Um soldado rebelde, que depois de seu irmão ter sido morto e torturado em sua frente, carrega um peso destruidor em suas costas. Acaba virando um soldado depois de ter vivido os traumas de perto. Levando uma vida no Afeganistão, ele é conhecido como...
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THOMAS.
Escuto uma batida na porta e quando abro vejo uma menina de cabelos escuros em minha frente, franzo o cenho vendo que é a mesma do hospital que cuidou do meu machucado na vez que bati no Harry. Ela sorri. - podemos conversar? - sua voz sai muito calma, sinto que seja sério, mesmo talvez sendo sério eu sinto que ela tenta torna isso mais tranquilo.
Eu não entendi, mas deixo ela passar. Ela se senta no sofá, e cruza as mãos. Me sento olhando pra ela sem saber o que faz aqui e como conseguiu me achar.
- acho que você deve estar se perguntando o porquê de eu estar aqui.
- qualquer pessoa que não te conhece, com certeza não faria o contrário. - falo e ela sorri, uma lembrança muito distante me vem a cabeça.
- mas você me conhece. - diz tranquilamente e congelo. - lembra de quando você me tirou da casa de nosso avô, porque eu era pequena demais pros treinamentos dele? - engulo seco pensando se estou escutando coisa ou até ficando maluco da cabeça.
Me levanto bruscamente e vou até a porta na intenção de abrir e mandá-la embora.
- vai embora, agora! - digo nervoso.
Não é possível que seja ela.... Não pode ser ela, ela morreu aquele dia. Ela se levanta e caminha em minha direção determinada, vejo um leve toque de tristeza e felicidade misturada em seus olhos azuis.
- Thomas, você é a pessoa que eu queria conhecer desde muito tempo. Eu sei que você pensou que eu tivesse morrido naquele acidente de carro, o qual me levava pro orfanato, mas eu fiquei viva. Sou eu, Asheley William, sua irmã. - Asheley é uma longa história... Estou sem acreditar que seja ela em minha frente, tão crescida... volto a me sentar com os olhos perdidos em seu rosto, boto a mão na boca um momento.
- por favor me fale que é algum tipo de brincadeira. - Rio sentindo o nervoso na pele. - eu tô maluco, só pode!
Seus olhos se enchem de lágrimas aos poucos. - não é. Lembra... - ri com as lágrimas caindo. - quando você me escondeu dentro do baú que você tinha no seu quarto pra que meu avô não me pegasse para me jogar em seu treinamento no campo? E você disse que eu já estava treinando e meu avô se surpreendeu pela sua mentira. O único a enganar ele foi você. - me levanto e toco a mão em seu rosto.
É inacreditável, seu rosto familiar, ela puxou muito o lado da minha mãe. Um turbilhão de sentimentos sobe, abraço ela. Sinto lágrimas embaçar minha visão, me fazendo ver tudo torto. Isso não acontece a tantos anos... de eu chorar.
Me afasto, me sentando no sofá olhando para minhas mãos perdido. Não percebo que ela vai até a porta atender quem chamou. - está chamando você Thomas. - me levanto e vejo tess na porta. Quando a vejo, ela me devolve o colar e se afasta. Já imagino o que seja, mas eu não estou nem aí pra isso. Entro pra dentro, coçando a nuca indo até ela.
