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{EDITED}

O Que Me Chamou Baby   recebida hoje, às 10:21
bom dia baby ;)
acorda!

Eu   enviada hoje, às 10:22
eu estou acordada
infelizmente

O Que Me Chamou Baby  recebida hoje, às 10:22
tens escolinha, baby? *emoji a deitar a língua de fora*

Eu   enviada hoje, às 10:23
tenho *emoji triste*
mas é o ultimo diaa!!

O Que Me Chamou Baby   recebida hoje, às 10:24
a minha acabou à uma semana atrás *emoji a rir*
vou tomar o pequeno almoço, baby
até logo ;)

Eu   enviada hoje, às 10:25
eu também vou
até logo *emoji a acenar*

          Pousei o telemóvel na minha mesa de cabeceira e dirigi-me à cozinha.
          Ao sair do quarto, choquei contra o Luke.
          "Olha aí, oh!" gritei eu, esfregando o meu ombro no lugar em que me tinha aleijado.
          "Não tenho a culpa que não tenhas os olhos abertos," ele disse, deitando-me a língua de fora e dirigindo-se até à cozinha.
          Revirei os olhos e segui-o. Até que nem o estava a seguir! Eu estava a ir para o lugar onde ia desde o início.

          Assim que lá cheguei, apanhei o Luke a sentar-se mesmo no meu lugar. Que lata!
          "Onde é que achas que estás a sentar esse rabo?" perguntei-lhe, apoiando a mão na anca.
          "Hm?" ele murmurou, levantando a cabeça para olhar para mim.
          "Eu sou aí, otário!" disse eu, irritada.
          "Kay!" a minha mãe ralhou.
          "Que é? O Luke acha que pode chegar aqui feito rei e sentar-se no meu lugar! Mas eu não vou deixar, por isso, sai daí, imediatamente!" ordenei.
          "Filha... E aquela regra de ser simpática para as visitas?" a minha mãe voltou a dizer em defesa dele.
          "Deixa estar, Mel. Tenho a certeza que o Lucas se pode levantar e fazer o favor à princesinha," a Blaire disse, sorrindo para mim.
          Um sorriso vencedor desenhou-se na minha cara enquanto olhava para o Luke a revirar os olhos. Ele bufou e levantou-se, sentando-se na cadeira do lado.
          Sorri-lhe forçadamente e sentei-me.
          "De nada, ó 'princesinha'," ele disse, fazendo aspas com os dedos quando disse princesinha.
          "Oh, estavas à espera que te agradecesse? Não fizeste mais que a tua obrigação, Lucas," eu disse, ainda com o sorriso vencedor.
          Ele deu-me um pequeno empurrão no ombro, que me fez desequilibrar um pouco. "Não me chames isso, princesinha," ele disse, acentuando um pouco mais no princesinha.
          "Foi mesmo só para te deixar... assim," eu disse, rindo.
          "Assim como?" ele perguntou, elevando uma sobrancelha.
          "Irritado," eu respondi, revirando os olhos, espetando o garfo numa panqueca.
         
          O resto do pequeno almoço passou-se normalmente. A minha mãe a falar com a Blaire e a rir e eu e o Luke a picar-mo-nos.
          "Mãe... podes-me deixar na escola?" perguntei-lhe, colocando uma alça da mala ao ombro.
          "Podes ir a pé hoje?" a minha boca abriu-se que quase que a deixava cair no chão. "Queria mesmo passar um tempito com a Blaire."
          Hãn? Mas... se a Blaire vai ficar cá a "viver" durante uns tempos até arranjar casa, porque é que ela disse aquilo?
          Revirei os olhos e dirigi-me até à porta. "Como queiras."
          Saí porta a fora e quando estava prestes a pisar o passeio, senti alguém a agarrar-me pelo pulso. Virei-me para trás para ver quem era.

          "Que é que queres Luke?" perguntei, revirando os olhos.
          "Ah, dãã... Não te esqueças que tenho 17! Sei conduzir..." ele disse, ainda a agarrar-me pelo pulso.
          "Ahm, sim, e? O que é que eu tenho haver com isso e porque é que haaveria de querer saber?" eu perguntei.
          "Continuas a mesma estúpida, não é?" ele disse, sorrindo.
          "Igualzinha a ti," eu respondi, também com um sorriso.
          "Eu levo-te à escola," ele ofereceu.
          "Não tens aulas?" perguntei-lhe, ainda com o pulso agarrado.
          Ele negou com a cabeça e ainda sorrindo. "Já à uma semana."
          Ele finalmente largou-me o pulso, dirigindo-se para dentro de casa.
          Fiquei ali, parada na relva da entrada da minha casa, a esfregar o pulso.
          Decidi mandar uma mensagem ao... Bem, ahm... Sem nome!

Eu    enviada hoje, às 10:48
nem te atrevas a mandar-me mensagens nas aulas! *emoji irritado*

          Finalmente, quando ele voltou com as chaves do carro, dirigi-me ao carro da Blaire e guardei o meu telemóvel no bolso do casaco.
          Sentei-me no banco do pendura e coloquei a minha mochila aos meus pés.
          O Luke sentou-se no lugar do condutor e antes de ligar o carro começou a teclar alguma coisa no telemóvel.
          "IMPORTASTE DE LIGAR O CARRO?" gritei, fazendo com que ele deixasse o telemóvel cair.
          "Meu Deus, tem calma!" ele disse, colocando a chave na ignição.
          "Não quero chegar atrasada por causa de ti!" voltei a gritar, mas mais calma.
          Ele murmurou qualquer coisa que eu não percebi e ligou o carro.

          A viagem de carro foi calada. Apenas a música vinda do rádio é que salvou aquilo. Tinham passado 6 anos. É óbvio que era estranho estarmos juntos de novo. Quando eramos mais novos, eramos como irmãos... Ele era o irmão mais velho que eu nunca tive... E que nunca vou ter! - Uau, que descoberta, Kay.

          Ele estacionou em frente à escola e eu saí do carro, dirigindo-me até ao portão.
          "Oh!" o Luke gritou, fazendo-me virar para trás.
          "Que é que queres agora?" perguntei, a uns 10 metros dele.
          "Vem cá," ele ordenou, apontando com um dedo para o chão.
          Suspirei e dei uma pequena corrida até ele.
          "O que é que foi, Luke?" perguntei-lhe, revirando os olhos.
          "E o meu beijinho?" ele perguntou.
          "Oh p-- Ahm, o quê? B-beijinho?" aquela surpreendeu-me.
          "Sim. Tu sabes... quando os pais ou assim deixam as crianças na escola levam semlre beijinho," ele disse, com um sorriso tolo na cara e indicando para a sja bochecha com o dedo indicador.
          Revirei os olhos e comecei a andar de novo para o portão. Esqueci-me que ele tinha a janela aberta e deu-lhe tempo para me segurar no pulso, de novo.
          "Vá. Estou à espera." ele disse. "Não vais a lado nenhum, assim."
          Virei-me para ele e suspirei.
          Aproximei-me dele e dei-lhe um beijo na bochecha. "Obrigada," disse-lhe com um sorriso falso.
          "Linda menina," ele respondeu, com um sorriso tolo, largando-me o pulso.

          Entrei na escola e apressei-me até à minha sala. Nesse momento, o meu telemóvel vibra. Tiro-o do bolso e deparo-me com uma mensagem.

O Que Me Chamou Baby  recebida hoje, às 11:22
só por causa dessa, vou mesmo ;)

          Revirei os olhos e voltei a colocar o telemóvel no bolso.
         

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