Capítulo Trinta e Sete

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-- Achei que você não ia vir mais. -- Sorri indo abraçar Nina. -- Mais ja que veio mesmo, tenho algo para te dar.

-- Nina! -- Ela sorriu animada. -- Tem que parar de me dar presentes. -- Ela negou tirando um lindo pingente de uma caixinha. -- Que isso?

-- Gostou? -- Tinha nossas Iniciais, sorri de orelha a orelha. -- Mandei fazer.

-- Nina eu amei. -- Dei um beijo nela. -- É lindo.

-- Que bom que gostou. 

-- Vou te dar um presente também. -- Sorriu. -- Um não, dois.

-- Ruby! -- Me repreendeu. -- Não precisa. 

-- Claro que precisa. 

-- Tabom.

Senti falta de passar momentos assim com Nina. Eu estava um pouco distante dela nesses últimos dias, e eu nem sei o por que.

Eu quero muito ficar com ela, colocar uma bela aliança em seu dedo e passar o resto da minha vida junto a ela.

Posso parecer um pouco apressada, mais… é o que meu coração deseja no momento. Acho que ninguém me faria tão feliz quanto ela.

Eu passei a semana toda pensando em Clara, no que ela me disse sobre ser escritora de New York. Pelo que eu saiba, escritoras podem ser de todos os lugares, acho que não existe um específico.

Fiquei tão abalada com o que ela me disse que foi difícil dormir. Passei noites em Claro imaginando sua partida, e como seria difícil nunca mais ver o rosto dela e ter sua presença tão perto.

Acho que eu não conseguiria viver sem ela. Eu ia ficar louca, ela que me ensinou tudo praticamente. Como vou no supermercado sem ela? Eu não vou saber o que comprar. 

E no médico. Não vou saber dizer o que eu estou sentindo. Ela sempre fala por mim, mesmo eu ja sendo de maior.

Viu? Ela é uma mãe realmente pra mim, não posso ficar sem ela. 

-- Ta me ouvindo Ruby? -- Dispertei e acenti, Nina franziu o cenho. -- Aé? -- Acenti novamente. -- Então o que eu acabei de falar?

Ela esperou por minha resposta. Minha cabeça estava longe demais pra lembrar tudo o que ela falou.

-- Tabom, eu não ouvi. -- Ela negou. -- Foi mal, cabeça tava longe.

-- Estava pensando no que?

-- Na Clara!

-- Na sua babá? Por que?

-- Ela disse que vai fazer um curso e que talvez vai ser ESCRITORA de Nova Iorque. -- Nina abriu a boca num perfeito O, suspirei. -- Eu sei, eu também fiquei assim… mo nada ve isso ne?

-- Claro que não, ela é muito sortuda. -- Arquiei uma sobrancelha. -- Ruby isso é incrível. Ela vai ser escritora!! Isso é demais. 

-- Só eu que não acho?

-- E por que não?

-- Por que ela vai se mudar. Se mudar pra sempre. -- Suspirei pesado.

APENAS AME! ( RUBY ROSE)Onde histórias criam vida. Descubra agora