Capítulo Trinta e Seis

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-- O que acha da gente ir la amanhã Ruby? -- Estava concentrada em um ponto fixo me deixando surda para qualquer voz ou movimento. -- Ruby?!


Direcionei meu olhar para John que me olhava bravo, pisquei duas vezes e segui seu olhar que conduzia até Robin. A encarei.

-- Desculpa, disse algo? -- Perguntei voltando ao mundo real. -- Eu estava meio dispersa. 

-- Percebemos. -- John disse fazendo todos rirem, inclusive Clarita. -- Robin estava dizendo que seria uma boa ideia vocês irem ver o vestido dela amanhã!

Engoli o seco. Olhei Harry que sorria empolgado com a ideia… Clarita comia sua sobremesa dando pouca importância ao assunto. E john, bom… ele segurava a mão de sua noiva alegre.

Suspirei.

-- Desculpa, eu queria muito ir, mas…

-- Mais o que Ruby? -- John perguntou um pouco alterado, Robin tentou acalma-lo.

-- Tudo bem Ruby, eu sei que você tem varios compromissos. -- Assenti encarando meu prato. -- Podemos marcar para outro dia então. 

-- Pode ser. -- Sorri, John me fuzilou com o olhar. dei de ombros.

-- Como assim você não pode ir Ruby? vai fazer o que de tão importante amanhã? -- Ele tentava ao máximo não gritar comigo. -- Era só ter dito sim.

-- Pai eu…

-- Eu sabia. -- Disse desapontado. -- Eu sabia que você não estava de acordo com meu casamento. Todas aquelas baboseiras que você dizia de estar bem com a ideia, de que só queria ver minha felicidade e etc… Eu devia ter notado que era da boca pra fora.

-- Mais não era pai!! Eu quero que você seja feliz…

-- Mais…? -- Suspiro encarando o chão, é realmente difícil dizer isso olhando em seus olhos. -- Me diz Ruby, e seja sincera dessa vez.

-- Pai eu não posso ver você se casando com alguem que não seja minha mãe! -- Vi seus olhos encherem de lágrimas, ele engoliu todo o choro e bufou triste. -- Eu não…

-- Você quiz sim. -- Disse me dando um beijo na testa. -- Boa noite filha. -- Virou as costas e entrou em seu quarto.

-- Pai? -- Escutei o trinco de sua porta se trancando. Sentei no sofá e escondi o rosto. -- Que merda eu fiz?

-- Você sempre faz merda. -- Olhei para o lado e Clara estava encostada na parede de braços cruzados. -- Por que você faz isso Ruby? -- Fiquei em silêncio. -- Por que você sempre tenta estragar a alegria de todo mundo? Por que só você pode ser feliz? Como John disse… era só ter dito sim. -- E ela se foi assim como John.

Senti uma leve dor no peito, meus olhos começaram a encherem de lágrimas e eu desabei a chorar.

Clara tem razão, eu sempre estrago tudo, eu sou o problema. 

***

Estava na escola, as horas passava de vagar e minha mente só ficava na noite anterior. Ainda não acredito que falei todas aquelas coisas pra ele. Eu sou mesmo uma Indiota. 

APENAS AME! ( RUBY ROSE)Onde histórias criam vida. Descubra agora