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KAROL

Ela quer você lá às duas. E já são nove,
precisamos correr. Temos cabelos e maquiagem para fazer, e isso leva tempo.
— Querido, vamos levar karol para começar a se preparar — mamãe, junto com Julie e
Lunna, levanta.
Acompanho karol  para onde ela vai se preparar para o casamento. Ela esteve muito
calada, e eu ainda estou com medo dela, para falar a verdade.
— Você está bem, amor? — pergunto, prendendo-a entre meus braços — Está tão quieta.
Está nervosa com o casamento? Se desistir desse casamento, dou uma bela surra em seu traseiro.
— digo, em tom de brincadeira
— Filho, não ameace sua noiva grávida. — a voz de minha mãe vem da outra sala, fazendo
Karol rir.


— Você escutou sua mãe, seja um bom menino hoje — ela me beija, e eu gemo em sua boa.
— Estou sendo um santo, amor. — Tomo sua boca na minha outra vez. Amo sua boca
receptiva. Depois que corto o beijo, abaixo e dou um beijinho em sua barriga. — Se comporte,
filho. Cuide da mamãe para mim.
Ao som da minha voz, sua barriga mexe, me deixando fascinado como sempre, quando isso
acontece. Mas a careta de dor de Karol me tira do fascínio.
— Amor, o que você tem? — levanto e seguro seu rosto entre as mãos — Quer ir para o
hospital?
— Estou bem, apenas dói quando ele mexe — ela tem uma gota de suor na testa. Ela não
parece bem, mas minha menina é tão teimosa que não admite seu desconforto.
— Me chame se precisar de mim, querida — beijando sua testa, a faço entrar no quarto
onde as outras mulheres esperam por ela. Outras pessoas estão lá, deve ser o serviço de estética
que elas contrataram.
— Mamãe, não deixe karol  sozinha — digo, quando caminho para a porta.
— Ela não ficará, ogro — Lunna diz, fazendo uma careta para mim.
— Vá, filho, vamos ficar bem — minha mãe me empurra para a saída e fecha a porta. Eu
volto para junto de Luc e Agustín , que agora estão reunidos em uma mesa no foyer do hotel.
Quando me aproximo, os dois me encaram e dou um sorriso quando sento na cadeira
desocupada.
— Dia perfeito para um casamento — digo, rindo.
— Diz logo, Ruggero , o que andou fazendo. Ver essa sua cara sorridente depois de ontem
está me deixando ansioso, e eu nunca fico ansioso — Luc diz, carrancudo.
— Estou feliz! É meu casamento — digo apenas.

— Isso é lá motivo para riso? — ele continua. — Para quem tinha fobia, está muito
contente.
— As coisas mudam.
— O que você tem a ver com a súbita baixa das ações, Ruggero ? — Agustín  pergunta — Essa
felicidade sua nada tem a ver com o casamento.
— Então, vocês gostaram da minha brincadeira? — pergunto, inocente.
— Seu filho da puta! — Luc esbraveja, mas está rindo. — Merecemos isso.
— Isso não teve graça, Rugge — Agustín  diz.
— Pois é, ontem também não achei engraçado deixar minha mulher grávida chateada. —
cruzo os braços e encaro os dois — Aquilo foi totalmente ridículo.
— Ok, estamos empatados então — os dois admitem.
— Ótimo, seria estranho não ter meus dois padrinhos no casamento.
— Saiba que já estou sendo castigado, não merecia sua vingança — Agustín  parece derrotado
— Ficar sem sexo uma semana? Isso era suficiente.
— Coitado de você — rio e faço uma nota mental para agradecer a julie.
Não estou realmente chateado com eles, amigos têm dessas coisas. Quando éramos jovens,
fazíamos coisas piores um com o outro. Era bom se sentir jovem e louco, depois de tudo. E hoje,
me sinto feliz por ter os dois ao meu lado num momento tão importante da minha vida. Estamos
ficando velho para essas coisas, mas quem se importa com isso?
Agustín  já tinha sua Julie e eu iria selar hoje, com Karol , uma nova etapa. Com meu filho
a caminho, era perfeito.
Olho para Luc. Não via meu amigo se entregando ao amor como eu, mas sei que nada é
impossível. Eu também não queria nada disso. E veja onde estou!

