epílogo

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Fugir

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Fugir..... Eu me livrei das culpas, das noites mal dormidas mas meu coração se recusou a me seguir e traiu tudo que julguei ser certo é racional

Agora incompleta , ferida sem rumo ando pelas ruas cobertas pela escura noite

Não vou aceitar seus vontades pensarei em meu filho
Que trago em meu ventre

Ruggero não me merece e não merece minhas lágrimas

Ele não me ama !

Nunca amou e eu sabia disso quando aceitei aquele acordo achei que ele poderia mudar e me amar mas tudo não passou pra ele de um acordo para não perder seu patrimônio

Mas você sabia disso quando aceitou aquele acordo ! Minha consciência berra comigo enquanto me lastimável e sentia meu coração dilacerado no peito

Agora é tarde seguirei com minha vida e meu bebê

ENCARO Carolina NAMINHAFRENTE, ESPERANDO SUARESPOSTA, mas ela nunca vem

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ENCARO Carolina NAMINHAFRENTE, ESPERANDO SUARESPOSTA, mas ela nunca vem.
- Qual seu problema, Ruggero ? Acha que enganar uma mulher para ter um filho com ela é
uma coisa corriqueira? - ela está visivelmente furiosa comigo - Mesmo que eu soubesse, não lhe
falaria onde ela está, senhor pasquarelli.
- Lembre-se que ela é uma mulher grávida, devia se preocupar com sua amiga -
argumento inutilmente, pois seu olhar indignado me diz que não terei sucesso com ela.
- Deixa eu te falar uma coisa, senhor pasquarelli. Uma mulher grávida não quer dizer uma
mulher inválida - ela levanta e pega Isa dos meus braços. O bebê estica os braços para mim,
querendo voltar, mas sua mãe a segura firme - Karol é capaz de viver sem você, Ruggero ,
entenda isso e você não terá de se preocupar com ela. Acho melhor ir embora.
- Carolina , não estou apenas preocupado com Karol , mas com meu filho que ela levou de
mim - digo, descontente.
- Acho bem difícil, já que ela foi embora por sua causa - ela retruca, caminhando para a
porta - Passar bem, Ruggero !
Suspiro e sigo para a saída, parando quando chego ao lado dela.
- Quando tiver algo para me dizer, apenas me ligue - toco a bochecha de Isadora e saio,
não esperando uma resposta dela. Vejo o carro de Agustín se aproximando e paro ao lado do meu
carro. Ele freia o carro como se estivesse possesso, e quando desce batendo a porta com força, sei
que não me enganei.
- O que diabos você tem na cabeça, Ruggero ?! - ele grita, praticamente na minha cara -
Disse para não incomodar Carolina !
- Não a incomodei - abro a porta do meu carro, e antes de entrar o olho - Você, melhor
que ninguém, deveria entender como é importante para mim encontrar Karol . Deveria saber
como é sentir-se impotente, sem saber onde sua mulher está.
Ele ri, porém, é um sorriso amargo e sem graça.
- Não compare as coisas, Ruggero , você não ama Karol - ele diz, e sua voz está mais
branda - Você devia deixá-la ir, cara, fazer sua vida longe disso tudo. Está ficando paranoico, nunca vi você assim. Toda essa história está te afetando mais do que você admite, até para você
mesmo. - Como não digo nada, ele suspira, frustrado - Vá para casa e deixe Karol viver a
vida dela.
- Obrigado pelo conselho - entro no carro e dou partida no motor potente - Mas não
irei segui-lo, irei encontrar e trazê-la de volta. Eu vou morrer tentando.
Saio para o tráfego, e noto minhas mãos crispadas no volante, e meu queixo dói de tanto
apertá-lo. As palavras de Carolina calam no fundo da minha mente, tirando-me do eixo e estabilidade.
Karol não precisa de mim em sua vida.
Mas eu a quero de volta. Eu não posso viver sem ela aqui. Quando foi que deixei essa porra
acontecer?
Deus, eu acho que nunca na vida me foi negado algo, mas, pela primeira vez, não tenho
aquilo que quero e onde quero.
Na minha pressa de sair da casa de Agustín , esqueci de perguntar sobre o detetive e a reunião
