A Convenção - Parte II

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Marina POV's

Ficámos imenso tempo a conversar, quem diria que duas pessoas de lados opstos do mundo teriam tantas coisas em comum. Ambos gostamos das mesmas series, dos mesmos super herois... 

-Sabes uma coisa? Isto é estranho - digo.

-Estranho porquê?

-Porque não nos conhecemos de lado nenhum e do nada começamos a falar, estamos aqui à quase um hora e o dono do restaurante não deixa de olhar para nós.

-Isso é porque eu sou muito atraente e ele deve estar a pensar se me deve vir pedir o número ou não.

-Não és nada convencido, pois não? Eles poderia estar a olhar para mim, a ver se a minha honra precisa de ser salva.

-Mas eu ainda não te fiz nada!

-Ainda dizes bem.

Começámos a rir. Parecia que eramos dois velhos amigos que já não se viam à muito tempo. Acho que nem com as minha amigas mais chegadas tivera uma conversa tão duradoura.

-Anda, vamos dar uma volta - disse ele levantando-se e estendendo-me a mão.

-Agora já não tens medo de ser reconhecido? - disse levantando-me também.

-Se o homem do restaurante não me reconheceu, mais ninguem me reconhece, a não ser que comece a cantar.

-Yah, porque numa convenção iriam ter uma guitarra à disposição para as pessoas tocarem.

-Nunca se sabe....

Michael's POV

Não acredito que tinha acabado de dizer aquilo, pareço um adolescente a tentar conquistar uma rapariga. Eu sou um jovem adulto, por amor de Deus. Mas há algo nesta rapariga que meche comigo e eu não sei o que é.

Por minha insistencia, fomos para a parte dos jogos, onde havia várias barracas para se ganhar prémios.

-Vamos jogar este, já o joguei em Australia e é bastante fácil. Só temos que derrubar a Armada Imperial e se conseguirmos derrubar todos os soldados, eles deixa-nos escolher qualquer boneco das barracas.

-Parece ser fácil. Começa tu.

Isto vais ser canja, pensei. Mas não o foi, apenas consegui derrubar dois soldados, o que me deu direito a um mini Luke Skywalker.

-Muito bem agora é a minha vez.

No final do jogo, apenas lhe restou um soldado, por isso deixaram-na escolheu um boneco qualquer, que acabou por ser um peluche do Homem Aranha que eu queria.

-Tu alguma vez tinhas jogado? - perguntei-lhe admirado.

-Sim, na minha cidade, Viseu, temos todos os anos uma feira e há lá todo o tipo de jogos.

-Mas tu disseste que nunca tinhas jogado!

-Eu não disse, tu é que suposeste.

Ela riu-se e começou a andar. Eu devo ter ficado muito tempo embasbacado a olhar para ela, porque quando ela se virou para me olhar, corou e segui em frente.

Separados por meio mundo - M.C.Onde histórias criam vida. Descubra agora