The Text Message Prank

#5

[EDITED]

"E depois dizes que não és nerd! Como?"

"Porque não sou! Lá por saber a matéria ou ter boas notas não quer dizer nada!"

"Baby, quer dizer sim. Quer dizer que te esforças para ter uma boa nota, ou seja, estudas. E nerds estudam,"

"Não são só os nerds que estudam, otário,"

"Ai não? Olha que eu não estudo,"

"E tu tens boas notas? Não pois não, bem me parecia,"

"Quem disse? Depende na disciplina. Mas bem, vamos parar de falar de escola, ok, baby?"

"E queres falar do quê?"

"Fala-me de ti,"

"Não há nada para falar sobre mim,"

"Tem que haver. Quantos anos tens?"

"E se eu não quiser dizer? Eu nem te conheço, meu Deus!"

"Eu digo-te a minha idade depois de dizeres a tua,"

"Já sei que não vais dizer,"

"Eu vou, baby!"

"Espero bem que sim... Tenho 16. Agora és tu,"

Assim que digo isso, a chamada é desligada.

"Eu já sabia! EU JÁ SABIA!" eu grito, de seguida gritando para uma almofada.

Pego de novo no meu telemóvel para enviar uma mensagem.

Eu enviada hoje, às 16:41

estúpido! eu disse que não ias dizer!

O Que Me Chamou Baby recebida hoje, às 16:41

eu é que sou o estúpido? tu é que desligaste!

Oh... devo ter desligado com a cara, sem querer. Oops.

Voltei a ligar e ele atendeu, felizmente.

"Devo ter sido eu a desligar com a cara, desculpa,"

"Não faz mal, baby... Tenho 17,"

"Já estava aqui a chamar-te atrasado, mentalmente, por me teres desligado..."

"A culpa foi tua, baby..."

"Isso não importa agora. Mas não deixas de ser-"

"Lindo, fantástico, incrível, fabuloso, perfeito? É, é, eu sei, baby..."

"Egocêntrico. Isso sim,"

"É só impressão tua, baby. Porque se realmente me conhecesses, verias que eu sou mesmo isso tudo que eu disse... Sabes, muitas raparigas já me disseram isso então... Eu já que sou,"

"Essas raparigas existem mesmo na vida real? Ou são cegas ou surdas? Vai na volta que são mudas e tu é que andaste a meter palavras na boca delas,"

"Não, baby... Tu és a única que não concorda... Cada vez que eu falo, aquelas gajas parece que lhes dá uma coisa má,"

"Já sei porquê! Deves cheirar mal da boca então elas desmaiam,"

"Era para rir ou para chorar?"

"Esta era para fugires do planeta terra e te enfiares num buraco em Marte,"

"Se calhar tens razão..."

"Finalmente abriste os olhos!"

"Se calhar sou mesmo preguiçoso, porque não me apetece ter tanto trabalho só para te fazer feliz, baby,"

"Só para saberes, estou a bater com a cabeça contra uma parede,"

"Coitadinha..."

"A culpa é tua!"

"Coitadinha da parede, não tu, baby,"

"A parede agradece a preocupação,"

"Manda beijos à parede e diz-lhe que eu a amo muito,"

"Parede, ele disse que te odeia e que devias-te matar,"

"Deixa eu falar com a parede, baby,"

"A parede diz que agora está zangada contigo e não quer mais falar contigo. Nunca mais,"

"Diz-lhe que está tudo acabado entre nós,"

"Ela diz que não quer saber porque nunca gostou de ti,"

"Diz-lhe que estou a traí-la desde o 1º dia,"

"Ela disse que não quer saber,"

"Diz-lhe para ir apanhar favas,"

Antes de poder falar desatei a rir.

"Favas? Porquê favas?" perguntei, ainda a rir e a tentar respirar como deve de ser.

"Sim favas." respondeu ele, a rir.

"Tem piada," disse ainda a rir feita estúpida. "Espera aí."

Comecei a fazer pequenos exercícios de respiração para tentar me acalmar mas cada vez que conseguia, lembrava-me da frase e começava a rir-me de novo.

"O teu riso é giro," disse ele, a rir.

"Não gozes! Eu nem tenho o riso estúpido!"

"Exactamente! É giro porque não é parvo!"

"Mas... as pessoas costumam dizer isso quando as pessoas têm um riso bué parvo... Quando roncam e assim!"

"Já não posso dizer, é? O teu riso dá vontade de rir, porque notasse que estás tipo... feliz,"

"Ok, vou levar isso como um insulto, ou...?"

"Não te estou a insultar, baby!"

"Então pronto. Sendo assim... obrigada,"

"De nada, baby,"

"Kay, vamos jantar," avisou a minha mãe.

"Já vou, mãe!"

"Vou jantar,"

"Coincidência. Eu também, baby,"

"Até amanhã, ou até logo, ou... tanto faz. Adeus,"

"Adeus, baby,"