Capítulo 10

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Se existe uma coisa que o meu namoro com o Levi me ensinou, é que o amor é a forma mais pura de olhar a vida. Ao lado dele eu me sentia perfeitamente feliz. Ao lado dele, me sinto perfeitamente feliz. De fato, nos conhecíamos há muito pouco tempo, mas quem disse que o amor tem dessas coisas? Tempo e amor andam juntos. Talvez um dependa do outro. Mas no nosso caso, o tempo era pequeno pra um amor tão forte e claro.

Uma semana desde o nosso primeiro encontro e beijo. Uma semana desde que a minha família ganhou um novo filho e irmão e eu ganhei um grande amor, meu verdadeiro amor.

Levi estava bem melhor e já conseguia andar por trinta minutos por dia e isso o deixava feliz, o sorriso dele me fazia sorrir igual uma boba, me fazia sorrir por horas sem perceber. Ele já havia voltado pra escola, de cadeira de rodas é claro, mas já tinha voltado às suas atividades normais. Menos dar aulas.

Acordei com meu celular tocando e li na tela o nome mais lindo que já ouvi e rapidamente atendi.

"Oi Lo! Feliz primeira semana de namoro, minha linda." Ele disse. A voz de Levi tinha a capacidade de rasgar a minha alma no meio de tanta felicidade que em mim causava.

"Oi! Feliz primeira semana, amor. Como está se sentindo hoje?" Eu perguntei.

"Ótimo, depois de ouvir sua voz. Posso te ver antes da escola? Tenho algumas coisas que quero te contar." Ele disse.

A voz dele estava tensa, eu sabia que havia algo errado.

"Lógico. Vou tomar banho e já já eu chego aí. Beijo." Eu disse.

"Ok, meu amor. Beijo!"

Quando eu estava indo desligar, ele gritou:

"Te amo!" E desligou.

Sorriso apaixonado mais uma vez estampando meu rosto. Esse sorriso andava bem frequente por aqui.

Precisava ser rápida, o Levi precisava de mim. Tomei banho e me arrumei. Tomei café, peguei minha mochila e fui pra casa dele.

Chegando lá, toquei a campainha e ele atendeu em pé. Eu fiquei tão orgulhosa! Pulei no pescoço dele e disse no pé de seu ouvido: "Você fica ainda mais lindo de pé. Sara logo, ta?" E dei um beijo leve naquela boca macia.

Entramos e sentamos. E aí eu perguntei: "O que aconteceu de tão importante?"

"Eu recebi uma mensagem anônima dizendo que era a minha mãe, Sarah. Ainda não respondi e sinceramente não sei o que dizer." Ele disse honestamente.

"Não acredito! Como assim? Você disse que eles tinham morrido. Não é possível." Eu disse.

"Lo, meus pais morreram quando era criança. Não lembro de muita coisa. Só lembro que primeiro meu pai morreu porque ficou muito doente e depois fui morar com meus tios. Eles disseram que minha mãe tinha morrido também. E lembro de como tudo isso foi difícil pra mim. Mas...e se ela estiver viva?" Essa não era uma pergunta e sim um pensamento que saiu alto.

"Se ela estiver viva, vamos descobrir." Peguei a mão dele e a coloquei sob a minha. Olhei no fundo daqueles olhos lindos e encontrei um medo e uma curiosidade que nunca tinha visto neles. Eu precisava fazer algo, só não sabia o quê exatamente.

Levi&LorenaOnde histórias criam vida. Descubra agora