Capítulo Doze

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Cheguei em casa e me joguei na cama. Passar todos esses anos da minha vida infurnada nessa escola não foi uma boa ideia. Eu de verdade estou me sentindo um lixo! Apanhar de um garoto estúpido me faz ser estúpida... eu poderia muito bem contar ao meu pai sobre tudo isso, mais eu ja tenho 18 anos, seria criancisse fazer isso e outra, não quero meter ele nos meus problemas... ainda mais agora que ele se ve tão pleno, tão bem com a vida, não seria justo!

AAAAAAAAAAAA!!! O único lugar que eu realmente posso gritar, me expressar é na minha brilhante e fraca mente.

Eu sou tão fraca meu Deus, eu me odeiooooooo por isso... mee odeiooo!

Eu só queria ser diferente, sei la, fazer as coisas diferentes. Tomar atitudes diferentes. Mais NÃO... eu to aqui mais uma vez no meu refúgio, no unico lugar que eu posso ser brava, nojenta e... e eu mesma!!
Por que Deus? Por que o senhor permite que as pessoas me machuquem desse jeito? Logo eu que não tenho coragem de ferir uma formiguinha? É complicado entender seus planos pra mim, toda vez eu saio ferida e muitas vezes eu nem mereci isso. Só aconteceu.
A unica coisa que eu fiz de errado foi a morte da minha mãe, e mesmo assim eu ja pedi milhares de desculpas, não foi por que eu quiz, eu juro!

Por que o senhor não me ajuda Deus? Por que? Suspirei sentindo as lágrimas descerem e eu ja não podia controlar elas mais.

Toda vez é a mesma coisa senhor, sempre são lágrimas de tristezas, nunca uma de felicidade. Até quando vai ser assim? Eu estou tão cansada disso ja, me ajuda pelo amor de Deus!

Me encolhi na cama e agarrei minhas pernas, essa é com certeza a melhor posição para se chorar. Eu deveria fazer filmes de suicidas, eu ganharia um Oscar.

Escuto 3 toques na porta. Limpei meu rosto delicadamente ja sentada na cama.

-- Quem é? -- Pergunto indo até o banheiro. -- QUEM É?? -- Grito assim que não obtive resposta.

Sai do banheiro ja com o rosto limpo, é claro que eu passei uma base, meu rosto estava vermelho, minha boca não estava mais inchada depois do gelo que botei nela, mais ainda estava ferida por dentro, eu ainda podia sentir o gosto do sangue. Fui até a porta e abri a mesma. Clara estava em minha frente.

-- Ué, por que não me respondeu? -- Perguntei intrigada. Ela revirou os olhos. -- Não entendi.

-- Tem uma menina la embaixo, ela disse que queria muito falar com você e disse também que não iria embora até fazer o que queria... fazer! -- Faz careta. -- Eu sei, também não entendi nada... mais ela parecia mesmo estar preocupada e com muito tempo de Sobra a ponto de passar a noite na rua até você aparecer.

-- Ta, ta, tá!! Ela disse o nome pelo menos?

-- Nida, tinta... sei la, era um nome de cachorro. -- Deu de ombros. Arregalei os olhos e ela ficou com cara de preocupada. -- Se ta bem?

-- An... a... claro.! Fala pra ela me esperar na sala que eu ja desço ok? -- assentiu. -- Valeu Clarita, te amo. -- Entrei pro quarto novamente e fechei a porta em sua face espantada. -- Merda!!

-- Eu escutei isso. -- Mordi os lábios.

-- Não escuto não. -- Gritei e corri até meu closet.

Drogaaaa, o que eu uso agora?? Não posso descer assim, eu estou horrível e com a roupa da escola ainda, ela pode achar que eu não tomo banho, e não é essa a impressão que eu desejo causar pra ela ne?

-- Que porra eu to dizendo? -- Peguei um shorts curto e uma blusa curtinha. Agora sim. Me olhei no espelho e eu estava agradável vai... nada tão exagerada. Desci as escadas e eu estava suando frio. O que ela veio fazer aqui?

APENAS AME! ( RUBY ROSE)Onde histórias criam vida. Descubra agora