A Ligação (parte 1)

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Harry retomou a consciência lentamente.

A primeira coisa que ele percebe é uma sensação estranha e impaciente, como uma rajada de vento soprando pelo seu peito, ou pelo seu estômago - ele não sabe qual dos dois. Mas irradiava através de suas veias e ele podia sentir em todo o seu corpo, desde o seu dedo do pé até seus últimos fios de cabelo. Essa sensação... vibrava, de forma vaga e perturbadora.

Seus outros sentidos foram voltando em seguida, vozes fracas falando umas sobre as outras em sussurros raivosos, um cheiro forte de poção, que foi o que fez ele concluir sua localização: ele está na enfermaria, sim. Uma das vozes é Madame Pomfrey.

Lutando um pouco contra sua cabeça latejante, Harry força seus olhos a abrirem. Ele é recebido com a visão de pessoas em volta de sua cama: Madame Pomfrey circulando seus pés com sua varinha e murmurando feitiços e McGonagall mais perto de sua cabeceira, com o rosto apertado de preocupação. Mas seu olhar não estava em Harry, e sim à sua esquerda, em um homem parado em pé entre sua cama e outra.

Harry limpou a garganta, e viu como três conjuntos de olhos giraram em sua direção simultaneamente. O homem era o Professor Highlash, o novo professor de Teoria Mágica Avançada, e com um choque, Harry começou a juntar as peças do que havia acontecido. Ele empurrou seu corpo para cima, tentando se sentar, mas foi firmemente empurrado de volta para os travesseiros pela mão implacável de McGonagall.

"Potter. Como você se sente?"

Harry limpou sua garganta novamente, olhos piscando de um rosto para outro. "Um pouco estranho. O que aconteceu? Eu me lembro..."

"Sim?" Pomfrey pergunta, ainda girando sua varinha, só que agora sobre seu estômago. A sensação tortuosa se intensificou, beirando o desconforto.

"Estávamos na aula de Teoria Avançada..." Harry diz hesitante, olhando para Highlash, que assentiu com a cabeça para que ele prosseguisse, "praticando como conectar nossas mentes com nossos núcleos mágicos. E... algo aconteceu. O que aconteceu?"

Os adultos trocam olhares que Harry não consegue interpretar e o sentimento de preocupação acompanha a outra sensação esquisita que ele estava sentindo. Foi isso? Aconteceu alguma coisa com a magia dele? McGonagall colocou uma mão reconfortante em seu ombro, e Harry virou o rosto para ela em puro pânico.

"Houve um... incidente, com o seu núcleo mágico", diz ela calmamente.

Harry se recupera de uma breve onda de náuseas e junta sua coragem. "Eu estou... Eu sou um aborto agora, ou algo assim?"

Pomfrey, que tinha terminado agora de circular sua cabeça com a varinha, retirou-a de forma abrupta. Alegremente, ela anunciou: "Não, está tudo aí!" sua voz extremamente confiante e em um tom mais alto que qualquer um ali havia usado. Harry relaxou contra seus travesseiros, aliviado, e começou a sorrir, até que notou outros olhares sendo trocados entre os adultos.

Incerto, ele olha para o Professor Highlash. "O que aconteceu?"

Highlash desvia a atenção para uma outra cama, desencontrando do seu olhar. McGonagall responde. "Você tentou intervir quando viu um aluno lançar uma azaração em alguém que estava perto de você. Infelizmente, seu charme de escudo - embora hábil como sempre, sr. Potter - não foi rápido o suficiente. O feitiço acertou o alvo pretendido, e o escudo fez o encantamento redirecionar a você também.

Harry tem uma súbita memória de Zacharias Smith erguendo sua varinha e sorrindo com malícia enquanto mirava na direção dele e do Malfoy, e também lembra da sua resposta instintiva. Ele está surpreso que o escudo não funcionou a tempo, mas opta por não perguntar sobre isso.

Em Evidência da Teoria MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora