Esse camponês pede socorro

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Hellow, tudo pom?! Xegando com mais um capitulo quentinho pro cês!

Lembrando novamente meus agradecimentos a ImpureMIchaelis que beta os caps para mim, miga, você é maravigold S3

Bom, boa leitura!!!

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(Esse capítulo pode conter cenas fortes de violência)

"FOGO! FOGO!"

"CORRAM! SAIAM DA FRENTE! CORRAM!"

Era um verdadeiro pandemônio.

Ciel olhou para todos os lados, seus olhos ficaram atordoados e descrentes com o cenário horrendo a sua frente: o fogo rapidamente tomava conta de tudo, transformando as ruas em verdadeiros mares infernais; as pessoas gritavam, choravam e fugiam, várias delas sendo abatidas pela chuva de flechas sem chance alguma de se defender ou consumidas vivas pelas chamas vorazes. O pacífico centro de PuShi se transformou em um caos absoluto, banhado pelo sangue de seus próprios habitantes. A mente de Ciel ficou em branco, seu corpo começou a tremer violentamente diante da visão de tamanha calamidade.

Incapaz de reagir, todo sangue de Ciel subiu para a cabeça, paralisando-o de cima a baixo de modo que os seus membros pareceram perder toda a sensibilidade. O medo espalhava-se por suas veias como o mais cruel dos venenos, rapidamente alastrando-se através de sua corrente sanguínea e tomando conta de todo o seu ser; um suor frio umedecia suas costas, esfriando de sua pele até seu âmago — o pavor estava enraizando-se até os ossos. Ele estava em choque e não sabia o que fazer além de tremer, tremer e tremer. Casas pegavam fogo, pessoas caíam no chão com flechas atravessando seus corpos, sendo pisoteadas pela multidão que tentava fugir para um local seguro, ou corriam desesperadas tentando apagar o fogo quase demoníaco que lhes queimava o corpo.

"VOCÊ QUER MORRER, CARALHO?!" Vincent finalmente conseguiu arrastar Ciel do lugar, jogando pessoas para o lado ou socando as que não queriam sair de sua frente. "SEGURE NO MEU BRAÇO E NÃO SOLTE. NÃO TIRE OS OLHOS DE CIMA, PRESTE ATENÇÃO ÀS FLECHAS. VOU TENTAR ACHAR UM LUGAR SEGURO PARA NÓS."

"NÃO! NÓS TEMOS QUE VOLTAR PARA O SALÃO!" Atordoado, Ciel tentou puxar seu pai de volta para a coberta do salão.

"VOCÊ ESTÁ LOUCO? NÃO VÊ QUE LOGO ISSO AQUI SE TORNARÁ UM INFERNO. NÓS TEMOS QUE SAIR DAQUI!" Vincent o arrastou com força dessa vez.

Sendo arrastado pelo braço igual a um boneco de pano, Ciel não conseguia raciocinar tão rápido quanto seu pai, que obstinadamente travessava a multidão enfurecida, ao mesmo tempo que procurava um abrigo e se protegia das flechas. Ciel não herdou esse espírito destemido e obstinado: infelizmente, era um covarde que não conseguia nem mesmo lutar pela sua própria vida. Ele estava apavorado, seu coração batia muito rápido e sua respiração estava ofegante, o pânico aos poucos ia drenando todas as suas forças.

Por medo de ser deixado para trás e se perder nesse mar de pessoas enlouquecidas, Ciel agarrou fortemente a camisa de seu pai, sendo obrigado a pisotear algumas pessoas pelo caminho. Era cruel e desumano: havia pessoas agonizando abaixo de seus pés, implorando por ajuda, mas não havia tempo para se importar com isso, caso contrário, a pessoa a ser pisoteada seria ele. Tudo acontecia muito rápido e não havia tempo a perder; então, se esforçando a sair do estado de choque, Ciel manteve seus olhos na chuva de flecha para impedir que alguma delas o atingisse ou atingisse seu pai — era o mínimo que podia fazer para ajudá-lo.

O frio do inverno era cruelmente aplacado pelo calor das casas em chamas; o som crepitante dos telhados consumidos pelo fogo era medonho e jamais seria esquecido. A noite em PuShi foi ofuscada pelo clarão abrasador e incandescente, enquanto o lamento dos inocentes subia aos céus. A gritaria era ensurdecedora.

This demon king is bored!Onde histórias criam vida. Descubra agora