Karol

O vestido creme de renda, feito à mão, sob encomenda para esse dia, me abraça. O lindo
modelo vai até os joelhos, e apenas com um ombro, feito para grávidas. Meu cabelo em um bonito
penteado preso, em um coque elaborado com um arranjo de flores. Estou tão feliz. Entretanto, devia
ter convidado meu médico para a cerimônia de casamento, pois as dores estão ficando mais
intensas.
Respirando fundo, caminho para fora da sala, onde estou sendo arrumada, para encontrar
minhas melhores amigas em seus vestidos de madrinhas em um tom mais escuro que o meu.
— Você está pronta? Tem um helicóptero para você e suas madrinhas, outros vão em outros
voos. Não queremos que Ruggero  veja a noiva antes da hora — Julie sorri e me abraça — Você está  perfeita, linda!
— Espero que esses nossos cabelos cheguem perfeitos lá — resmunga Lunna —  Ruggero
tinha que arranjar uma forma de deixar sua mulher descabelada.
— Lunna, querida, não se preocupe com isso, seu cabelo está seguro no lugar — Gio diz,
rindo da cara horrorizada de Lunna.
— Ah, bom, acharia estranho uma noiva espantalho e madrinhas bruxas descabeladas — ela
suspira dramaticamente e vem me abraçar — Poxa, você está linda, minha amiga. Só não invejo
você porque seu noivo é tenebroso.
Nós rimos de suas palhaçadas e seguimos para o heliporto do hotel. Meu noivo pensou em
tudo.


O VOO FOI TRANQUILO, E NÃO, NÃO CHEGAMOS DESCABELADAS NA casa dos pasquarelli . Ainda assim,
o maquiador e cabeleireiro contratado por Alicia Duran veio dar uma olhada na minha aparência.
Ela os tinha contratado quando soube que eu viria de helicóptero, deve ter imaginado, igual a
Lunna, que eu chegaria um espantalho. Tenho vontade de fazer xixi e vou para o banheiro e, de lá,
ligo para meu obstetra. Sabia que era uma questão de horas para ter meu bebê.
— Você tem certeza que aguenta até depois do casamento? — Meu médico pergunta — Não
devia estar de acordo com isso.
— A dor não é insuportável, dá para aguentar — minto e dou uma olhada no espelho à
minha frente. Mesmo maquiada, estou visivelmente suada.
— Me passe para Ruggero , deixe-me falar com ele. Vou deixar uma equipe aqui preparada
para você. Assim que o casamento terminar, venha imediatamente para cá.
— Tudo bem, direi para ligar para você — digo, para acalmar o bom doutor. Se eu disser
qualquer coisa sobre isso,  Ruggero  cancelará o casamento e entrará em parafuso. Não, eu vou casar
hoje, sim.
Desligo o telefone e saio para encontrar Julie parada de braços cruzados na porta.
— Você está com dor, não é? E não adianta mentir, mocinha — ela parece brava.
— Sim, mas é branda — digo na defensiva.
— Deus! Como é irresponsável, poderia estar pondo em risco seu filho — diz — Irei agora
mesmo falar com  Ruggero .
— Não! Julie, eu preciso casar hoje. Está tudo tão bonito — fazendo cara de cachorrinho
pidão para ela, peço: — Não diga nada ainda, estou bem.
— Ai, karol , você me deixa preocupada — ela segura um lenço e seca minha testa —
Vai ficar tudo bem, não tenha medo, estou bem aqui.
— Julie, não estou com medo — digo rindo. Será que minha amiga e mãe de uma linda
garota está em pânico? — Pensei que você seria uma boa ajuda, já que já teve a Isadora.
Ela geme.

obsessão fatal ( Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora