Capítulo 6

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{Samuel}

Eu sei que o Evan podia ficar muito bem sozinho em casa, mas não sentia-me confortável em o deixar sozinho e como eu tinha que ir trabalhar eu resolvi leva-lo comigo.

Quando chegamos na empresa eu deixei o Evan no meu escritório e depois fui para a reunião para a qual já estava atrasado.

Quando a reunião acabou eu voltei para o meu escritório, mas como não vi o Evan eu deixei a minha mala ao pé da minha mesa e depois voltei a sair do escritório.

- Viste o Evan? – perguntei à Amélia.

- Não, ele não está no seu escritório? – perguntou-me a Amélia.

- Se ele estivesse no meu escritório eu não estaria a perguntar por ele. – respondi-lhe sem paciência.

- Desculpe senhor, eu estive sempre aqui e não o vi. Quer dizer... – disse-me a Amélia, mas depois calou-se.

- Continua. – disse-lhe.

- B-bem, ouve uma altura em que eu ausentei-me para ir tirar umas fotocópias, só se ele aproveitou essa altura para sair do seu escritório. – disse-me a Amélia com um pouco de medo talvez por achar que eu a fosse despedir.

Eu até podia fazer isso já que lhe pedi para ficar de olho no Evan, mas a Amélia é uma boa secretária e ela só estava a fazer o seu trabalho.

- Eu vou à procura dele, se ele entretanto aparecer liga para o meu telemóvel. – disse-lhe e depois fui andando na direção do elevador.

- Ok senhor. – ouvi a Amélia responder.

Eu procurei o Evan por vários andares, mas não o encontrei e até cheguei a pensar que ele tivesse saído da empresa.

Eu já estava a ficar desesperado por não encontrar o Evan até que finalmente o encontrei num corredor que estava deserto.

O meu sangue ferveu quando o Evan encostado à parede a chorar claramente com medo enquanto o Estevan (um homem que trabalha na empresa) o assediava descaradamente.

Eu respirei fundo e tratei da situação de forma calma, afinal o Evan já estava demasiado assustado e eu não o queria assustar mais.

Eu nem quero imaginar o que aquele tipo teria feito ao Evan caso eu não aparecesse.

Apesar de que o idiota do Estevan tentou fazer eu gostei de o ouvir referir-se ao Evan como Meu.

Pelo menos graças ao Estevan eu tive o Evan nos meus braços e parece que agora ele confia em mim.

Por mais que eu deteste admitir eu adorei ter o Evan no meu colo e ouvi-lo ronronar enquanto eu fazia carinhos nas suas orelhas.

Acho que o seu ronronar é o meu novo som preferido.

Por mais que eu estive bem com o Evan no meu colo eu tinha mais uma reunião para ir antes de almoço.

Quando a reunião chata acabou eu e o Fabrício fomos para o seu escritório, porque ele tinha uns papéis para eu assinar.

- Se já não precisas de mais nada eu vou andando. – disse-lhe lentando-me da cadeira quando acabei de assinar os papéis.

- Porque a pressa? – perguntou-me o Fabrício.

- Eu não estou com pressa, mas tenho umas coisas para fazer. – disse-lhe.

- Tu sabes que não vais sair daqui até contares-me o que estás a esconder, não é? – perguntou-me o Fabrício.

- Tudo bem. – suspirei.

Eu sei que o Fabrício não vai parar de chatear-me se eu não lhe contar.

Depois eu comecei a contar ao Fabrício sobre o presente que o Nico deu-me.

- Eu quero conhece-lo. – disse-me o Fabrício quando eu acabei de lhe contar tudo.

Eu não disse nada ao Fabrício para o demover da ideia de conhecer o Evan, afinal eu sabia que não valia a pena.

Então eu e o Fabrício saímos da sua sala e fomos até há minha já que o meu escritório e o do Fabrício são no mesmo andar.

{Evan}

Eu estava sentado na cadeira do Samuel a jogar computador quando a porta do escritório se abriu abruptamente o que fez-me dar um salto.

Quando recuperei-me do susto eu olhei na direção da porta e vi um homem que parecia ter a mesma idade do Samuel.

O homem até era bem bonito.

- Que gracinha. – disse o homem enquanto vinha na minha direção.

- Não te atrevas a tocar-lhe senão eu juro que te corto o braço. – ouvi o Samuel dizer entrando no escritório antes que o homem tocasse-me.

- Que mau humor. Não te preocupes, eu não te roubo o teu lindo gatinho. – disse o homem ao Samuel.

Eu senti o meu rosto esquentar por causa aquele homem dizer que eu era lindo.

Bem, com este homem já há dois homens que disseram que eu sou do Samuel e não sei porque, mas eu gostei de ouvir que eu sou dele.

O Samuel suspirou e veio andando na minha direção.

Quando o Samuel chegou ao pé de mim eu levantei-me da sua cadeira.

O Samuel sentou-se na sua cadeira e depois ele puxou-me para o seu colo.

Eu não reclamei e aconcheguei-me melhor no seu colo.

Quando olhei para o homem desconhecido eu vi que ele parecia surpreso por eu estar no colo do Samuel.

- Aquele idiota é o Fabrício, ele só diz disparates por isso ignora-o. – disse-me o Samuel.

- Não denigras a minha imagem. Sempre vamos almoçar? Claro que essa gracinha pode vir connosco. – disse o Fabrício ao Samuel.

- Por mim tudo bem. Eu vou ligar para a Amélia para fazer a reserva da mesa no restaurante do costume. – disse-lhe o Samuel.

Depois ele esticou-se um pouco e pegou no seu telefone que estava em cima da mesa e ligou para a sua secretária.

O Doce Híbrido que Mudou a Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora