Karol

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Karol ... recito em pensamento. Vejo você mais tarde, amor.
Meu pai me olha estranho, e não percebo que estou sorrindo.
Meu coração está batendo tão forte que o escuto em minha cabeça.
Tum. Tum. Tum.
— Não faça besteira, filho — a voz de Lorenzo me tira dos meus delírios.
— Claro que não — digo, rouco — Vou fazer tudo certo dessa vez.
— Espero que sim, você ainda tem muito que me explicar sobre isso. Sabe que não gosto de
ser manipulado,  Ruggero .
Sua voz some quando meus pensamentos voam para Karol . Do tempo que não a vejo,
provo seus beijos, sinto seu cheiro único, escuto sua voz meiga e carinhosa. Fico duro com a
lembrança de seu corpo junto ao meu. Inferno! Eu percebo agora que não transei em muito tempo.
Estava tão focado nela que esqueci de viver, mas quem disse que outra serviria?
Isso acaba hoje. Estou indo buscar o que me pertence.
Possessividade é tão natural em mim, que nem noto quão louco posso parecer. E karol só faz isso mais e mais forte em mim.

— POR QUE VOCÊ ME CONTOU ISSO AGORA? POR QUE TANTO TRABALHO para mantê-la longe de
mim se, no fim, veio me contar? — Pergunto, desconfiado.
Isso realmente é estranho. Eles todo esse tempo sem me falar nada, vendo como estava
louco atrás de Karol , e agora, sem motivo algum, me dão isso com tanta facilidade?
— Sua mãe está se sentindo culpada, depois que a raiva passou — diz, encolhendo os
ombros — Ela não é tão durona, então vim tirar esse peso dos seus ombros. Ela não quer seu mal,
filho. Mas o motivo é que sua mãe se preocupa com ela. Segundo sua mãe, ficar sozinha não é bom
para a menina, está cada dia mais perto do parto, e não deve ser bom.
— Nunca pensei isso dela, mesmo quando ela veio aqui e contou que ajudou Karol  a
fugir. Eu fiquei com raiva de mim mesmo, por ser tão estúpido. — tiro meu paletó e arregaço as
mangas da camisa rosa claro, depois de me livrar da gravata.
Não era só minha mãe que estava pensando em karol sozinha, eu pensava nisso o tempo
todo. Quero trazê-la para casa, onde é seu lugar. Só não sei se ela vai querer voltar.
Estou inquieto e impaciente, e não aguento ficar aqui na sala esperando meu pai ir embora.
Levanto e me despeço dele, seguindo para a saída.
— Fique à vontade, papai, mas tenho de sair agora. — digo, já na porta, onde paro e pego
um molho de chaves onde está a da casa de Campos do Jordão.
— Ruggero !
Não volto, tenho pressa de sair. Minha vontade de ver Karol  é obsessiva. Xingo
mentalmente a incompetência do detetive que Agustín  indicou, por não achar uma mulher bem
debaixo de suas narinas. Em vez disso, seguiam pistas que os mandavam para lugares que tinham
informações falsas, e a minha  dúvida  agora era quem estava dando essas informações. Das
duas, uma: ou sua mãe estava por trás disso ou as amigas de Karol . Lunna era bem capaz disso,
a mulher era sem limites.
Em todo o caminho para Campos do Jordão, eu fico imaginando o que dizer e fazer quando
a encontrar. Todos esses meses longe dela me deixaram louco. Estou um fraco e obsessivo, tenho
deixado meus amigos de lado porque não sinto vontade de estar fazendo algo bobo, em vez de estar
procurando por ela. Eu daria um ótimo serviço para um psiquiatra. Tudo por causa de uma mulher.
Inferno, tudo que eu não queria aconteceu comigo, estou pior que papai.
Chego muito tarde na casa dos meus pais em Campos do Jordão. O maldito trânsito me
atrapalhou, além da chuva que começou a cair. A casa está totalmente escura quando paro o carro
na frente. Minha preocupação aumenta quando olho a casa enorme e ela tão minúscula lá dentro, no
escuro. Entro silenciosamente, não bateria ou coisa parecida, afinal tenho as chaves da casa em
meu poder.
Música toca baixo em algum lugar da casa. No primeiro momento, não consigo distinguir
quem canta, mas as notas inconfundíveis de November rain reverberam no ambiente.
Porque nada dura para sempre
Entro na sala de estar e vejo a silhueta deitada no sofá. Por que diabos ela está deitada no
escuro? Droga. Vou até o interruptor e acendo a luz, mas ela está dormindo. A música continua ao
fundo, falando comigo.
E ambos sabemos que corações podem mudar
Sim, certamente o meu já mudou muito desde a última vez que verifiquei, porque a vontade
que tenho agora é de pegá-la em meu colo em vez de esganá-la, como tive vontade logo que ela
fugiu. Caminho para o seu lado e fico em pé, contemplando-a. Emoção me toma quando vejo seu
corpo volumoso, sua barriga está tão grande. Ajoelho ao lado do sofá, tomando cuidado para que
ela não acorde, apenas fico olhando sem saber que atitude tomar. Tenho medo de incomodar seu
sono, que parece suave e tranquilo.
(...)
Se nós pudéssemos ter um tempo para acertar tudo
Eu poderia descansar minha cabeça
Simplesmente sabendo que você foi minha
Toda minha
(...)
Estico minha mão e a pouso em sua barriga com cuidado. Ela se mexe, mas continua
dormindo. Inclinando, deposito um beijinho em seus lábios. Ela resmunga alguma coisa
ininteligível, me fazendo sorrir. Será que estava sonhando comigo? Espero que sim, e que eu não
esteja fazendo nada abominável em seu sono.
— Karol  — chamo mansamente, não quero que ela leve um susto quando me vir aqui
tão perto.
— Hummm — ela resmunga, levando as mãos aos olhos — O quê...?

— Hey.
Ela levanta e me empurra tão rápido que eu perco o equilíbrio e caio de traseiro no chão.
— Que merda, bebê, assim você me mata — digo, quando volto a ficar de pé.
— Como entrou aqui? Vá embora!
— Calma, querida. Está tudo bem — digo, em tom paciente
— Não vou voltar com você, Ruggero  Vá embora — seus olhos assustados me fazem mal.
Que droga, ela tem medo de mim?
— Karol , precisamos conversar — digo, pacífico. Não quero causar nenhum transtorno
a mais do que ela está passando. — Sente-se!
— Quero que saia, agora!
Cristo! Por que tem de ser tão teimosa? A raiva só a deixa mais linda. Quero abraçar seu
corpo frágil, porém sei que ela não permitirá que eu chegue perto.
— Sente-se! — Vou até ela e tento pegar seu braço, mas ela rejeita minha mão.
Agarro o controle remoto e desligo o som. Quero sua total atenção. A contragosto, ela senta
de volta no sofá, seus braços cruzados sobre seu estômago dilatado. Seu ato mostra que ela tem
medo que eu machuque meu filho? Ela tem tão pouco conceito de mim assim?
— Não vou machucar você, querida.
— Você já machucou, Ruggero . — ela diz com voz firme, contradizendo a imagem que ela
passa de fragilidade, ou talvez eu esteja vendo-a assim, meu lado protetor quer muito protegê-la. E
isso me confunde, não quero ser o herói de ninguém, mas essa mulher, em particular, me faz querer
matar e ser protetor de um minuto para o outro.
Tenho de convencê-la a voltar para casa. Só não sei se posso jogar com todas as cartas.
Não quero machucá-la, essa não é mais minha intenção, mas como irei convencer Karol  que
voltar comigo é o melhor?

Memórias de dias atrás...


— Sabe que esse documento não vale muita coisa, não é,  Ruggero ? Isso apenas serve para
que as duas partes saibam no que estão se metendo. Aconselho conversar mais com essa mulher
sobre isso.

— Karol  não precisa saber que o documento não tem valor legal  Que ela pode muito
bem ficar com a criança  e a lei vai assegurar isso para ela.
Mas como vai fazer para que ela aceite esse acordo ?

__ quando souber que meu pai está doente e que o último  pedido dele era ver ter um neto tenho certeza que aceitará ser a barriga de aluguel

__ é ele como.esta ?

__ muito bem obrigada só precisa fazer todo tratamento para o câncer mas Karol não  precisa saber disso

__ você  vai usar a sua amiga   só  para convencer  que é  melhor que Enzo? Ou pra não  perder seu cargo como CEO ?

__ Os dois _ digo frio sem mostrar emoção alguma

— Bem, espero que tudo dê certo para você — ele diz — E para essa moça.

Tudo que tinha de dar errado, deu.
Mas quero ela e meu filho em casa comigo. Não importa o que tenha de fazer.

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Se gostar dela mesmo conta logo toda verdade

obsessão fatal ( Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora