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CHRISTOPHER UCKERMANN

Quatro meses depois...

Se antes de começarmos a ficar, Dulce e eu já andávamos grudados um no outro, as coisas só ficaram ainda mais intensas nos últimos meses. Ainda nos falamos todos os dias por ligação quando chegamos do trabalho, mas são raras as noites que dormimos separados.

Quando nossos jantares no meio da semana não terminam em minha casa, invento motivos para ir até a sua e acabo ficando para dormir. É divertido ficar lá, Anahí e Christian não parecem se incomodar com minha presença, pelo contrário, nós quatros costumamos nos divertir bastante quando estamos juntos e saímos em vários finais de semana.

Dulce e eu ainda não rotulamos o que temos, é nítido o quanto estamos apaixonados, mas eu sempre fico com receio de dar um passo maior e ela recuar completamente. Nas últimas semanas ela esta cada vez mais solta e isso me motiva a oficializar tudo. Eu a amo há muito tempo e não quero mais perder tempo, a verdade é essa.

— Oi bonitinho — ela sorri largamente ao abrir a porta e passa os braços em torno do meu pescoço ao ficar nas pontas dos pés para me beijar suavemente.

— Oi bonitinha — digo quando nos afastamos sorrindo. Dulce fecha a aporta atrás de nós e fico observando-a. Está usando um short folgado e uma camisa do Christian que ela vive roubando — Preciso que vá arrumar a mala, vamos sair em uma hora e só voltamos segunda de manhã, direto para nossos trabalhos — ela franze o cenho ao me encarar confusa — Não esquece o biquíni, nós vamos à praia.

— Espera, o quê? Como assim, Chris?

— Sem perguntas, bonitinha! Obedece ao seu marido sem questionar, vai.

Dulce arqueia as sobrancelhas e coloca as mãos na cintura automaticamente. Eu amo vê-la brava, é a coisa mais linda e engraçada do mundo.

— Como é que é? — pergunta pausadamente e sorrio de lado. Me aproximo dela e seguro seu rosto entre minhas mãos, fazendo-a me olhar fixamente.

— O que eu quis dizer é, faz isso por mim sem perguntar, garanto que você vai gostar — digo, roçando meu nariz ao seu. Dulce suspira longamente e apoia as mãos em meus braços — Pode fazer isso pelo seu bonitinho?

— Com você pedindo assim, fica impossível negar algo — murmura.

Sorrio largamente antes de beijá-la devagar, apreciando cada detalhe da sua boca e acariciando seu rosto delicadamente enquanto ela segura o meu e roça os dedos em minha barba.

— Vamos de moto? — pergunta ofegante ao se afastar e nego.

— Aluguei um carro para o final de semana — beijo-a suavemente mais uma vez antes de soltá-la — Agora vai se arrumar, vai.

Dulce concorda e começa ir em direção ao quarto, mas para resmungar quando bato em sua bunda. Eu sempre faço de tudo para irritá-la um pouco, porque é extremamente divertido ver suas reações e, por mais que ela resmungue, sempre posso ver o brilho divertido em seus olhos quando brincamos assim.

{...}

A viagem de carro é divertida, nós conversamos coisas aleatórias durante o caminho, cantamos as músicas escolhidas e passo algum tempo dirigindo com a cabeça dela deitada em meu ombro e nossas mãos entrelaçadas. Amo a sensação de leveza que Dulce me causa.

Nós chegamos ao resort que fiz reserva e Dulce olha a tudo encantada, ainda sem entender o motivo da viagem tão repentina. Fazemos nosso check-in e somos guiados até o nosso quarto. Uma enorme suíte com vista para o mar, ela olha o lugar atentamente e se debruça no parapeito da varanda, observando a o mar extremamente azul.

Amor de InfânciaOnde histórias criam vida. Descubra agora