot segura minha mão, a leva a seus lábios e a beija com ternura.

- Então, sou o Príncipe de Faz de Conta? – Eliot pergunta sorrindo para mim.

- Meu Príncipe, meu Rei, meu amor de Um Faz de Conta de Verdade, na realidade, do meu Conto de Fadas de Verdade. – Digo enquanto Eliot me puxa para mais perto dele.

- Sim, meu amor, minha Princesinha Iluminada, minha Rainha. Nosso Faz de Conta de Verdade. – Ele diz e me puxa para um beijo que me tira o fôlego. Não me vejo em outro lugar, a não ser ao lado do homem que é meu mundo e que amarei para todo o sempre.

FIM

Um Faz de Conta de VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora