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KAROL

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KAROL

—  Ruggero ...
— Fugindo mais uma vez?
—  Ruggero ...
— Assim não dá para ser compreensivo, Karol  — ele joga o lençol para o lado, levanta
da cama e caminha gloriosamente nu em minha direção. Dou um passo para trás, e agora estou entre
a parede e seu corpo alto e forte. — Por que está indo embora outra vez?
— E-eu... — que droga. Seja firme, Karol  — Porque não confio em você!
A mágoa em seus olhos me faz vacilar um pouco.
— Você está certa, eu também não confiaria em mim, não depois de tudo que falei para você
desde que cheguei aqui e a forma que tenho te tratado— quem dá um passo para trás agora é ele.
— Não posso deixar meu filho com você é sumir no mundo quando aceitei ser sua barriga de aluguel achei que poderia mas não consigo  — digo, com voz embargada — Não me peça isso.
Eu pensei que seria forte e que minha carreira era tudo que eu queria, mas não é; ter meu bebê
dentro de mim me mudou. Fez-me sentir mais. O amor maternal, que eu nunca esperei, veio tão
rápido que deixá-lo com você seria como tirar um pedaço do meu coração. Eu me sentiria a mulher
mais perversa por abandoná-lo por uma carreira de sucesso. Eu posso ter os dois, sabe. Por favor,
me deixe ir. Por favor,  Ruggero , não o tire de mim!
Eu estou tão concentrada em meu discurso, que não noto que ele se aproximou tanto de mim.
Lágrimas me cegam quando sinto suas mãos agarrando meus braços e me puxando para os dele.
— Não chore, querida. Vai ficar tudo bem — ele diz e beija o topo de minha cabeça. —
Venha aqui, sente-se.
Ele me leva para a cama e me faz sentar enquanto faz o mesmo.
— Não posso fazer o que me pede — continuo falando — Não posso cumprir com nosso
acordo. Não posso.
— É isso que você quer? Partir? — ele pergunta, e a mágoa em sua voz me faz levantar a
cabeça para olhá-lo. — Quer levá-lo para longe de mim também?
— Só quero ficar com ele. Ir para a Europa, como planejamos, está fora de cogitação. —
digo. — Você sempre deixou claro que nunca ia amar uma mulher, Ruggero . E não posso ficar com
você porque temos um filho. Voltar a morar com você, apenas por isso, não volto. Eu preciso de
amor também, não irei abrir mão disso.
— Não me peça isso, Karol . Peça tudo, menos isso. — ele levanta e pega sua calça no
chão, vestindo-a. Ele começa a andar pelo quarto de um lado para o outro. — Odeio me sentir
fraco dessa forma.
— Isso não é fraqueza,  Ruggero . Só mostra que você é apenas um homem.
— Eu não quero isso para mim.

— Todo mundo precisa de amor, Ruggero  — digo, confusa.
— Quer ir embora? Então vá! — ele grita, furioso — Não posso exigir que volte comigo, se
é isso que você quer.
Lágrimas novas correm pelo meu rosto. Sei que ele está sofrendo, sua mandíbula está dura e
seu olhar diz algo totalmente contrário ao que sua boca profere.
— Isso tudo é orgulho,  — levanto e paro à sua frente — Você não tem nenhum motivo
de duvidar do amor, tem um exemplo em sua casa. Seus pais são exemplos de que o amor dura. Mas
vejo que eles não te ensinaram bem. Se eu sair agora, você nunca mais me verá, nunca mais.
Meu queixo idiota está tremendo quando nossos olhos se encontram. Homem burro, cabeça-
dura. Apenas não quer voltar atrás em seu lema idiota, que é não dar a mínima para o amor.
— Não darei uma chance para você outra vez! — caminho para a porta do quarto pela
segunda vez hoje — Quando você acordar de sua imbecilidade, será tarde demais. Nosso filho
nunca terá orgulho do pai dele. Que era um ser fraco, que se acha o forte, mas não passa de um...
um..
Merda, não vou chorar mais, ele não merece. Não acredito que me deixará ir assim. Ele
está duro, no meio do quarto, quando fecho a porta atrás de mim.
— Adeus, Ruggero! — sussurro.
Caminho pelo corretor agarrada à minha bolsa, cega por lágrimas. Por que ele tem de ser
assim? A súbita vontade de vomitar me faz entrar no quarto de hóspedes e me tranco lá, dentro do
banheiro. Quando nada mais que água sai, não tenho nada para pôr para fora. Apenas minha
angústia. Me sento lá, fraca, por tanto tempo que perco a noção do quanto fiquei olhando o vazio.
Tento levantar e tontura me bate. Preciso me alimentar. Como igual uma leoa pela manhã, e
essa discussão com Ruggero  me deixou fraca. E faminta. Nada me faz perder o apetite?
—  KAROL ! — o grito angustiado de RUGGERO  me assusta.
Por que ele está me chamando agora? Escuto as pisadas dele pela casa. Está correndo?
Barulho de coisa quebrando vem de lá de fora.
Dessa vez tenho sucesso na tentativa de ficar em pé.
—  Karol ! — Outro grito me faz andar mais rápido, para ver o que está acontecendo.
—  Karol , amo você, porra, só volte. — isso agora é apenas um sussurro rouco e derrotado. E
meu coração começa uma corrida louca no meu peito.
Desço as escadas e entro na sala, para encontrar uma bagunça de coisas quebradas. Oh, meu
Deus! O que ele fez com os móveis caros da mãe dele? Ele está de pé no meio da sala, de costas
para mim.
— O que você fez? — ele vira, tão rápido que me deixa tonta. Seus olhos vermelhos estão revoltos e ferozes quando avança para mim.
— Karol ... — sussurra.

__ Nos escolhemos o caminho que queremos seguir é quero te lembrar que você fez sua escolha é só  estou aqui ainda por que não  me sinto bem

Ele parece preso em seus pensamentos mas tem em sua face uuma guerra interior

Suspiro cansada é lamento pela covardia  é orgulho é por isso tenho que me afastar para proteger meu filho 

Olhos seu rosto uma última vez guardando cada  detalhe desse rosto lindo que amo

obsessão fatal ( Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora