Remetente : Karol sevilla
improvável mas que indispensável,
ardente mas que se alimenta do desejo crescente em mim ,
inexplicável mas essencial
tão de repentemente você veio como um furacão é mudou tudo, toda trajetória tudo que eu achava certo...
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KAROL
Encontramos Lunna sentada na sala com uma Isadora parecendo um pequeno tornado. Lunna olha fascinada para a menina, que está espalhando centenas de brinquedos pelo chão. Uma babá está por ali perto, de olho em Isa também. — Essa criança não dorme? Não cansa? — Lunna parece aterrorizada — Estou cansada apenas de olhar para ela. — Isso é apenas o aquecimento. Ela tem energia além da compreensão — Julia afirma — Você está pronta? Temos uma festa para participar. — Não perderia por nada. — ela ri — E nossa vítima? Ele é tão crédulo. Acha mesmo que Kah está em uma orgia? — Agustín disse que ele não se divertiu nada. Não tira o olho do telefone. — elas riem, e eu acabo enxotando-as para fora, depois que beijamos Isadora. Quando chegamos à boate onde Luc e Agustín reservaram para se divertirem, em uma noite só para os meninos, a festa parecia no auge. Batidas ensurdecedoras de músicas sensuais. Nós somos conduzidas pela recepcionista para a área vip que ficava em cima, onde Ruggero estava com os outros. Sem muitas delongas, vou até o parapeito da plataforma e olho para baixo, para uma roda de homens batendo palmas e rindo. Vejo Ruggero sentado no meio e uma mulher apenas de calcinha fio dental branco com um pequenino tule na cabeça imitando um véu, pagando uma dança para ele. Ele se mantém sério, mas vejo que ele olha para a bunda da mulher quando ela a balança na sua cara, praticamente. — Que inferno é isso? — Aponto para lá e viro para as meninas — Isso estava combinado? — Claro que sim. Bem, está um pouco fora de controle, mas essa é a ideia — Lunna diz, e vejo quando ela fecha a cara — Olha lá, Luc parece estar se divertindo. — Isso não era para ser, supostamente, uma farsa? — opina Julie do outro lado. — Vejo que estão empolgados, esses garotos. — Acho que está na hora de acabar com essa festa — digo, emburrada. — Agora que o noivo está se divertindo, vamos ao ponto alto da noite. — uma voz de homem fala em um microfone. Sex, de Madonna, começa a tocar, e mais uma mulher aparece, e as duas têm um Ruggero cativo, recebendo todo tipo de lambidas e esfregação. Sexo! Me diga o que
Hora de assustar esse garoto travesso — Lunna grita. Ela me puxa para baixo, pelas pequenas escadas, me levando para o campo de visão de Ruggero — Vamos lá, garota. Coloque esse homem na coleira — minhas duas amigas incentivam — Viemos aqui para isso, acabar com a graça da festa. Elas estão rindo, mas eu, nem tanto. E isso cai muito bem quando umas das mulheres beija a boca de Ruggero e ele me vê em pé à sua frente. — Oh, porra! — Ele pula, e a mulher cai de bunda no chão aos seus pés. — Estava se divertindo, querido? — minha voz sai amável. Mas ele deve ver o perigo rondando, pois está vermelho. Nunca o vi mais atrapalhado. Ele xinga até a quarta geração enquanto caminha para mim. — karol , isso é apenas... — O quê? Ela só tinha a língua em sua garganta — acuso. — Ruggero estava se divertindo, relaxa, karol — Luc chega perto para pôr lenha na fogueira de Ruggero , que tem sua batata assando. — Cala a boca, Luc — diz Ruggero , furioso, mas diz suavemente para mim: — Estava preocupado com você. — Eu vi. — Não, aquilo estava apenas... Vamos para casa, amor, deixe-me explicar. — Sim, acho muito bom. Afinal, amanhã pode não haver casamento. Ele empalidece.