que iam ter. Preciso de respostas, e cada minuto longe dela está fazendo o buraco em meu peito
cada vez maior. Nunca imaginei que ela fosse tão importante assim para mim. Eu sempre a tratei
com certa frieza, a mantendo a uma distância segura das minhas emoções, mas pelo visto não
adiantou muita coisa. Ela se infiltrou em minhas defesas.
Paro o carro, porque hoje o trânsito está meio caótico, e olho ao redor, fora da janela, para
os transeuntes que vêm e vão pela calçada. Ligo o som do carro para me distrair, e a voz de Elvis
Presley, suave e forte ao mesmo tempo, explode no silêncio do carro, cantando My Way. Ironia do
caralho essa música.
E agora, o fim está próximo, e então eu vejo o fim da linha.
Meu amigo, eu vou falar claro.
Vou expor meu caso do qual tenho certeza
(...)
Eu planejei cada gráfico do percurso
Cada passo cuidadoso ao longo do caminho
Oh, e mais, muito mais que isto
Eu fiz do meu jeito
Os carros começam uma marcha lenta, e os trechos da música parecem zombar de mim.
Bato a mão no rádio, desligando-o.
- Inferno!!
Impaciência me domina enquanto espero os carros voltarem a andar mais rápido. Minha cabeça dói. Volto a observar a rua, quando cabelos loiros chamam minha atenção. A mulher
está de boné e moletom folgado cinza, mas eu conheço aquele perfil. Ela caminha apressada na
calçada cheia de pessoas. Estou, sem perceber, manobrando o carro para sair do trânsito e segui-la,
mas tem carros dos meus lados e não posso sair do lugar. Volto a olhar na direção em que ela
estava indo, no entanto, ela sumiu. Aonde ela foi?
- Karol ?! - digo seu nome em desespero.
As buzinas dos carros agora estão tocando, querendo que eu coloque o carro em
movimento, porque agora que essa merda resolveu seguir. Xingando até a décima geração da minha
má sorte, procuro um lugar para estacionar e não acho. Abandono o carro em qualquer vaga que
encontro ao longo da calçada mais à frente e desço.
Eu preciso achá-la. Corro pelas ruas, procurando a silhueta cinza, mas nada vejo. Agarro
meu celular e ligo para o detetive idiota, enquanto ainda percorro a rua à sua procura. Ela sumiu.
Onde está você, Karol ?
- Senhor pasquarelli . - Ele atende imediatamente.
- Que porra de trabalho você anda fazendo? - esbravejo, e as pessoas ao meu redor me
olham. Ignorando-os, continuo: - Onde você está procurando karol? Porque acabei de vê-la
aqui, bem debaixo de nossos narizes.
Agora que percebo que estou perto da clínica onde ela se consulta. Algo clica em minha
mente quando começo a voltar para meu carro. Irei verificar se ela estava indo para lá.
- Senhor pasquarelli , estamos fazendo...
- Falo com você depois, e espero que tenha algo novo para mim.
Desligo e corro para meu carro. Ela veio para a consulta? Então, ela está na cidade? Não
saiu daqui?
Todos os tipos de pensamentos me passam quando corto as poucas ruas até chegar à clínica
obstetra. Mal paro e já estou correndo para a sala, que fica no terceiro andar do prédio. Passo
direto pela recepção que fica logo na entrada e sigo para a sala do médico dela. Meus olhos
esquadrinham tudo enquanto vou pelas escadas, não tenho paciência para esperar o elevador. Subo
os lances de escadas de dois em dois degraus. Estou parecendo um perseguidor louco.

Retiro o boné da cabeça quando entro no táxi, de volta para casa. Suspiro tremulamente
quando penso no risco que corri hoje. Vim para a consulta, pois queria saber se estava tudo bem
com o bebê, já que tive tantos momentos estressantes nessas últimas semanas que poderiam afetar
meu bambino. Sorrindo, acaricio minha barriga, que tem uma curva bem acentuada.

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Aí aí aí já começou fazendo Marta Ruggero?

Me digam se estão gostando é não esqueçam do seu voto beijoss

obsessão fatal ( Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora