Cap 15

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THOMAS

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THOMAS.

Eu contei tudo a ela, eu não queria continuar falando, estava exausto de pensar naquelas lembranças macabras. Estou tão surpreso por ter contado uma parte da minha vida, sem hesitar. Sinto ter tirado um peso das minhas costas. Descobri que Harry agora está botando medo em tess, e isso me tira do sério.

ele ficou maluco, só pode!

Mas eu prometi a mim mesmo que não vou me desesperar pra ir atrás dele, porque sei que é isso o que ele quer.

Saio do banho me secando e botando minha roupa. Disse para timothy não ir hoje, porque tenho que resolver algumas coisas treinando tess o quanto antes. Ela se destrói no treino e sinto que ela não está tão bem.

Will a olha com pena. - chega! - digo e ela para de socar o boneco, ela se agacha sem ar e descansa a mão nos joelhos, tentando recuperar a respiração.

Entro no vestiário e levo ela até a pia, ligo o registro botando suas mãos dentro da água gelada, ela dá um gritinho de raiva sentindo dor. - eu falei para você não socar tanto. - falo irritado.

Ela acabou ferindo a mão toda naquela merda de boneco. - tente dar mais dano no que você está batendo! não em si própria. - termino de lavar as duas mãos, passo um pano seco com cuidado, ela me observa em silêncio.

Depois de limpá-lo, pego o curativo e fecho com um esparadrapo. Ela suspira finalmente vendo que acabei.

- me desculpe, eu estava longe. - me levanto e lavo minha mão.

- só tente não fazer mais isso quando estiver treinando. - falo a olhando do espelho, ela balança a cabeça com o olhar distante.

Ela vai embora depois de alguns minutos. Começo a treinar sozinho, o lugar está vazio. Lembro do meu irmão. Ter falado dele, parece que só piorou meus pensamentos. Eu realmente não estou entendendo o nível que eu alcancei.

A cada lembrança sinto o terror me dominar como uma nuvem escura.

Tenho pesadelos constantemente com ele, tudo dói por dentro de mim. Percebo minha mão ensanguentada. Agora fui eu que fodi minha mão todinha. Dou uma lavada e volto pra casa no final do dia, a cidade escura parece me engolir por um momento.

Passo por sua porta e quando entro em minha casa ela está lá, sentada no sofá, ela me vê chegar e se levanta olhando pra minha mão. - também se feriu?

- o que está fazendo aqui? - pergunto e ela engole seco, jogo a chave na poltrona me sentindo exausto.

Estou tentando não ser ignorante, mas minha cabeça está um terror a todo momento, a calma parece difícil de alcançar.

- eu sinto que você está estranho comigo... - olha pra baixo evitando encarar meus olhos.

- eu não estou estranho com você, eu só estou mais quieto na minha. - jogo a bolsa no chão e me aproximo da cozinha. Sinto seus passos atrás de mim.

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