Moon and thunder ( Concluído )

Prólogo

Amana viveu sua vida toda no Brasil, mas especificamente em Corumbá, município no Mato grosso do sul. A jovem sempre chamou atenção por sua beleza, desde pequena atraía o olhar admirado de mães que sempre a elogiavam para seus pais. Amana González, foi adotada ainda bebê, por um casal de paraguaios, eles a encontraram enrolada numa linda manta que lembrava o céu a noite.

Após dois anos de luta, finalmente conseguiram sua guarda definitiva, enfim a menina possuía o sobrenome dos pais que tanto a amavam. Quando fez dezesseis anos, a morena foi estudar nos Estados unidos, voltou aos vinte e quatro, após ter terminado a faculdade de design gráfico.

Agora Amana estava viajando para Nova York, após passar quase três anos trabalhando no Brasil. Seus pais tinham falecido quando ela tinha apenas quinze anos, foi quando resolveu estudar fora no ano seguinte, sua tutora concordou que seria o melhor para uma menina tão jovem que estava sofrendo demais.

Amana olha pela janela do avião, o céu a noite era lindo, mas dali de dentro lhe parecia um tanto amedrontador. A morena escuta um grande estrondo, aparentemente um raio tinha atingido uma das turbinas. Ela estava extremamente amedrontada, tinha algo muito estranho acontecendo ali. Mais um estrondo, a aeromoça começa a orientar a todos, mas já era tarde demais.

...

— Ela foi a única sobrevivente — diz a mulher — A trouxemos porque seu corpo ganhou um brilho prateado assim que entrou em contato com a luz da lua.

— Encontram alguma resposta? — indaga o homem negro.

— Ainda não, mas o DNA dela apesar de semelhante ao humano, parece ter sofrido alguma mutação.

— Existem chances dela ter nascido assim?

— Sim, mas ela precisa acordar para fazermos mais testes.

— Façam de tudo para a manter viva, acredito que exista algo maior por trás disso.

— Sim senhor.

...

Amana só conseguia ver raios e trovões, em seus sonhos um homem de pele naturalmente bronzeada e cabelos lisos e escuros, era tudo tão intrigante. Ao mesmo tempo que tinha medo, sentia como se aquele sentimento não fizesse sentido, que ela deveria se sentir segura.

Ela não conseguia entender o que estava acontecendo. Pensava que poderia está morta, só achava estranho a morte ser tão tenebrosa e vaga. Parecia está presa num sonho, talvez um pesadelo. Ela só queria acordar, pareciam minutos intermináveis, como se estivesse sendo torturada.

...

— Já se passaram três meses, não sei se ela vai despertar.

— Amana parece muito forte, talvez só precise de um motivo para despertar.

— E qual seria esse motivo?

— Não sei — diz o negro — Mas vou descobrir.

A mulher volta a examinar Amana, ela nota manches prateadas em sua pele, elas se assemelhavam a um iluminador. Ela toca uma das mãos da morena, mas logo a solta, uma onda de energia muito forte parecia passar pelo corpo da jovem. Desde aquele acidente, parecia que Amana emanava algum tipo de poder, como se algo tivesse despertado nela.

Ainda era difícil saber o que a jovem era, se tinha algum tipo de mutação, ou se ganhou seus poderes de alguma outra forma. Só se sabia que ela não era como as demais pessoas, que mesmo com todos morrendo, ela permaneceu intacta, apenas num estado de sono profundo e sem um arranhão sequer.