A MENTIRA - Miraculous ((EM REVISÃO))

7. Descoberta

POV ADRIEN

   Fiquei confuso e nervoso com a intimação da Mari, mas fui assim mesmo. Consegui enrolar a cobra e fui ao encontro dela. 

— Oi! — Disse envergonhado.

   Ela se levantou e me puxou para mais perto.

— O que...

— Quieto! - Me interrompeu colocando seu indicador nos meus lábios

   Senti ela encarar o fundo dos meus olhos alguns instantes.

— Por que?

— Por que o que? — Eu estava nervoso.

— Por que esta com ela? 

   Nunca tinha a visto nervosa assim. Ela parecia querer me matar! Por que ela esta fazendo isso comigo? Ela quer me enlouquecer? Um dia ela vai conseguir! Como ela consegue ficar tão linda mesmo querendo me matar? 

— Eu... — Desviei o olhar para o lado e cocei a nuca — Gosto dela! — Menti com dificuldade. Na verdade eu gosto é da nervosinha na minha frente.

— Mentira! — A olhei e desviei o olhar rapidamente

— É verd...

— Não minta pra mim! — Ela agarrou meu colarinho me puxando para mais perto. — Sabe que odeio mentiras Adrien!

   Como ela estava linda... Parecia que me mataria! Mas mesmo assim estava linda...

— Sei que você também odeia mentiras gatinho! — Arregalei os olhos ela só me chamava assim quando era Chat...

   Ela me descobriu? Mas como? Ladybug ia me matar! Mas...

   Não conseguia raciocinar direito. Ela estava muito linda, estava me enlouquecendo, tudo o que senti foi vontade de agarra-la em meus braços e beija-la. Era tudo o que queria naquele momento! Noite passada confessei estar apaixonado por ela. Agora ela estava em minha frente, com um olhar ameaçador, e tudo o que pensava era em beija-la! Meus olhos me desobedeceram e desceram para seus lindos, convidativos e beijáveis lábios.

   Senti as mãos dela falharem, ela começava a soltar meu colarinho, seus olhos não estavam mais demostrando raiva ou altoridade, mas sim carinho.

   Pensei no que me disse ontem, sobre o garoto que gostava. Ela gostava de mim e eu fui muito burro para perceber, tão burro para não perceber que também a amava.

   O lugar estava escuro, e nos olhávamos com intensidade. A mesma intensidade de mais cedo na diretoria.

   Como um instinto, levei meu braço para sua cintura trazendo-a para mais perto, colando nossos corpos. Com a outra mão puxei sua franja para o lado, tudo isso com os olhos nela, e os dela nos meus. Tinhamos uma conexão incrível. Segurei seu rosto e senti suas mãos no meu peito.

   Sorri com o toque dela em mim e a vi retribuir o sorriso. Sem mais enrolação celei nossos lábios.

   A boca dela era uma delícia, tinha sabor de morango. Eu estava tão feliz de estar ali com ela.

   Não demorou muito para ela enlaçar seus braços em volta do meu pescoço, aprofundando o beijo. Pedi passagem com a língua e ela cedeu.

   Agarrei sua cintura apertando de leve, estava muito bom estar com ela. Me senti um idiota por não ter feito isso antes.

   Com passos curtos e cautelosos andei para frente ainda beijando-a encostando-a na parede.

   Ainda com os olhos fechados, nos separamos por falta de ar. Não demorou muito para voltarmos a nos beijar. Levei meu braço para ser apoiado na parede e com a outra mão segurei seu delicado rosto. Ela deslizou uma mão para meu peitoral e com a outra coçou minha nuca. Dei um breve sorriso entre o beijo e voltei a agarrar sua cintura aproximando-a e em sincronía o beijo foi acelerando.