Moon and thunder ( Concluído )

Capítulo nove

— Como assim você é filha de dois deuses indígenas? — indaga Peter.

— Meu pai é Tupã, deus do trovão e Jaci, deusa lua.

— Eu sou o deus do trovão — diz Thor.

— Não é o único, ele é o deus indígena do trovão, indígena.

— Por isso você fez aquilo com a planta — diz Natasha.

— Sim, Jaci é protetora das plantas. Ser filha de Jaci explica a lua que surge na minha pele e até o brilho. Eu preciso saber mais sobre os meus poderes, assim poderei usar todo seu potencial.

— E como pretende fazer isso? — indaga Steve.

— Agora que sei de minha origem, fica muito mais fácil saber que tipo de poder eu posso ter. Lógico, Tupã me abençoou com grande poder, então pode sim ter algo que eu descubra só com a prática.

— Eu nunca imaginaria isso — diz Stark — Mas faz todo o sentido, uma brasileira ser filha de deuses da cultura brasileira.

— Esse colar foi presente deles, minha mãe escolheu o nome Amana.

— Um nome indígena, tudo realmente faz muito sentido — constata Clint.

— Agora que sei mais sobre mim mesma, vou conseguir ajudar mais.

— Ual, então você é uma deusa? Mesmo que seja uma deusa menor, ainda é uma deusa, é filha de dois deuses — diz Peter.

— Faz sentido, mas eles escolheram que eu vivesse como uma humana e não como deusa. Queriam que eu tivesse uma vida normal, que tivesse a oportunidade de me apaixonar sem as complicações dos deuses.

...

— Então a fenda está ficando cada vez mais instável? — indaga a ruiva.

— Até o momento somente Peter passou por ela, mas ainda existe a chance dessa fenda trazer grandes problemas para todos.

— Ela está cada vez maior — Natasha olha as imagens no monitor.

— Os Vingadores precisam ir até lá. Os meus agentes estão monitorando toda a movimentação no perímetro, mas se as coisas saírem do controle.

— Estaremos lá para salvar a cidade.

— A única coisa que peço, não se aproximem da fenda, existe a possibilidade dela os sugar.

— Fendas são coisas complicadas, podem nos levar a qualquer lugar ou nos prender. Me certificarei para que isso não ocorra.

— A velocidade do Peter vai ser muito útil nessa situação, mas sabemos que nem ele  pode escapar se  for pego de surpresa ou estiver perto demais.

...

— Peterzinho — diz Amana — Até quando iria me esconder isso?

— Esconder o quê? — ele estava deitado na cama lendo uma revistinha dos anos oitenta.

— Vai se fazer de desentendido.

— Eu estou mesmo sem entender — ele se senta e deixa a revista de lado — Pode me explicar, Amana?

— Aqui — ela lhe entrega um papel.

— Aonde você achou minha identidade?

—  Nas suas roupas espalhafatosas? Peguei hoje na shield, Peter Maximoff. Da próxima não ande com sua identificação.

— Só não conta para os outros, não quero mais confusão.

— Você seria o Pietro de outra realidade, né?

— Sim, mas ninguém precisa saber disso. Sou apenas Peter ou Mercúrio.

— Vou ficar calada, não quero despertar nada na Wanda. Sua presença já a fez retomar as lembranças da morte do irmão.

— Obrigada — ele guarda o documento dentro de um livro — Só espero que a Shield não resolva explanar essa informação.

— Vou conversar com a Natasha, mas sem dizer tudo, é claro.

— Agora que tal me da um beijo?

— Vou pensar no seu caso, Peterzinho.