VEJO A APREENSÃO NOS OLHOS DE RUGGERO E ME ARREPENDO de ter contribuído para que seus amigos fizessem uma despedida trolada para ele. Ele acredita que eu posso estar chateada com a cena, porém, a verdade é que não estou tão chateada assim, afinal, estive de comum acordo com essa festa para ele. Mas, ainda assim, o ciúme me picou quando o vi com aquela mulher. Contudo, se antes eu tinha dúvida de que ele me queria com ele de verdade, agora sei que me ama. Seu medo de me perder é claramente visível em seu rosto preocupado. Sou tão cadela por dar essa preocupação na véspera do nosso casamento! — Desejo um casamento repleto de felicidade aos noivos — o homem do microfone tira Ruggero do seu estado constrangido, e ele me segura gentilmente e leva-me para longe dos nossos amigos e convidados. Voltamos para a sala vip onde estava, que agora se encontra vazia. — Eu peço desculpas por essa palhaçada, amor, eu... — ele parece sem palavras para se expressar. E ver meu Ruggero fodão tão fora de si me faz abrir um sorriso para tranquilizá-lo. — Você estava se divertindo? — pergunto, sem ameaça na minha voz. Claro que ver as mãos de outra mulher nele foi um pouco chato e não pude controlar o ciúme. — Claro que não, e antes que fale, não estava beijando aquela mulher. — ele passa as mãos pelos cabelos — Vou matar aqueles dois idiotas. — ele resmunga, chateado — Desculpe. Não devia estar chateando você hoje. Ele estava tão irritado. Querendo tirá-lo da miséria, digo: — Eles só queriam tirar você desse estresse, você anda tão sério — sim, esse mês ele tinha levado a sério sua missão de mostrar que realmente tinha mudado. Eu deveria ter imaginado que ele não acharia engraçado as ideias de seus amigos. — Está tudo bem. — Não está tudo bem — ele me olha atentamente — Por que não está surtando? Você não se importa que esteja com outra mulher em meu colo? — Ele parece extremamente chocado com isso. — Se fosse o contrário, estaria indo preso agora por assassinar o maldito cara. — Eu sei que você não estava realmente beijando aquela mulher, apesar de você não afastá- la — repreendo, mas não tenho direito, afinal concordei com isso. Porque era para ser leve e ficou fora de controle. Estou com ciúmes agora, mesmo sabendo de toda brincadeira.
Antes que eu diga que foi apenas uma brincadeira para sua despedida, os nossos amigos invadem a sala. — Vocês estão bem? — Julie se adianta — Não foi demais para você, querida? Nossos homens aqui perderam a mão, essa última parte não fazia parte do contexto. Não é, Agustín ? — Querida... — ele começa. — Sem querida... — Julie corta seu marido, seu dedo em riste. Nunca vi minha amiga tão brava com Agustín . Ele tem o rosto vermelho. É, tem gente que hoje vai sofrer nas mãos de sua mulher. Tenho vontade de rir, mas quando olho para Ruggero , mudo de ideia. — Do que estão falando? — troveja ele ao meu lado. Ele está vermelho igual Agustín , no entanto, o seu é de raiva contida. Lançando olhares mortais para seus amigos, ele exige respostas. — Estávamos fazendo uma despedida trolada para você, mas, como sempre, os homens têm de colocar mulheres na brincadeira — Lunna envia chispas de gelo para Luc, que levanta a mão em sinal de rendição e pisca malicioso, como sempre a provocando. Ela semicerra os olhos para ele em ameaça explícita — Era apenas para deixar você louco com o sumiço de karol , mas foram além. Era apenas para ter dança. Não beijo! — Isso era sem graça, meninas. E ela não o beijou de verdade. — Agustín diz, cabisbaixo, olhando sua mulher — Querida... — Não, Agustín . Uma semana no sofá. E se falar mais, será duas — ela apontou, brava. — Mas, amor... — Chega! Todos olhamos para Ruggero — karol , estamos indo para o hotel — ele anuncia, estendendo a mão, como se nada tivesse acontecido. Seguro sua mão, e ele me puxa para me segurar colada ao seu corpo. Estamos todos nos reunindo para um café da manhã com nossos familiares. Digo “nossos” porque considero a família dele minha também. Era para irmos para lá só pela manhã, mas, pelo visto, ele estava mudando os planos. Os outros casais, não sei como iriam fazer. Os pais de Ruggero e os de seus amigos vão pela manhã para o hotel e, de lá, todos iremos para Campos do Jordão. Voando. Acho que ter um filho em um helicóptero deve ser emocionante. — Então todos iremos — Lunna diz — Não vamos deixar o ogro sozinho com ela. — Vocês também não sabem levar nada na esportiva — resmunga Agustín , lançado olhares ansiosos para a esposa que está de braços cruzados. Vejo Luc pegar o telefone e começar a falar com o hotel, informando que iríamos todos essa noite, em vez de amanhã cedo. Ruggero tinha reservado suítes para todos, já que teríamos café da manhã