Os Elementos (parte 1)

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(atualização pequena, desculpa a demora)

Ao contrário da noite anterior na enfermaria, nessa manhã a consciência voltou para Harry como um estalo. Ele estava tendo um delicioso sonho em que ele olhava para a praia, pés descalços na areia quando, de repente, ele estava de volta em sua cama, abraçado com Malfoy.

Embora abraçado não seria a palavra correta, Harry concluiu, seus pensamentos confusos de alguém recém acordado finalmente ficando mais claros. Malfoy estava em cima dele, completamente apagado em seu sono. O peitoral colado ao de Harry e o rosto encaixado na juntura do seu pescoço, fazendo alguns fios loiros ficarem por cima do rosto do moreno. Ah. Isso explica o sonho de Harry; o cabelo de Malfoy cheira a coco, lembrando a praia. Harry podia sentir o hálito quente de Malfoy soprando contra sua pele a cada expiração.

Não sabendo o que fazer nessa situação, Harry ficou parado. Um de seus braços realmente tinha abraçado Malfoy durante a noite, envolvendo seus ombros, mas Harry o removeu cuidadosamente. Por sorte os quadris deles não estavam encostados, porque isso sim teria sido estranho. Como se o resto disso tudo fosse normal, ele pensou, irritado consigo mesmo. Mas não é culpa dele, ele argumentou - ele é um menino normal, com 18 anos de idade, e acordar com Malfoy em cima dele não tem nada, nada, relacionado com o seu... problema matinal usual, que estava pressionando contra a fábrica de suas calças insistentemente.

Ocasionalmente o problema ia embora sozinho, mas na maioria das vezes Harry tinha que resolver indo bater uma no chuveiro. Ele suspirou, mordendo o lábio inferior. Obviamente isso não ia acontecer hoje. Ele usou sua mão livre para ajustar em uma posição menos óbvia e puxou a coberta que tinha descido durante a noite para cobrir sua virilha.

Malfoy ainda estava inconsciente. Harry tirou um momento para ver se ele ainda podia sentir a magia de Malfoy. Ele fechou os olhos e se concentrou na sensação em sua seção intermediária.

Sim, ali. O elo ainda era forte - mais forte do que no dia anterior - mas no momento, a magia de Malfoy parecia calma. Pacífica e... bastante adorável. Como um lago plácido com uma superfície que foi aquecida pelo sol, ou o colo suave de ondas em uma praia. Harry se sentiu acalmar com isso, pela forma como quase parecia brilhar dentro dele. Ele finalmente entendeu a descrição que Hermione deu sobre o incidente, que eles tinham sido banhados em luz.

O problema dele não estava indo embora. Na verdade, focar na magia de Malfoy e na ligação entre eles havia tornado a situação mais urgente. Harry mexeu os quadris inquieto, tentando se afastar, e ouviu um murmuro de protesto como resposta.

Ele limpou a garganta. "Malfoy", disse ele, em voz baixa.

Sonolento, olhos esfumaçados e trêmulos, piscando para ele. Havia uma marca em uma das bochechas de Malfoy, dos lençóis ou travesseiros, embora Harry não conseguisse entender como, já que ele tinha sido o travesseiro de Malfoy. Malfoy olhou para ele, calmo e confuso, parecendo vulnerável pela primeira vez. Harry teve tempo para um único pensamento de oh shit antes de ver o clique de entendimento no rosto de Malfoy. Seus olhos se abriram e as pupilas dilataram e ele saltou para longe de Harry, enrolado nos lençóis, indo para o outro lado da cama. Ambos congelaram ao mesmo tempo. A distância entre eles parecia uma corda feita de lâminas de barbear, puxando as entranhas de Harry. Seu elo deu uma torção, causando uma dor aguda, e Malfoy soltou um som parecido com um miado antes de se aproximar novamente, dando fim aquela agonia.

"O que diabos você estava fazendo, Potter?" Malfoy disse enfim, a voz escandalizada.

Harry não resistiu a um sorriso. Ele ainda não tinha movido um centímetro de onde ele estava. "Servindo como seu colchão, aparentemente", respondeu ele, levantando as sobrancelhas.

Em Evidência da Teoria MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora