Esse camponês quer ir junto

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Hellow, hellow meu povo e minha pova, voltei com mais um cap!
Dessa vez eu estou postando pelo cap, estão se a postagem tiver meio bugada, eu irei editar assim que postar!
Beijos e boa leitura!!!!!!
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'De boas intenções o inferno está cheio.'


"O que meu rei está fazendo?" Era a primeira vez que Ciel via o inútil rei demônio fazendo alguma coisa por vontade própria.

O rei demônio não respondeu. Com uma expressão solene, ele mostrou a bandeja.

Ciel olhou para as pedrinhas pretas e disformes postas em fileiras. Então eram essas bolotas de carvão que fediam a queimado. "O que é isso?"

O rei demônio, "Bolinhos de trigo."

"..." Ciel não sabia se ria ou chorava. Se o rei demônio não tivesse dito que isso era 'bolinho de trigo', Ciel tiraria suas próprias conclusões e pensaria que esse rei pegou no chiqueiro as bolotas de cocô dos porcos e assou.

"Eu também fiz chá." Alegremente, o rei demônio pegou uma panela com um monte de folhas mergulhadas na água quente, parecia que ele tinha pegado todas as ervas que viu pela frente e jogou na água para ferver. Aquilo tinha uma cor muito suspeita, um verde escuro puxado para o marrom, e o cheiro também não era bom.

"..." Ciel realmente não sabia o que fazer sobre isso. Esse homem tinha uma capacidade impressionante de surpreendê-lo, todo dia inventando alguma coisa estranha para fazer, agora, aparentemente, ele se especializou em fazer venenos. Por acaso, esse rei... era mesmo louco? "O que deu em vossa alteza para ser tão ativo hoje?"

"Este rei estava entediado." O rei demônio disse muito casualmente, desviando o olhar para algum ponto inespecífico nas paredes antigas da cozinha. Ele ofereceu a bandeja. "Coma isso."

"..." Ciel queria acreditar fervorosamente que tinha ouvido errado, por isso ele fingiu não ter entendido, colocando uma expressão confusa em seu rosto.

Porém, o rei demônio repetiu, e, dessa vez, compassadamente para não haver mal entendidos. "Coma. Isso."

Esse rei maluco só podia estar brincando! Por acaso, não morreria se comece esses pedaços de carvão ou tomasse um gole desse veneno maturado? "...Eu não acordei com apetite esta manhã, vossa alteza."

O rei demônio calmamente se sentou em um dos banquinhos, pegou um pires para colocar alguns bolinhos em cima e serviu uma xícara de chá. Ele empurrou a xícara e o pires para Ciel. "Eu não gosto de ter que repetir pela terceira vez uma ordem. Aliás, acho que eu nunca tive que fazer isso. Não será essa a primeira vez, certo?"

Ciel engoliu em seco lembrando das consequências de desobedecer a esse rei mandão, por isso ele logo se sentou em frente à pequena mesa da cozinha e pegou uma das bolinhas pretas. Após longos minutos de hesitação e sob o olhar firme do outro, ele colocou o bolinho na boca. Gradativamente a face de Ciel foi escurecendo, ele não sabia dizer se esse pedaço de carvão era duro ou crocante, amargo ou salgado. Aquilo desceu igual chumbo por sua garganta.

"Qual a quantidade de sal que vossa alteza colocou nisso?"

"Apenas algumas colheres." O rei demônio pensou seriamente, parecendo indeciso. "Acho que foram cinco. Ou foram seis?..."

"..." Ciel queria chorar diante da crueldade desse homem, sua boca estava ardida e dormente, parecendo que comeu uma colher pura de sal queimado. Para tirar o gosto horrivelmente amargo e salubre da boca, ele tomou um gole do chá. Aquele líquido tinha um gosto indescritível, fazendo-o usar toda a sua força de vontade para não o cuspir de volta na pobre xícara.

Ciel precisou de alguns segundos para se recuperar após apenas um único gole. "...Meu rei, o que tem nesse chá?"

O rei demônio sorriu genuinamente. "Havia muitas ervas nos potes no armário, então pensei que o gosto ficaria melhor se misturasse todas elas."

Os potes de ervas medicinais de sua mãe.

Ciel puxou a panela de chá e olhou dentro. Havia erva para dor nos rins, infecção urinária, dor de barriga, ataque de vermes, remédio para mulheres... até casca de laranja seca tinha ali. Esse rei demônio, por acaso, queria matá-lo envenenado? Será que ele, em algum momento de sua existência, bateu forte com a cabeça e ficou com algum déficit de inteligência? Não era normal alguém ser tão sem noção assim.

Dessa vez, Ciel via seu lugar no podium dos desastres gastronômicos ameaçado: ele finalmente encontrou um adversário à sua altura no quesito habilidades culinárias! Não. Definitivamente esse rei era muito pior. Essa porcaria que ele fez nem poderia ser descrita como alimento.

O rei demônio, que parecia um pouco nervoso, não conseguiu mais se segurar. "Como está?"

Olhando para aqueles olhos caramelados e ansiosos, Ciel quase podia enxergar uma sincera boa vontade ali, o que fez com que no fundo de seu coração surgisse um pouco de pena de acabar com as expectativas desse homem. Ele contornou o assunto. "Meu rei já fez o desjejum?"

Rei demônio, "Ainda não."

"Então meu rei deveria me acompanhar também." Usando da esperteza, Ciel queria fazer com o rei demônio tirasse suas próprias conclusões sobre essa porcaria que ele preparou, assim, não contaria como se ele tivesse acabado com as ilusões do outro.

"Certo." O rei demônio alegremente se serviu. Assim que ele comeu o primeiro bolinho, seu semblante murchou instantaneamente. Ele olhou seriamente para Ciel. "Não coma isso."

Ciel teve vontade de rir. Então uma cobra era realmente capaz de ser afetada pelo seu próprio veneno. "Certo, é melhor eu dar um fim nisso e fazer algo para comer antes que meu pai acorde. Se ele vê todo esse desperdício, irá reclamar. Meu rei, não tente fazer algo assim de novo, é minha tarefa fazer as refeições, então meu rei não precisa se preocupar."

Enquanto jogava fora os bolinhos de trigo, Ciel não viu, mas havia um sorriso gentil no rosto do rei demônio. "Tudo bem."

***

O telhado do chiqueiro dos porcos havia desabado durante a tempestade daquela madrugada. Vincent, Ciel e o rei demônio estavam tentando concertá-lo juntos.

"Jovem mestre, essa fileira de palha está errada." Vincent tirou a água do rosto; a chuva ainda estava forte, suas gotas grossas e geladas, fazendo com os lábios de Vincent adquirissem um tom quase roxo. Ele já estava ficando impaciente. "Acho melhor o jovem mestre esperar em casa. Eu e Ciel damos conta do serviço."

Ciel sufocou a vontade de rir. Já era a sétima vez que seu pai chamava a atenção do rei demônio, que mais atrapalhava do que ajudava com sua falta de jeito para serviços do campo. Quando estava prestes a falar algo, alguém gritou da frente de casa.

This demon king is bored!Onde histórias criam vida. Descubra agora