Esse camponês se casou

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Perguntinha no final do capitulo, por favor, respondam!

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Sentado no divã, Ciel observava o rei demônio colocar um roupão escuro, as extremidades decoradas com padrões dourados, formando um arranjo bonito de um dragão emergindo das nuvens. Com muita calma, o rei demônio fazia um nó no cinto do roupão, fechando-o firmemente.

Ciel suspirou aliviado, agora esse homem havia recuperado sua elegância e compostura. "Percebi que meu rei consegue virar-se muito bem, sem a necessidade de um servo pessoal para vesti-lo."

O rei demônio olhou-o de um jeito sombrio, mas não disse nada.

Ciel resolveu deixar isso de lado e mudar de assunto, pronunciando o nome dele para averiguar o que já estava confirmado. "Sebastian."

O rei demônio sentou-se ao lado no divã e assentiu. "Hm."

"Então é isso." Com um sorriso amargo, Ciel permaneceu calado, sentindo-se ainda infeliz e inconformado por ter esquecido algo tão importante.

"Por que você não me chamou?" O rei demônio finalmente perguntou. Desde que viu esse garoto jogado no chão, imundo e machucado, tão fedido que moscas pareciam sobrevoar sobre ele, e ao lado do cadáver do que um dia foi sua noiva, ele não pôde deixar de se sentir surpreso, se perguntando o que havia acontecido em sua ausência para encontrá-lo assim.

Resolvendo levá-lo ao submundo para cuidar de seus ferimentos, o rei demônio descobriu depois de uma investigação rápida, o porquê do garoto se encontrar em um estado tão miserável. Isso quase provocou outro desvio de qi neste rei demônio por pensar que esse garoto o detestava tanto, ao ponto de preferir que seus familiares fossem mortos a ter que chamá-lo.

Ouvindo isso, um estalo surgiu na mente de Ciel. A pedra chocou-se contra o vidro e lançou estilhaços em todas as direções. "Seu... Seu... Como meu senhor pôde revelar algo tão importante quando eu ainda estava debilitado?! Eu estava dopado de remédios e não estava em mim. Meu senhor nunca pensou que seria bem provável que eu não lembraria de algumas coisas depois de me recuperar?"

"Não se lembraria?" As sobrancelhas do rei demônio arquearam.

"Não me lembraria. Do contrário, por que eu não chamaria meu senhor?" Ciel confirmou.

"..."

"........."

"Mas você parecia bastante lúcido." O rei demônio parecia não acreditar.

"Lúcido? Meu senhor, com todo o respeito, por acaso você tem demência? Como eu poderia estar normal, se eu até tomei a iniciativa de beijá-lo? Isso por si só já seria o suficiente para plantar a semente da desconfiança em meu senhor."

"...Entendo." Algo pareceu apagar-se nos olhos do rei demônio, seu semblante ficando inexpressivo e sereno, sua mente dispersa. "Este venerável lhe contará algo."

Ciel ficou atento e aguardou sua explicação. O rei demônio então continuou:

"A existência deste venerável surgiu a partir das necessidades deste mundo; meu lugar é este e eu possuo inúmeros deveres e responsabilidades aqui. Eu não pretendia voltar ao reino mortal, pois o tempo que passei lá foi um lapso de irresponsabilidade que não deveria ter acontecido. Mas..."

O rei demônio suspirou e olhou para Ciel. "Este rei já existe há muito tempo, tanto que já nem lembro mais. Eu também me sinto cansado e sobrecarregado às vezes, por isso acho que também tenho o direito de desfrutar do que vocês chamam de 'diversão'." Ele deu um sorriso seco. "E, quando eu vi você naquela noite, pela primeira vez eu senti vontade de voltar ao mundo mortal e me divertir um pouco."

This demon king is bored!Onde histórias criam vida. Descubra agora