Capítulo Três: Festa na casa do Castiel

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A tão esperada festa do pijama chegou e a Charlie não parava quieta. Na verdade, todos nós estávamos muito animados. E eu ainda consegui esse final de semana de folga só para estar presente na farra. Privilégios de ser CEO. Mas obviamente que para lidar com três crianças sozinho é difícil, acabei chamando o meu irmãozinho Gabriel, para me ajudar com as crianças.

Ah, esse meu velho hábito de sempre chamá-lo de irmãozinho, e ele já fez vinte.

Era por volta das 17:30 da tarde quando a campainha foi tocada e os gêmeos correram para abrir. Era a tão falada amiga da Char.

— Prazer, meu nome é Castiel. - falo estendendo a mão, para o pai dela.

— Não! Não sou o pai da Megan. — diz ele rindo em sinal de rendição. — Sou o tio, o pai dela não pode vir por causa do trabalho.

— Oh, desculpe. — falo sem graça e ele sorri de novo.

— Tudo bem, eu passei quase o mês todo revezando com o pai dela para buscar ela na escola. É compreensível que você tenha confundido. - ele bate as mãos na calça e me encara sorrindo. — Bem, eu adoraria ficar, mas preciso ir. -suspira e estende a mão para a sobrinha que veio correndo ao seu encontro e inclinando o corpo pra frente ele segurou em seus ombros dando um sorriso largo. — Se comporte, okay? Você sabe como seu pai é um chato...

Ela balança a cabeça meio triste e concorda, não sei ao certo se era pelo tio não poder ficar, ou pelo pai não ter vindo. E assim que ele foi embora, decidi dar início às atividades que a Char preparou, nesse quesito ela é muito parecida comigo, gosta de tudo organizado e foi pegando a lista que ela tinha feito, que comecei de fato, a brincadeira.

Já passava das 22:30 da noite e os garotos continuavam ligados no 320! O Gabe já estava andando como um zumbi atrás das crianças, que corriam, pulavam e escorregavam sem nem se importar com a figura exausta do tio.

De algum jeito, os gêmeos tiveram a brilhante ideia de fazer um escorregador, na escada, peguei um colchão, de um dos quartos de visitas e claro, fui fazer primeiro o teste, como um bom e cuidadoso pai. E confesso que eu até gostei, essas crianças sabem mesmo se divertir.

— Sua vez, tio Gabigol! — grita Kevin e cutuca o tio, que já deve estar no quarto sono no colchão que usamos de escorregador.

— Papai, ele dormiu... Vamos acordar ele? — pede Kevin, com os olhos brilhando.

Crianças adoram travessuras.

— Não filho, vamos deixar ele dormir e vocês? - apontei para os três que faziam carinha de gato manhoso. — Já deviam ter ido também, hoje é só o primeiro dia! - eles fazem birra e começam a reclamar que na melhor parte acabei com a festa e caí na risada.

Montamos duas barracas na sala, porque as meninas queriam dormir fora dos quartos e o Kevin, também queria uma para monitorar, já que ele era o segurança, reclamou da função, mas no fundo ele ama quando a irmã o coloca nas brincadeiras. A princípio eu iria montar as barracas lá fora, porém começou a chover e meus planos tiveram que mudar.

Parecia tudo bem, as crianças já estavam deitadas e eu ia fazer o mesmo - me instalando no sofá - , quando escuto um choro. Corro até a barraca das meninas e vejo as duas saírem de mãos dadas, era a Megan que estava chorando.

— Ei... O que aconteceu, pequena? Vocês brigaram? — pergunto confuso, sem conseguir entender o que estava se passando.

— Não, pai, a Megan esqueceu o ursinho favorito que ela ganhou do pai dela, e ela só dorme se for com ele... Mas aí ela esqueceu. -fala Charlie, com cara de choro também. — Faz alguma coisa, papai!

D̳e̳s̳t̳i̳n̳a̳d̳o̳ ̳a̳ ̳T̳e̳ ̳A̳m̳a̳r̳ ̳-̳ ̳D̳e̳s̳t̳i̳e̳l̳ ̳V̳e̳r̳s̳i̳o̳n̳ ̳-̳Onde histórias criam vida. Descubra agora