[NON EDITED - apenas erros ortográficos corrigidos]
"Mas mãe! Eu já te disse que não o consigo fazer!" disse eu quase a gritar.
"Então... estás a querer dizer que ainda não podes voltar para a claque," respondeu a minha mãe com um sorriso malvado.
"A Kim não pode fazer isso? Sou sempre eu!" disse eu colocando a mão na cintura.
"Deves estar a achar... ela ainda parte a loiça toda!" respondeu a minha mãe virando costas.
Já sabia que tinha perdido aquela guerra.
Todas as noites era a mesma coisa. 'Kay, mete a mesa,' 'Kay, mete a loiça na máquina,' 'Kay, arruma a loiça da máquina.'
Antes eu não reclamava mas ultimamente é me difícil fazer essas tarefas. Eu ando na claque da escola e sou a flyer (a que fica em cima). No último jogo que houve, a Diane e a Stella não me agarraram bem e... digamos que parti o braço direito.
O mais certo é eu não poder participar no do próximo jogo porque não treinei com elas...
Assim que acabei de fazer o que a minha mãe me pediu, depois de 1 hora a dizer 'Oh mãe...' fui para o meu quarto e quando passei pelo quarto da minha irmã espreitei.
Vi-a a tentar fazer exatamente aquilo que eu faço nos treinos da claque... mas sozinha.
Abri um pouco mais a porta e encostei-me à ombreira da mesma e fiquei a observá-la com um sorriso.
"Muito bem, Kim," disse eu.
Ela olhou para mim com um olhar matador.
"ISTO É O MEU QUARTO. SAI," gritou ela mandando-me com um peluche em cima.
"Ai desculpa, florzinha de estufa... uma pessoa já nem te pode elogiar que levas a mal!" disse eu saindo e fechando a porta.
A Kim é a minha irmã de 9 anos. Nunca imaginei que ela se transformasse numa diva em ponto pequeno. Todos os treinos que eu tinha de cheerleading, ela pedia ao pai para ir ver, e se ele dissesse que não, ela berrava, babava-se e passava-se até que ele alinhasse.
Lembro-me de ter 8 anos e ir visitar a minha mãe ao hospital de mão dada ao meu pai e ver aquela coisinha pequenina deitada ao colo dela. Ao fim destes anos o cabelo passou de quase branco para um ruivo vivo e os olhos de cinzentos para verdes.
Parei à porta do meu quarto com estes pensamentos aleatórios e decidi irritá-la. Quem é que não gosta de irritar o irmão mais novo?
Abri-lhe a porta e comecei a gritar e a aplaudir feita maluca, como se estivesse num jogo.
Assim que notei que ela não estava a fazer nada, simplesmente a desenhar na cama, parei.
"Achei que ainda estivesses a... esquece," disse eu fechando a porta.
Sei que ela é só minha irmã mais nova, mas é tão vergonhoso ter momentos como estes quando ela está por perto.
Uma vez, num jogo, eu e a claque fomos lá ao campo e no fim daquilo tudo apareceram as mascotes de ambas as escolas, eu deixei de ver onde o resto das raparigas tinham ido, então entrei dentro duma porta. E adivinhem que porta era aquela... a porta do balneário dos rapazes da outra escola.
Eles ainda se estavam a equipar!
Assim que contei à minha mãe, a Kim soube logo e nunca na vida se calou com essa história. Eu juro que a mato a próxima vez que ela falar nisso!
Entrei finalmente no meu quarto e estava mortinha para ir dormir. O dia de hoje tinha sido cansativo. A manhã inteira no hospital por causa do braço, almoço no Mc' Donalds na parte das crianças graças à Kim, festa chata de uns amigos do meu pai e apenas pude descansar à hora de jantar, mas graças à minha mãe, nem aí pude.
Queria mesmo me mandar para cima da cama, ficar ali deitada e só me levantar à 1 da tarde. Desde que parti o braço nunca mais dormi até a horas dessas... Todas as manhãs acordar cedo e ficar no hospital até às 2 da tarde.
Coloquei o meu telemóvel na mesa de cabeceira, entrei dentro da cama e apaguei a luz.
Finalmente, descanso.
~~~~
*bzz bzz*
O meu telemóvel decidiu vibrar às 3:45 da manhã. Ainda meio da dormir peguei nele e fui encandeada pela luz do próprio.
Assim que meti a luminosidade no mínimo, vi que era uma mensagem.
(310) 639-7164 recebida hoje, às 3:44
Boa noite, pedimos desculpa o incomodo mas avisamos que recentemente todo o dinheiro da sua conta bancária foi retirado por motivos do banco
Obrigado."O quê? Devem estar a gozar... criei a conta à 1 mês!" disse eu sem ter precessão do volume.
Assustada, acendi a luz de cabeceira e sentei-me com as pernas à chinês na cama. Olhei bem para o número mas não me dizia nada. Decidi ligar para o número para saber o que tinha acontecido.
Chamou, chamou, chamou... e nada.
"Deve ser daquelas mensagens automáticas... amanhã de manhã ligo," disse eu bloqueando o telemóvel e voltei a dormir.
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The Text Message Prank
Teen FictionCerto dia, Kay recebe uma mensagem do banco. Aflita, decide ligar para o tal número para tentar perceber o que se passava. Será que ela se vai arrepender?