11 - Sonserina, não!

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" ʜɪᴘᴏᴄʀɪsɪᴀ ᴜᴍᴀ ʜᴏᴍᴇɴᴀɢᴇᴍ ǫᴜᴇ ᴠɪᴄɪᴏ ᴘʀᴇsᴛᴀ ᴠɪʀᴛᴜᴅᴇ"

— Primeiranistas! Alunos do primeiro ano... Olá, Harry! — O rosto barbudo de Rubeus Hagrid se destacou em meio a um monte de cabeças. — Ótimo! Venham comigo. Mais alguém do primeiro ano? — interrogou, enquanto levava o seu olhar a todos os cantos, certificando-se de que não havia deixado ninguém para trás.

O Guarda Caça guiou-os por um caminho efetivamente estreito e escuro, o qual Harry achou que deveria ser causado pela presença das enormes árvores que ali ocupavam. O silêncio era predominante, só se ouviam alguns grunhidos, resultantes do medo que alguns estudantes possuíam da escuridão. Neville, o menino que vivia perdendo seu sapo, fungava uma vez ou outra; ainda não havia encontrado seu bichinho de estimação.

— Em breve terão sua primeira visão de Hogwarts — Hagrid berrou por cima do ombro. — Logo depois dessa curva.

AOOOOOOOOH

De supetão, um som muito alto ecoou.

O caminho, antes apertado, agora se abrira até a margem de um lago igualmente escuro. Ao longe, na margem oposta, o tão famoso castelo se encontrava empoleirado no alto de um grande penhasco.

— Só quatro em cada barco! — alertou o homem. Esse, dava a impressão de não ter conhecimento de que seu tom de voz estava nas alturas.

Harry e Ron nem pensaram em pestanejar, seguidos de Hermione e Neville, se acomodaram em uma das canoas.

Hagrid, com seus 3,50 metros de altura — o que era equivalente ao triplo do porte de um homem padrão —, ocupava um barco inteiro.

Após o berro de confirmação do gigante, a esquadrilha de barcos largou ao mesmo tempo; deslizavam facilmente pelo grande lago, chegavam até a se assimilar a patins deslizando pelo gelo. Nenhum ruído era ouvido, a não ser pelos barulhos vindos da Floreta Proibida, que fazia limite com as bordas das terras da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a qual dava a sensação de se agigantar a medida que os alunos se aproximavam da pedra onde se situava.

As ordens de Hagrid, todos abaixaram as cabeças quando as canoas passaram por uma espécie de reposteiro de plantas trepadeiras e rasteiras, que cobria uma abertura no precipício. No fim, foi um túnel escuro que os levou até a margem do rio, onde desembarcaram.

Neville, que até então seguia os outros primeiranistas, ficou impassível: seu sapo mantinha os olhos esbugalhados, o corpo do animal se encontrava totalmente amassado. O Guarda Caça esteve, o tempo todo, sentado emcima do bichinho.

Trevor — gritou o Longbottom, triste, aconchegando-o nas mãos.

Rubeus murmurou algo parecido com "desculpa" e pediu que todos o seguissem, enquanto ligava sua lanterna, apontando-a para a grande rocha, a qual logo explicou que deveriam escalar. Não demoraram muito para chegarem até o gramado fofo que cercava os terrenos do castelo.

O homem ergueu um dos dois punhos que possuía e deu uma grande pancada na porta de carvalho, que os alunos fitavam ansiosos. A porta foi aberta por uma mulher alta, de cabelos pretos, embora um pouco grisalhos, nariz arrebitado, e vestes verde-esmeralda, assim como seus olhos.

Céus, Hagrid! Quase arrancou a porta — falou a bruxa.

— Alunos do primeiro ano, Prof. Minerva McGonagall — informou Rubeus.

Little Things - WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora