Capítulo oito

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Amana estava nas nuvens, literalmente, tinha um céu estrelado logo acima. Ela sorri com tanta beleza, no lugar de suas roupas, ela usava uma espécie de vestido decorado com penas e sementes. Ela achou que a peça combinava com seu colar, que era feito de sementes.

— Amana — uma voz como a de um trovão, ecoa a fazendo sentir um frio na espinha.

— Quem está aí?

— Não seja assim, ela vai se assustar — uma voz feminina ecoa.

Uma mulher surge caminhando na direção de Amana, ela era exatamente linda, possuía luas em sua pele e trajes e os cabelos platinados com um brilho que lhe lembrava o brilho da lua. Logo atrás dela surge um homem, ele tinha a aparência indígena, seus fios eram longos e pretos e ele tinha o porte de um guerreiro.

— Você se tornou tão linda — a mulher se aproxima — Deve está se perguntando quem somos nós.

— Estou com medo de dizer, mas vocês parecem ser Tupã e Jaci.

— E mais importante, somos seus pais — a deusa sorri.

— Eu sou filha de dois deuses indígenas? — ela os olha sem entender.

— Você simboliza o nosso amor, Amana. Você é a junção de nós dois, você é a lua e o trovão.

— Então por isso aquelas plantas...

— Você é minha filha, é normal que proteja as plantas.

— Amana, esse colar foi um presente nosso — ele aponta para o colar no pescoço da jovem — Colocamos seu nome, o nome que Jaci escolheu.

— O nome perfeito para a minha forte menina.

— Água que vem do céu... Eu sou a chuva que vem após os raios e os trovões.

— Agora entende? A chuva cuida da terra assim como Jaci cuida das plantas, a tornando fértil. Já o trovão prediz a chuva, o nome perfeito para você seria Amana.

— Mas vocês são muito mais que o trovão e a lua.

— Sim, mas eles nos simbolizam para muitos, assim como a chuva te representa mesmo você não sendo apenas isto — diz Tupã.

— Como eu cheguei até aqui?

— É um sonho, eu te trouxe até aqui — o sorriso de Jaci era tão lindo, ela transmitia uma tranquilidade incrível.

— Por qual motivo me deram para os meus pais?

— Não tínhamos como ficar juntos, muito menos te manter ao nosso lado.

— Achamos melhor você ter a oportunidade de viver uma vida mortal. Ter a oportunidade de se apaixonar, ter amigos e fazer coisas comuns, até mesmo viver um grande amor — completa Jaci.

— Vocês são bons pais, pensaram na minha felicidade. Eu realmente não me imagino vivendo algo diferente do que eu vivo hoje.

— Agora que sabe sobre sua origem, deve tomar mais cuidado com o poder que carrega — diz sua mãe.

— Eu lhe dei grande poder, o poder digno de uma deusa. Espero que saiba como o usar.

— Agora que sei de tudo, vou usar meu poder com mais sensatez.

— E eu vou te ajudar nisso — Jaci toca a testa de Amana, um brilho sai da ponta dos dedos da deusa iluminando o símbolo da lua na testa da morena.

— Agora vá — Tupã segura na mão de Jaci — Foi bom reencontrar você — essa última parte parecia ter sido destinada a deusa que sorri.

Moon and thunder ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora